Cresce a contaminação industrial na América do Norte

Um informe, divulgado recentemente pela Comissão para a Cooperação Ambiental (CCA) – que reúne os Estados Unidos, México e Canadá – informa que houve um aumento na emissão de resíduos tóxicos pela área industrial do três países.

No relatório En balance a organização trinacional informa que um grupo de cerca de 15.000 indústrias da América do Norte emitiram ou transferiram 32% a mais de substâncias químicas perigosas entre 1998 e 2000 em relação ao biênio anterior. Estas instalações, com emissões e transferências de substâncias químicas de até 100 toneladas, representam a maior parte dos contaminantes do Canadá e Estados Unidos.

“É desalentador observar um número tão grande de instalações reportar a emissão de mais contaminantes em nosso meio ambiente”, lamentou o diretor executivo interino da Comissão, Victor Shantora, acrescentando que: “o contaminante pequeno, com c minúsculo, pode não chamar a atenção como as grandes usinas elétricas ou as fábricas de produtos químicos, mas seu efeito se faz sentir en todo o meio ambiente da América do Norte”.

No Canadá, estes contaminantes “com c minúsculo” tiveram um aumento de 66% nas emissões e transferências de substâncias químicas. Nos Estados Unidos, o mesmo grupo de indústrias teve um aumento de 29%. Em contraste, as 3.600 instalações que reportam 100 toneladas ou mais de emissões ou transferências tiveram uma redução de 7% em contaminantes. Apesar disso, este grupo segue representando 90% do total da contaminação, sendo o ácido clorídrico a substância com a maior quantidade de emissões.

No total, o informe contabiliza mais de 3,3 milhões de toneladas de substâncias químicas emitidas ou transferidas em 2000, incluídas substâncias cancerígenas ou vinculadas a causas de defeitos congênitos. Seis jurisdições (Texas, Ohio, Ontário, Pensilvânia, Michigan e Indiana) são responsáveis por 37% das emissões totais, com registros de mais de 165.000 toneladas de emissões ou transferências cada uma.

Embora a quantidade que se transfere entre fronteiras seja relativamente menor, o Canadá se converteu em um exportador de substâncias químicas, devido a uma diminuição nas exportações estado-unidenses para o Canadá de 43% entre 1998 e 2000. As instalações canadenses enviaram ao redor de 36.000 toneladas de substâncias químicas aos EUA em 2000 quantidade igual às transferências dos EUA para o México.

Lixo nas rodovias

Cerca de 30 toneladas de lixo por mês é a quantidade que a concessionária Caminhos do Paraná, que administra 405 quilômetros de rodovias parananenses, retira das pistas de rolamento. Diariamente a equipe de Inspeção do Tráfego, recolhe objetos jogados pelos usuários que esbanjam desrespeito ao meio ambiente e à própria segurança e a de seus semelhantes.

A poluição gerada pelo lixo modifica o meio ambiente, altera seus processos naturais e causa impactos devastadores como, por exemplo, grandes enchentes por entupimento de bueiros, assoreamento de rios, transmissão de doenças, degradação do solo e muitos outros.

E a concessionária alerta para a multa. É proibido jogar lixo pela janela do veículo. Segundo o Art. 172 do Código Nacional de Trânsito, sujar a rodovia corresponde a infração média com multa de 80 UFIRs.

ISO 14.001

A Caminhos do Paraná implementou o Programa Caminhos Limpos que trata justamente do gerenciamento dos resíduos produzidos pela empresa e lança, na última sexta-feira, dia 19 de setembro, campanha para combate a esse mau uso da rodovia. A empresa, que é certificada na norma ISO14001, investiu cerca de R$ 7 mil em material educativo e pretende atingir usuários e comunidades que vivem ou mantêm negócio às margens da rodovia.

Maria Zélia da Silva, consultora em gestão ambiental, afirma que “a preocupação com o gerenciamento de resíduos é mundial e abrange qualquer organização. A adoção de medidas a fim de diminuir a produção de lixo, reaproveitar o que for possível ou torná-lo um novo produto, deve ser incorporado pelas empresas”.

Segundo ela, “a Caminhos do Paraná investe não somente nisso, mas também na sensibilização das pessoas, e uma campanha como essa, reforça o fato de que a responsabilidade é também de quem utiliza o serviço e/ou produto, que nesse caso é a rodovia”.

Para a campanha está prevista a colocação de faixas na rodovia; a distribuição de camisetas promocionais e folders, que alertam para o tempo de decomposição dos principais produtos atirados pela janela do veículo; a entrega, nas praças de pedágio, de sacolas para o recolhimento de lixo; e ações simultâneas com a equipe de Inspeção de Tráfego.

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