A existência de água, em forma de gelo, como um tesouro enterrado, foi a grande surpresa que tiveram os cientistas da Nasa que manejavam os instrumentos a bordo da sonda espacial 2001 Mars Odissey, para investigar o planeta Marte. “Isto é realmente surpreendente”, disse William Boynton, da Universidade do Arizona. “Até agora esta é a melhor evidência direta que temos da existência de gelo sob a superfície de Marte”. De fato, o que encontramos é uma quantidade muito maior de gelo do que poderíamos imaginar”.
Boynton é um dos principais pesquisadores encarregado de um grupo de instrumentos a bordo da Odissey, conhecidos como Espectrômetro de Raios Gama ou “GRS”. O GRS realizou estudos topográficos de Marte desde fevereiro de 2002, e já tinha detectado sinais inequívocos da existência de gelo a um metro de profundidade em uma extensa região que rodeia o pólo Sul do Planeta Vermelho.
“Poderíamos descrever esta calota abaixo da superfície de Marte como gelo misturado com terra, em lugar de terra que contém gelo”, acrescenta Boynton. A quantidade de hidrogênio detectado corresponde a uma porcentagem entre 20 e 50% de gelo por unidade de massa na camada inferior. Devido a que a rocha tem uma maior densidade do que o gelo, esta quantidade representa mais de 50% de gelo de água por unidade de volume. Isto significa que se aquecermos uma proveta cheia deste solo polar rico em gelo, obteremos como resultado mais de meia proveta de água
“Há algum tempo vínhamos suspeitando que algum dia Marte teve grandes quantidades de água próximo de sua superfície”, disse Jim Garvin, pesquisador do Programa Marte nos Escritórios Centrais da NASA. Mas o que aconteceu com toda essa água? E quais são as implicações que tem isto para a vida em Marte? “Medindo e fazendo mapas dos solos que contêm gelo nas regiões polares de Marte, como fez a equipe da Mars Odyssey, é um passo importante para decifrar este quebra-cabeças, mas necessitamos continuar a busca, talvez com maior profundidade, para saber realmente o que aconteceu com o resto da água que cremos que Marte teve alguma vez”.
Outro resultado adicional, obtido a partir dos dados de neutrons, é que grandes áreas de Marte em latitudes medias e baixas contêm pequenas quantidades de hidrogênio, equivalentes a vários pontos percentuais de água por unidade de massa. A interpretação desta descoberta ainda está em desenvolvimento, mas a hipótese preliminar da equipe é que esta relativamente pequena quantidade de hidrogênio provavelmente está mais relacionada quimicamente com os minerais que se encontram no solo, do que com a existência de água.
Como detectar água a milhares de quilômetros?
. “Conforme se aproxima a primavera no hemisfério norte, os últimos dados de neutrons indicam que o congelamento está diminuindo, revelando a existência de solo rico em hidrogênio mais abaixo”.</p>
<p>“Marte nos surpreendeu de novo”, disse Stephen Saunders, cientista do projeto da Odyssey no Laboratório de Propulsão da NASA. “Os resultados iniciais da equipe do espectrômetro de raios gama são melhores do que jamais esperávamos”.</p>
<h2>Ano das Montanhas</h2>
<p>Para assinalar 2002 como o Ano Internacional das Montanhas os Correios dos Estados Unidos lançaram 12 selos mostrando os picos mais famosos ao redor do mundo. Os selos reproduzem montanhas do Kyrgyzstan, Tanzânia, Estados Unidos, Chile, Suíça, Japão, Antártica, India, Nova Zelândia, Canadá, Paquistão e Nepal.</p>
<h3>Créditos e contatos</h3>
<p>Fonte: Comunicado de Imprensa da NASA</p>
<p>Funcionário Responsável da NASA: Ron Koczor</p>
<p>Editor de Produção: Dr. Tony Phillips</p>
<p>Curador: Bryan Walls</p>
<p>Relações com os Meios:</p>
<p>Tradução para espanhol: Carlos Román</p>
<p>Editor em espanhol: Héctor Medina</p>
<p>Outras fontes:</p>
<p>http://mars.jpl.nasa.gov/</p>
<p>http://ciencia.nasa.gov/headlines/</p>
<p>y2002/12mar_waterplanet.htm</p>
<h3>Em defesa do pinheiro</h3>
<p>Uma campanha de repovoamento de espaços com o pinheiro brasileiro está sendo lançada esta semana pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) do Rio Grande do Sul. Segundo a SEMA o pinheiro (Araucaria angustifolia) é uma árvore nativa que ocupava grandes áreas do Planalto do Rio Grande do Sul. Devido ao corte indiscriminado, ela se encontra na lista das espécies ameaçadas de extinção.</p>
<p>Com o chamamento “Plante o Pinheiro Brasileiro”, o Defap – Departamento de Florestas e Áreas Protegidas da Sema fará a distribuição de 20 toneladas de sementes da espécie – o pinhão, em cerca de 300 municípios. A previsão é de que a campanha provoque o surgimento de 1,5 milhão de novos pinheiros. Também serão distribuídas mudas para plantios simbólicos.</p>
<p>De acordo com o Inventário Florestal do Rio Grande do Sul, embora a área de florestas tenha aumentado, o pinheiro brasileiro sofreu diminuição no número de árvores e no seu volume (altura e espessura) por hectare, de 1983 a 2001. Isto se deu em conseqüência do corte das unidades com maior diâmetro e vem provocando a fragmentação e o isolamento das florestas nativas, alterações na sua estrutura e diversidade genética, além da extinção de espécies da flora e fauna.</p>
<p>A Campanha de Repovoamento da Araucária será lançada na abertura da Semana Estadual do Meio Ambiente no dia 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente, em Barão de Cotegipe, região Norte do Estado. O evento acontecerá a partir das 9h na escola Estadual São José Povoado Sérvia. Na ocasião, também será realizado o II Seminário Estadual do Meio Ambiente. Do dia 6 ao dia 13, acontecerão lançamentos regionais da Campanha em Passo Fundo, Carazinho, Nova Prata, Caxias do Sul, Vacaria e Planalto, com a coordenação das Agências Florestais da Sema situadas nestes municípios e em Barracão, através do Parque Estadual de Espigão Alto.</p>
<p>Fonte: Ascom/Sema</p>
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Turismo e Meio Ambiente
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente alertou, na reunião de Bali, que os setores de viagens e turismo devem adotar os princípios da sustentabilidade em todas as suas atividades comerciais.
O relatório do setor de viagens e turismo mostra uma movimentação de mais de US$ 3.3 trilhões, 207 milhões de empregos (8% do total dos empregos globais) e 9% de todos os investimentos. O alerta é para que as empresas – em sua maioria pequenas e médias – se conscientizem sobre a importância da atenção ambiental em um ramo onde as paisagens naturais têm um valor inestimável.
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