A disponibilização de um espaço para esclarecimento da comunidade brasileira sobre a importância da ingestão de água tratada, os tipos de tratamentos, as características das substâncias empregadas na desinfecção e os eventuais riscos associados é o objetivo da parceria que inicia nesta edição entre a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) e Águaonline.
A preocupação da entidade com as questões relacionadas com a água e saúde tem sido uma constante desde os primeiros anos de atividades conforme explica o diretor-executivo, Martim Afonso Penna. Agora os esforços estão voltados para a identificação da eficiência do cloro no combate ao mosquito transmissor da dengue. “Já existem experiências mostrando que o uso de água clorada possibilita a eliminação de 100% dos ovos do mosquito transmissor em um período de quatro a cinco horas” informa Martim Penna. Ele acrescenta porém que a Abiclor está interessada em obter dados de pesquisa que possibilitem o respaldo técnico e científico para engajamento e apoio no trabalho de combate à epidemia de dengue. “Uma pesquisa foi encomendada pela Abiclor junto ao Departamento de Entomologia, através da Fundação Luis de Queiroz da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Esalq – uma unidade da USP com expressiva contribuição no ensino, pesquisa e extensão nos campos das ciências agrárias, dos alimentos, ambientais e sociais aplicadas – para realização de um estudo sobre a ação do cloro no combate ao transmissor da dengue” anuncia Penna.
Campanhas
O reaparecimento de casos de cólera em algumas regiões do Brasil, em 1999, e a necessidade de serem retomadas as campanhas de prevenção e esclarecimento das comunidades uniram os esforços da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), das entidades da área de Engenharia Sanitária (ABES e Aidis) e da Abiclor num trabalho conjunto para informar sobre o modo de transmissão da doença e os cuidados com a segurança da água.
Uma das formas adotadas foi a edição de um informativo contendo explicações sobre medidas simples que podem garantir, mesmo emergencialmente, que a água a ser consumida seja saudável. Através de ilustrações são descritos os métodos de desinfecção de águas de fontes, águas correntes, poços e cacimbas e de reservatórios domiciliares.
Segundo o diretor executivo da Abiclor a entidade vem se engajando nos esforços para a melhoria da qualidade da água e no esclarecimento das comunidades. Em 2001 foi feita uma parceria com Maurício de Souza para utilização dos personagens da Turma da Mônica para a confecção de materiais de informação destinados ao público infantil.
O cloro tem um papel fundamental no tratamento da água sendo também usado em 85% dos produtos farmacêuticos, incluindo vitaminas e medicamentos que tratam de doenças do coração, hipertensão, úlceras, leucemia, artrite, pneumonia, alergias e sintomas de resfriado. Segundo a Abiclor recentemente a Sociedade Americana de Microbiologia apresentou em seu congresso uma pasta bucal feita de dióxido de cloro que é tida pelos especialistas em Odontologia como a nova arma contra gengivite. Em minutos, o dióxido de cloro seria capaz de eliminar as bactérias causadoras da gengivite. Para obter a cartilha ligue para (XX11) 3258 9527/3258 0497 ou peça através do e-mail: abiclor@dglnet.com.br.
Fique por dentro:
1. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a má qualidade da água é responsável por 1,6 bilhão de casos de doenças diarréicas por ano. Doenças causadas por água não desinfectada matam diariamente 25 mil crianças no mundo.
2. O Aedes aegypti foi erradicado do território brasileiro em 1955 e o país foi declarado então, pela OMS/OPS, livre deste mosquito.
3. Em 1967 o Aedes aegypti foi reintroduzido pelo Pará (Belém e localidades vizinhas), sendo também detectado no Maranhão (São Luís e cidades vizinhas). Foi então novamente erradicado em 1973 por campanhas nas áreas reinfestadas neste período.
4. A dengue era considerado doença benigna, mas a permanência e multiplicação do vetor nas cidades possibilitam a recorrência de epidemias e as condições para circulação dos diferentes sorotipos do vírus do dengue, favorecendo a reinfecção dos indivíduos, e risco de ocorrência da forma hemorrágica. Deve-se considerar que estão ocorrendo casos de dengue por sorotipos em outros países da América do Sul que ainda não circularam no Brasil (tipos 3 e 4) e aos quais grande parte da população pode ser suscetível.
5. Na situação epidemiológica atual, o Aedes aegypti está em mais de 3.500 municípios brasileiros que correspondem a 26 estados, sendo que vários destes municípios se localizam em áreas endêmicas de febre amarela silvestre, o que novamente aumenta o risco de urbanização desta doença.
6. Mais informações: http://www.funasa.gov.br/
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