Há quatro anos, quando a Aguaonline dava seus primeiros passos uma informação divulgada pelo Banco Mundial causava uma certa surpresa. Dizia que uma boa ou má notícia na área ambiental de uma empresa pode ter tanta influência na subida ou queda das cotações quanto os números de um balanço positivo ou negativo.
A constatação se baseava em um estudo com base em seis anos de pesquisa e centenas de exemplos de países tão diferentes quanto a Indonésia e a Argentina, o México e a Colômbia, sem falar nos Estados Unidos e Japão. O Banco detectou aumentos em até 60% nas ações com a divulgação de notícias sobre a aquisição de equipamentos de controle da poluição de uma cervejaria nas Filipinas e queda de 50% nas cotações de uma empresa de celulose do México pela violação de normas ambientais.
O estudo também mostrou que as cobranças de multas a empresas poluidoras trazem benefícios gerais ao ambiente com a diminuição do impacto dessas atividades. É que ao serem multadas sistematicamente muitas companhias acabam optando pelo tratamento de seus resíduos.
Hoje essa constatação é ainda mais evidente pois estar de bem com o meio ambiente é pré-requisito para enfrentar as chamadas barreiras não tarifárias, impostas por países que foram obrigados a impor a suas empresas a obrigação de investirem pesadamente na redução de processo prutivos poluidores
Importante é também que se saiba que instituir a cobrança pelo uso dos mananciais traz bons resultados não somente porque a arrecadação volta em benefícios para a bacia. Mas pelo que ela funciona como um fator inibidor para gerar poluição.
No estudo referido acima o BIRD constatou que em uma região da Colômbia houve uma diminuição das descargas em uma das bacias hidrográficas num período de seis meses após o início das cobrança.
Boa leitura!
Cecy Oliveira – editora
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