Alfabetização ecológica é sucesso em Curitiba

Crianças plantam pinhão. Foto: Luiz Costa

Aproveitando materiais recicláveis e muita imaginação, as crianças de Curitiba confeccionaram minijardins na Oficina de Paisagismo Sustentável e aprenderam a imitar a natureza através da mistura, num mesmo vaso, de plantas, flores, e ervas. A experiência aconteceu paralelamento ao evento preparatório para a Rio+10.

“Esta é a nossa forma de colaborar com a natureza, estamos criando a oportunidade para que outras plantas possam nascer e, quem sabe, até criando uma nova espécie”, disse Denis Antonio Furmam, aluno do Centro de Educação Integral Francisco Klentz

O colega de classe, Frederico Kovaski, disse acreditar que os jardins não favorecem apenas ao meio ambiente mas também às relações entre as pessoas. “Precisamos aprender com as plantas, que, mesmo de espécies diferentes, dividem o espaço com harmonia. Pensando assim, vamos entender e conseguir proteger nossa água e nossa terra”, disse Frederico.

Além dos jardins, os alunos organizaram o kit de biodiversidade. Utilizando embalagens de filmes fotográficos e sementes variadas, elas desenvolveram um chocalho utilizado para “acordar as plantas”. A idéia é produzir sons e depois deixar que as sementes caiam no solo e brotem criando um espaço natural.

A brincadeira despertou o interesse dos participantes do evento. Rosele Ciccone Pascholick, uma das assessoras da organização Mundial da Família, que tem sede em Paris, acompanhou as atividades e disse ter se impressionado com a formação dos professores. “O programa é muito bom, abordar o meio ambiente desta forma é muito inovador. É imprescindível trabalhar estes conceitos para podermos ter uma nova geração participativa e consciente. Fiquei admirada com os resultados e com o envolvimento dos professores no trabalho”.

A inovação e criatividade do Alfabetização Ecológica foram apontados como algo a ser seguido pelos outros países. Segundo Diana Segovia, membro do Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais, “o fato de trabalhar as questões do ambiente de maneira transversal à educação proporciona a formação de indivíduos mais conscientes. Nunca havia conhecido uma experiência como esta”. Desenvolvido há três anos nas escolas do município a partir dos conceitos do físico Fritjof Capra, o programa foi escolhido pela ONU como uma das 60 melhores práticas do mundo nas áreas de educação e cidadania.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Prefeitura de Curitiba

Tartarugas em extinção

Leatherbacks ameaçadas pela pesca.

As tartarugas gigantes Leatherbacks, de até 900 quilos de peso e quase 3 metros de comprimento, que nadam sobre as águas do Oceano Pacífico, estão em perigo de extinção. Há 20 anos, milhares destas tartarugas regressavam para se reproduzir nas costas do Pacífico. No ano passado, voltaram muito poucas. Atualmente, 30 mil Leatherbacks nadam nos oceanos do mundo. Nos anos 80 existiam 115 mil exemplares. Para o pesquisador James Spotila, a desaparição desta espécie é quase tão rápida como a extinção do bisonte na América do Norte no século XIX. Sylvia Earle, do National Geographic, disse que a queda no número de exemplares nos últimos 5 anos é catastrófica. A principal ameaça vem de barcos pesqueiros que lançam milhares de redes de pesca de até 100 quilômetros de extensão. Nessas redes caem as tartarugas, além de focas, peixes-espada e atuns, que são o objetivo da pesca.

Fonte: Radipaz

Aves marinhas

O Projeto Albatroz, que há mais de dez anos estuda estas aves marinhas, está lançando a campanha de avistagem voluntária, com o objetivo de estudar a ocorrência do jovem albatroz-de-sobrancelha-negra na costa sul do Brasil e sua procedência, o projeto está recrutando voluntários para a observação (destas aves) na nossa costa. O projeto tem parceria com a organização não-governamental

Falkland Conservation, que acaba de fazer a marcação de mais de 16 mil jovens albatrozes-de-sobrancelha-negra na Ilha de Steeple Janson, nas Ilhas Malvinas, onde a ave se reproduz. As aves são identificadas através de um risco cor de laranja na plumagem do peito.

O objetivo da parceria é traçar a rota, o comportamento e qual a incidência dos jovens albatrozes na costa brasileira. As informações conseguidas até agora vieram das frotas pesqueiras e da captura acidental nos espinhéis. Para isso o Projeto Albatroz ressalta a importância do apoio e envolvimento na campanha da Comunidade náutica brasileira, já que a avistagem desta ave só é possível em alto-mar. A campanha de avistagem voluntária vai até agosto, data em que a marcação nas aves começa a desaparecer.

Contaminação da Shell

O Coletivo de Entidades Ambientalistas com cadastro junto ao Consema – Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, composto por 85 entidades ambientalistas, aprovou uma moção de apoio aos médicos Claudia Regina Guerreiro – Médica Sanitarista, e Dr. Igor Vassilieff, MD, PhD, Professor Titular de Farmacologia – UNESP, por sua atuação na investigação sobre a contaminação da Shell, em Paulínea. Segundo a moção:

“considerando que a empresa Shell Brasil S.A. contaminou o solo e o lençol freático com organoclorados (drins) e metais pesados – em seu parque fabril em Paulínia/SP, sendo que essa contaminação extrapolou a área da fábrica, atingindo os arredores e a população ribeirinha do Rio Atibaia, no bairro Recanto dos Pássaros;

que o episódio ocorrido em Paulínia não foi um fato isolado, ressaltando-se que a empresa também contaminou o solo e as águas subterrâneas, numa área de aproximadamente 180 mil m2, situada na Vila Carioca, zona sul de São Paulo capital, com uma série de substâncias tóxicas;

que a multinacional Shell não tem o direito de contaminar o meio ambiente e os seres humanos nele inseridos, nem de desrespeitar a legislação vigente em nosso país, sendo notória a toxicidade de alguns produtos formulados pela empresa, a ponto de consubstanciar ação internacional de banimento desses produtos de todo o planeta por meio de acordo ocorrido em conferências das Nações Unidas, das quais o Brasil é signatário (Montreal, 1998 – Estocolmo, 2001);

que, exercendo suas funções à bem da administração pública e, à medida que aprofundaram as pesquisas sobre os impactos da contaminação pela Shell sobre a população afetada no Recanto dos Pássaros, os médicos especialistas designados pela Prefeitura Municipal de Paulínia para o estudo e acompanhamento do caso passaram a ser vítimas de tentativa de intimidação por parte da empresa, conforme fatos publicados pela Agência Estado, em 29 de agosto de 2001;

Considerando ainda ser um dever da sociedade brasileira apoiar o exercício ético e independente da medicina, imprescindível para sanar e elucidar episódios de contaminação humana que vem ocorrendo em território nacional;

Decidiu o Coletivo pela presente moção de apoio à Dra. Claudia Regina Guerreiro – Médica Sanitarista, e Dr. Igor Vassilieff, MD, PhD, Professor Titular de Farmacologia – UNESP, em função da perseguição pessoal consubstanciada por ação judicial de caráter intimidatório, de autoria da empresa Shell Brasil S.A., manifestando ainda o Coletivo sua indignação diante do grave episódio de contaminação e de perplexidade pela lentidão do processo que se arrasta em Paulínia desde 1994, externando ainda total apoio aos trabalhos, procedimentos e manifestações realizadas pelos referidos profissionais com relação ao caso Shell – Paulínia, em todos os Foros em que foram solicitados”.

Espécie

O albatroz-de-sobrancelha-negra é a espécie mais comum na costa sul brasileira e também a mais capturada na pesca com espinhel no sul e sudeste do pais. O Projeto Albatroz, através de estudos feitos junto à embarcações pesqueiras do Brasil, estima que pelo menos 1.600 albatrozes-de-sobrancelha-negra sejam mortos por ano no Brasil, sendo que a maioria são indivíduos jovens.

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