As 1001 utilidades do óleo de buriti

Thiago Romero – Agência FAPESP

Experimentos realizados no Laboratório de Pesquisa em Físico-Química de Polímeros, na Universidade de Brasília (UnB), juntaram dois componentes inusitados. A adição de óleos naturais a dois tipos de polímeros gerou resultados interessantes, que poderão ter diversas aplicações.

Um produto derivado de um fruto típico da região Amazônica, o óleo de buriti, foi adicionado na síntese de compósitos de poliestireno, material utilizado na produção de copos descartáveis, e do polimetacrilato de metila, matéria-prima para peças de acrílico. No primeiro caso, as conseqüências são importantes fundamentalmente para o meio ambiente.

Segundo a autora da pesquisa, Jussara Angélica Durães, o óleo de buriti mostrou-se capaz de acelerar a degradação do polímero. “Ainda é cedo para dizer com exatidão o quanto é possível diminuir o tempo de degradação do novo material. Mas, a partir do momento em que o óleo não se modifica na estrutura do polímero, existem várias partes dentro do plástico que certamente irão se degradar com mais rapidez”, disse a química à Agência FAPESP. Plásticos comuns podem levar até 450 anos para se decompor.

O estudo Compósitos fotoprotetores obtidos a partir do poliestireno e do polimetacrilato de metila dopados com óleo de buriti foi orientado por Maria José Sales, professora do Instituto de Química da UnB. O trabalho foi desenvolvido em parceria com Sanclayton Geraldo Moreira, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), responsável pela extração do óleo e pelas medidas das propriedades ópticas dos compósitos.

A adição do óleo de buriti ao polimetacrilato de metila também gerou uma conseqüência importante. O polímero passou a absorver a radiação solar e a funcionar como elemento fotoprotetor. “O óleo natural faz com que o material consiga absorver radiação solar na região do ultravioleta. Isso ocorre porque o plástico incorpora com facilidade as propriedades do óleo, permitindo também que o material se torne fotoluminescente, capaz de emitir luz na região do visível”, explica a orientadora Maria José Sales.

Os pesquisadores acreditam que o novo material poderá ser utilizado, por exemplo, na fabricação de óculos escuros para bloquear a ação do sol e na fabricação de Leds, diodos emissores de luz muito utilizados em aparelhos eletrônicos.

Novo site da Cepal

Um novo subsite foi inaugurado pelo Programa da Sociedade de Informação da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL). Concebido como um espaço de encontro virtual para especialistas, empresários, governos, organismos internacionais e sociedade civil, busca promover políticas públicas, estimular a cooperação regional, dar seguimento, prestar assistência analítica e técnica para a elaboração e execução de estratégias para o desenvolvimento da Sociedade da Informação.

Em sua página de abertura o novo site inclui:

 Plano de Ação Regional eLAC 2007 aprovado em 10 de junho no Rio de Janeiro pelos governos da América Latina e Caribe.

 Observatório da Sociedade da Informação, OSILAC

 Acesso à futura plataforma de cooperação e diálogo para a implementação de programas e projetos em relação ao eLAC 2007.

O subsite coloca à disposição do público todas as publicações da CEPAL, agrupadas em quatro áreas seguindo os eixos temáticos do Plano de Ação Regional eLAC:

1. acesso à infra-estrutura;

2. capacidades e conhecimentos;

3. conteúdos e serviço público;

4. instrumentos de política.

Também inclui links diretos a sites, entre eles o da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, que acontecerá em Túnis, em novembro de 2005. Entre os documentos disponíveis figuram acordos regionais como a Declaração de Bávaro (República Dominicana, 2003) e o Compromisso do Rio de Janeiro (junho 2005) e um calendário de eventos.

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