Terras áridas já ocupam 40% da superfície terrestre

Fotos: Pnuma

O Dia Mundial do Meio Ambiente é um dos principais veículos através do qual as Nações Unidas estimulam a conscientização sobre o meio ambiente em âmbito mundial, além de promover a atenção e ação política. O Dia, comemorado em 5 de junho de cada ano, foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972. Outra resolução, adotada pela Assembléia Geral no mesmo dia, propôs a criação do PNUMA.

O tema selecionado para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2006 é Desertos e Desertificação e tem por lema: Não Abandonemos os desertos! Este lema enfatiza a importância de proteger las terras áridas que abrigam 1/3 da população mundial.

As terras áridas cobrem aproximadamente 40% da superfície terrestre. Com uma superfície de 9.100.000 km², o Sahara é o maior deserto do mundo e ocupa aproximadamente 10% do continente africano.

• O deserto mais seco do mundo é o de Atacama, no Chile. Entre 1964 e 2001, a média de precipitação anual registrada na estação meteorológica de Quillagua foi de só 0,5 mm.

• Só 20% dos desertos de todo o planeta estão cobertos por areia. A maior parte desta areia se apresenta em forma de savanas e mares de areia – vastas regiões de dunas onduladas que se parecem com ondas do oceano “congeladas” em um instante. Quase 50% das superfícies do deserto são planícies onde a deflação eólica – erosão do material de grão fino por ação do vento.

• A maior parte das plantas do deserto são tolerantes à seca e ao sal. Algumas armazenam água em suas folhas, raízes e talos. Outras têm raízes primárias muito extensas que penetram no lençol freático, fixam o terreno e controlam a erosão. Os talos e folhas de algumas plantas reduzem a velocidade superficial dos ventos e protegem o terreno da erosão.

• As tempestades de pó são um problema cada vez maior em muitas zonas, já que afetam a saúde das pessoas e os ecossistemas em âmbito local e a grandes distâncias. As espessas tormentas procedentes do deserto de Gobi afetam grande parte de China, Coréia e Japão, causando uma maior incidência de febre, tosse e irritação ocular durante a estação seca. O pó proveniente do Sahara contribui para os problemas respiratórios registrados en regiões tão distantes como a América do Norte e já causou danos aos recifes coralinos do Caribe.

• Nos anos 70, os desertos do Norte da África se deslocaram implacavelmente para o sul, e as fotos de satélite revelaram uma expansão do deserto do Sahara. Um estudo recente no Sahel mostrou que, atualmente, o deserto está retrocedendo, que os agricultores mais empreendedores têm melhorado consideravelmente sua gestão do solo, que a produtividade está aumentando e que a produção tem aumentado, além de todas as expectativas.

• No extremo sul do Egito, ao longo das margens da maior reserva estratégica de água do país, estão sendo realizados grandes esforços para tornar o deserto mais verde. O governo tem pensado voltar a assentar 1 milhão de pessoas ao redor do Lago Nasser (um dos maiores lagos artificiais do mundo formado atrás da Represa Alta de Assuán pelo Nilo) para 2017. Pequenas comunidades agrícolas já começaram a se desenvolver nesta terra desértica. Entretanto a falta de serviços básicos tem sido até agora um fator determinante, que tem impedido o desenvolvimento do verdadeiro potencial deste projeto.

• A região de cultivos de alimentos básicos do Império Romano na África do Norte, que uma vez chegou a abranger 600 cidades, atualmente é um deserto.

• Os desertos estão sendo utilizados para granjas piscícolas: as gambas se desenvolvem nas altas temperaturas do deserto do Arizona, nos Estados Unidos e projetos-piloto levados a cabo no estado desértico de Rajasthan, na Índia, encontraram água salgada, o que impede o crescimento dos cultivos, mas se torna perfeito para o desenvolvimento das granjas de peixes.

Mulheres de rotarianos protestam pela água

Em uma manifestação destinada a chamar a atenção da sociedade para a importância da água, as integrantes das Casas da Amizade, mulheres de sócios do Rotary Club, fizeram um protesto nesta sexta-feira (02/06) em frente ao Congresso Nacional. Elas derramaram águas de nascentes, preservadas por iniciativas da entidade, no espelho d’água e lembraram a necessidade de preservação das nascentes e de combate à escassez e à poluição desse recurso natural.

As mulheres participam do XXI Encontro Nacional da Amizade, de 1º a 4 de junho, no Centro de Convenções. No encontro, que ocorre de dois em dois anos, elas definem quais serão as metas da entidade para o próximo biênio: entre 2004 e 2006, o tema foi a água.

– Para o próximo, será a alfabetização. E não apenas escolar, mas também a ecológica, a cultural e a digital – explicou Josefina Moraes, coordenadora nacional das Casas da Amizade neste biênio.

Haverá ainda a escolha da coordenadora nacional para os próximos dois anos. Cerca de 1.000 mulheres participam do encontro, que tem sua programação coincidindo com a abertura das comemorações da Semana Nacional do Meio Ambiente, que se iniciam neste final de semana.

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