
A Votorantim Cimentos desenvolveu, com exclusividade, para a Universidade Federal do Paraná, um cimento especial para a fabricação de Recifes Artificiais no litoral Paranaense. Entre as principais características desse cimento está a baixa alcalinidade superficial no concreto, que permite a rápida colonização da superfície dos Recifes pelos microorganismos marinhos, entre eles os corais, e a sua alta capacidade de resistir à agressividade da água do mar. Os Recifes projetados e construídos com o cimento da Votorantim contribuem para a preservação da fauna marinha e estimulam a reprodução de diferentes espécies de peixes.
Este projeto, coordenado pela Universidade Federal do Paraná, visa incentivar a piscicultura, melhorando assim a qualidade de vida da população de pescadores do litoral do estado, oferecendo melhores possibilidades ao setor pesqueiro e aumentando a produtividade deste segmento.
A Votorantim Cimentos realizou o apoio técnico e a doação de mais de 70 toneladas de cimento, especialmente criado para este projeto. “Nossa atitude beneficiou toda uma região de pescadores, contribuiu com a Universidade do Paraná e expandiu o conhecimento sobre o desempenho dos produtos fabricados pela empresa quanto ao ataque por elementos agressivos, especialmente os marinhos”.
“Foi através de pesquisas realizadas em 1997, início do projeto, que chegamos à qualidade especial deste resistente cimento, que hoje é utilizado, inclusive, no desenvolvimento de viadutos localizados na região da Serra do Mar”, informa Clair Ceron, responsável pelo projeto no setor de Pesquisa de Desenvolvimento, da Votorantim Cimentos.
A idéia de criação desses Recifes surgiu devido à escassez de rochas e pedras no litoral paranaense, o que prejudica a ambientação de diversas espécies de peixes. Com idéias baseadas em projetos americanos, a universidade desenvolveu blocos (recifes) de cimento, em forma de “iglus com furos”, e os introduziu em uma determinada área no fundo do mar.
Com o tempo, os corais que se depositam em cima de cada “iglu” crescem e se sobrepõem um com o outro passando a formar um banco de corais. Assim, é possível obter um habitat natural e propício para peixes. Anteriormente, estes recifes eram formados com o depósito de pneus, restos de navios afundados e sucatas. Hoje este tipo de prática é extremamente proibida pelos ecologistas, abrindo espaço para uma criação mais saudável.
Crise na Província de Santa Fé
Um grupo de ONGs argentinas, entidades sindicais e de vizinhos está desencadeando uma campanha pela melhoria dos serviços prestados pela empresa Aguas Provinciales de Santa Fé, subsidiária da multinacional Ondeo, que desde 1995 assumiu o abastecimento de água e serviços de esgoto de 15 cidades da região.
Segundo denunciam as entidades, continuam os problemas de falta de pressão, qualidade da água, corte do serviço, obras inconclusas e adiamento dos investimentos. A nova estratégia de mobilização inclui o envio de uma carta ao governador provincial recomendando a recisão do contrato e adoção de um novo modelo de gestão que tenha a participação das comunidades.
Já a operadora argumenta em seu favor que promoveu a renovação e reabilitação de 70 quilômetros de antigas canalizações; incorporou 120 novos veículos utilitários; acabou com os problemas de abastecimento de água aumentando a produção em 80 % em Santa Fé e 45 % em Rosário e ampliou a distribuição implantando mais de 1.000 quilômetros de redes, além de melhorar o atendimento aos clientes com escritórios modernos, com possibilidade de tramitação através da Internet.
Bancos e Meio Ambiente
O Banco do Brasil promove nesta quarta-feira (25/09) o seminário “A Atividade Bancária e o Meio Ambiente” para debate sobre a responsabilidade social das instituições financeiras com a defesa do meio ambiente. O evento reflete a nova postura da instituição de levar em conta o componente ambiental na aprovação de financiamentos. Além da preocupação com o desenvolvimento sustentável os bancos devem levar em conta a possibilidade de que uma ação judicial por danos ao meio ambiente retarde ou até inviabilize o projeto alertam os especialistas da área de crédito.
Pesquisas
Para a criação do cimento ideal destinado a este projeto, a Votorantim realizou uma série de pesquisas. “Junto com os primeiros blocos de concretos introduzidos no mar, foram colocadas placas feitas com o mesmo tipo de material. Estas placas ficaram mergulhadas por cerca de um ano. Após este período foram retiradas e analisadas para saber a ação da água do mar sobre o produto. Obtendo resultados satisfatórios, deu-se andamento ao projeto, que este ano concluiu sua primeira etapa”, finaliza Ceron.
Remediação de solos
Uma nova tecnologia para remediação de solos contaminados está sendo testada através de um convênio entre a empresa Degussa e a Unicamp (Universidade de Campinas), por meio do LQA (Laboratório de Química Ambiental). A reparação pode ser feita no local contaminado sem necessidade de remoção do solo, a um custo e prazo de execução inferiores aos dos processos de recuperação convencionais.
“Com o uso do Hyprox™ podem ser eliminados os POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes), como os drins, que englobam pesticidas organoclorados como Aldrin, Dieldrin, Endrin Aldeído e Endrin Cetônico”, afirma Jader Vieira Leite, da área de Pesquisa e Desenvolvimento de Novas Aplicações da Degussa. O LQA trabalha com várias alternativas de reagentes químicos para solos e efluentes contaminados, em projetos de pesquisa coordenados pelo Prof. Dr. Wilson Jardim. Os reagentes são fornecidos pela Degussa e as pesquisas recebem uma verba de R$ 150 mil por ano da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
A descontaminação é feita através dos POA (Processos Oxidativos Avançados), que englobam uma série de tecnologias com o uso do radical hidroxila (·OH) na oxidação de contaminantes presentes em matrizes de interesse ambiental. Neste caso, o Hyprox™ (H²O²) é usado como oxidante junto com um sulfato de ferro como catalisador.
POAs
Os POA têm sido aplicados com sucesso na descontaminação in situ de solos, na desinfecção de água, na remoção de cor e de contaminantes orgânicos e inorgânicos em efluentes industriais, na esterilização de ar, além de uma vasta gama de aplicações na destruição de passivos e ativos ambientais. Nos Estados Unidos, a EPA (agência de proteção ambiental norte-americana) já aceita os POA, inclusive gerando manuais técnicos para subsidiar a melhor aplicação dos processos oxidativos.
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