
No mundo cerca de 750 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e outros de 2 bilhões bebem água contaminada. Além disso, 2,4 bilhões (uma em cada três pessoas) não têm acesso aos sistemas de saúde. Para chamar a atenção sobre essas carências, a Rede ecumênica pela água, do Conselho Mundial de Igrejas, promove durante a Quaresma a iniciativa “Sete semanas pela água”.
Trata-se de uma campanha que tradicionalmente se realiza com o Dia Mundial da Água (22 de março), instituído pelas Nações Unidas em 1992, e que este ano partiu de Chiang Mai, na Tailândia, no sudeste asiático.
No ano passado o foco foi a América Latina, este ano a atenção estará concentrada na Ásia e em suas macroscópicas contradições. As celebrações para este período litúrgico tiveram início na Quarta-feira de Cinzas (06/03/2019), na sede da Conferência Cristã da Ásia, em Chiang Mai, na presença de numerosos membros do grupo de referência da peregrinação de justiça e paz promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas.
A cada semana durante este período serão preparadas e publicadas, no sito web da Rede ecumênica pela água e do Conselho Mundial de Igrejas, reflexões e recursos bíblico-teológicos sobre a crise hídrica na Ásia.
Sem água mineral
A cúria da cidade de Veneza, na Itália, lançou uma campanha para que os moradores deixem de tomar água mineral e passem a beber água da torneira como penitência durante a Quaresma, período que vai da Quarta-Feira de Cinzas até o domingo de Páscoa.
Os organizadores pretendem promover a qualidade da água encanada da cidade, própria para o consumo, e dizem que “com o dinheiro economizado com garrafas de água de plástico será possível construir um aqueduto na Tailândia”.
Na esperança de que a campanha continue depois da Páscoa, o aqueduto de Veneza está enviando garrafas de vidro para 100 mil famílias.
Sem água mineral 2
Segundo as estatísticas, a Itália é o país onde mais se toma água mineral no mundo, mesmo tendo água corrente de excelente qualidade em quase todas as regiões. Cada italiano consome em média 172 litros de água mineral por ano, e as prefeituras de diversas cidades têm tentado mudar esse hábito.
Em Florença, escolas e repartições públicas não consomem água mineral há três anos. Em Roma, a água disponível em centenas de bicas espalhadas pela cidade é considerada a uma das melhores do país.
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