BNDES quer Agenda 21 para indústrias

Brasília (DF) – “O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está estudando uma maneira de apoiar o desenvolvimento sustentável das indústrias brasileiras”. A informação é do assessor da diretoria da área industrial do BNDES, Luiz Carlos Rodrigues Filho, que participou, em Brasília, dos Diálogos para um Brasil Sustentável. “Recebemos uma solicitação para fazer um grande debate dentro do Banco sobre uma Agenda 21 para a indústria. Por isso, participamos dos Diálogos para um Brasil Sustentável”, explicou.

Rodrigues Filho avalia que é preciso definir uma política industrial que vá além do comando e controle, procurando aumentar a capacidade de disputa dos produtos brasileiros no mercado internacional sendo qualificados como produtos ambientalmente corretos. “Já estamos em contato com o Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Senai, e dialogando com o Ministério do Meio Ambiente e um grande seminário junto com a indústria brasileira deve ser realizado para discutir a Agenda 21 industrial”, informou o representante do BNDES.

“É fundamental ter este debate para ampliar o conceito da sustentabilidade no Brasil, em todos os setores da economia. Já estamos estudando o lixo com foco industrial para apoiar a competitividade de novos sistemas de reciclagem, organizando melhor esta cadeia produtiva em todo o País, tratando o lixo como matéria- prima. Se houver uma definição do governo federal de um apoio sistêmico à sustentabilidade, o BNDES deve definir algum tipo de financiamento”, ressaltou Rodrigues Filho.

Fonte: Ascom-MMA

Escola da Água

O projeto “Escola da Água” pretende implantar em todo o país centros de informações sobre esse bem maior da natureza que corre o risco de sofrer escassez. Elaborado pela Associação Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental, presidida pelo limnólogo José Galizia Tundisi, está atraindo cada vez mais investidores.

Autor do livro recém-lançado “Água no século XXI – Enfrentando a escassez”, Tundisi diz que a Escola da Água visa atender a um público formado por professores e estudantes de todos os graus que queiram entender desde o ciclo hidrológico mundial, até a qualidade e as características das águas regionais, mapas de aqüíferos, e, até mesmo, a fauna aquática. “Esse é um projeto muito comemorado, já que pretende popularizar as informações que, antes, só nós, acadêmicos, tínhamos acesso. Na verdade, toda a sociedade poderá ter acesso à Escola da Água mais próxima. A idéia é funcionar como um centro de informações especializado”, diz Tundisi.

A cidade de Araxá, em Minas Gerais, foi a primeira a implantar uma Escola da Água, recebendo apoio do Banco do Brasil. Sobral, no Ceará, também já adotou o projeto. Em São Carlos, interior paulista, uma unidade está em fase de implementação. “Outras Escolas da Água estão em fase estudo, como no vale do Rio Araçoai (Jequitinhonha-MG) e em Paulínia (SP)”, afirma José Galizia Tundisi, certo de que o projeto tende a receber apoio de mais prefeituras, governos e da iniciativa privada.

Edição 171 – 15 a 21/08/2003

Cresce mercado ambiental

São Paulo, 11 de agosto de 2003. O pessimismo registrado em alguns setores da economia do País não tem contaminado o mercado ambiental brasileiro. Esta é a opinião de Sidney Aluani, gerente comercial da Ensr do Brasil, especializada em auditorias, consultorias, e soluções ambientais e que registrou, no último balanço, realizado de acordo com o calendário norte-americano (julho a julho), um crescimento de 75%.

Segundo os promotores da V Fimai – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial, que se realizará de 29 a 31 de outubro, em São Paulo, o exemplo da Ensr é um dos vários que justificam o otimismo das empresas que atuam no setor do meio ambiente industrial no Brasil. Um levantamento recentemente divulgado pelo Departamento de Meio Ambiente da Câmara Brasil-Alemanha revelou que os investimentos em tecnologias ambientais deverão crescer de 5 a 7% ao ano. No ano passado, as indústrias adquiriram U$3 bilhões em tecnologias ambientais.

Romildo Campelo, diretor do Departamento de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, “é uma questão de sobrevivência. A indústria que hoje não se preocupa em atuar de forma ambientalmente correta estará fora do mercado nos próximos anos”. Para ele, a perenidade da indústria está diretamente relacionada a sua forma de atuação com o meio ambiente.

Para Haroldo Mattos Lemos, professor de engenharia ambiental da Escola Politécnica da UFRJ, a legislação ambiental tem sido a verdadeira impulsionadora do aumento da demanda por serviços no setor de meio ambiente industrial. Lemos baseia-se principalmente na pesquisa “Gestão Ambiental na Indústria Brasileira”, realizada pela CNI, Bndes e Sebrae, em 1998. Nela, os responsáveis pelas 1.451 empresas que responderam à pesquisa, apontaram que a legislação ambiental foi a principal razão para a adoção de práticas ambientais. Na mesma pesquisa, a redução dos custos e a melhoria da imagem das empresas também foram mencionadas como fatores importantes.

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