
A FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), de São Paulo, prepara para este ano a mais ousada e radical iniciativa de organização digital já realizada em uma instituição de ensino no Brasil. Até o final de 2003 serão abolidos 80% dos papéis que circulam entre as oito faculdades, o colégio e a área administrativa (atendimento ao aluno, rh, compras, requisições, memorandos etc.). A organização digital na FAAP significa retirar de circulação 15 toneladas de papel por ano, ou, do ponto de vista ambiental, deixar de processar 300 árvores. Só com cartuchos de tintas para impressora a FAAP vai deixar de gastar R$ 600 mil este ano.
Desde requisição de materiais até convocações para reuniões entre professores serão feitas online. Complementando estas ferramentas, foi desenvolvido um comunicador instantâneo exclusivamente para os usuários da IntranetFaap, ou seja, um ICQ FAAP.
Atualmente, na FAAP é possível fazer matrícula ou obter certificados, inscrever-se para o vestibular, renovar matrícula, preencher requerimentos, consultar notas, faltas ou oportunidades de estágios, pela Internet. A idéia de Rafael Possik, responsável pela implantação da organização digital, é acabar com papel e burocracia excessivos tanto para o público externo, que utiliza os serviços da instituição, quanto para funcionários, professores e alunos.
O Portal FAAP inovou ao criar um “hot site” de convocação para reuniões. Cada professor recebeu um endereço eletrônico (e-mail gratuito fornecido pela Faap, do tipo nome@faap.br) com acesso a este hotsite, que contém um vídeo e uma ficha de inscrição on-line.
Este conceito de interatividade, usando multimeios, é o embrião de um projeto maior, o e-learning, ou seja, ensino à distância pela internet. Em seus computadores, professores ou funcionários receberão as imagens do diretor do departamento fazendo o convite e explicando pontos da pauta da reunião.
Segundo Possik, a convocação digital agiliza processos, ao mesmo tempo que o convite com a imagem do diretor ajuda a quebrar a frieza natural de memorandos.
Nos últimos 12 meses, o Portal da FAAP – www.faap.br – teve mais de 19 milhões de páginas visitadas, criou 4.000 páginas e atualizou outras 3.000.
A indústria de tintas e o meio ambiente
A questão ambiental vai ser um dos destaques do 8º Congresso Internacional de Tintas, a ser realizado de 3 a 5 de setembro, no ITM, em São Paulo.
Uma das palestras com enfoque no meio ambiente será apresentada pela pesquisadora Kai Loh Uemoto, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Ela vai mostrar os resultados preliminares obtidos na análise que identificou e quantificou os compostos orgânicos voláteis (VOC) de 50 amostras de solventes, tintas látex, esmaltes sintéticos e vernizes.
O objetivo do trabalho é levantar e fornecer critérios ecológicos nacionais às indústrias de tinta para que estas possam se adequar aos teores de VOC que estão sendo propostos internacionalmente.
“Os VOCs contribuem para a poluição atmosférica, afetam a saúde do trabalhador não só durante a fase de construção de um edifício, mas também por serem contaminantes potenciais importantes na qualidade do ar interno, principalmente em ambientes com ar condicionado, interferindo na saúde do usuário durante a ocupação do edifício”, explica a pesquisadora.
O 8º Congresso traz ainda a apresentação de Fernando Rei, diretor de controle da poluição da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, doutor em direito ambiental e coordenador do curso de gestão ambiental da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Rei tratará das mudanças introduzidas pelo Decreto Estadual nº 47.397, de 4 de dezembro de 2002, no processo de licenciamento ambiental no Estado de São Paulo e suas conseqüências.
Entre as alterações do decreto a serem apresentadas pelo diretor da Cetesb destacam-se a concessão de Licença de Operação com prazo de validade, a renovação de todas as Licenças de Funcionamento já emitidas e a perspectiva de municipalização do licenciamento.
“Ao determinar que a Licença de Operação seja objeto de renovação periódica, o decreto possibilita a obtenção de ganhos significativos na gestão pública do meio ambiente no Estado de São Paulo. Oferece oportunidades para a implementação de ações por parte da Cetesb para estimular as empresas a rever procedimentos com vistas a melhorar seu desempenho em relação ao meio ambiente. Parte do conceito de melhoria contínua, em consonância com os padrões de qualidade ambiental estabelecidos em dispositivos legais estaduais e federais.
Fonte: Abrafati
Equipamento para pesquisar qualidade da água
Kofi Akumanyi, London Press Service
Cientistas que estão pesquisando em Universidade métodos para a análise passiva no monitoramento de qualidade da água receberam da União Européia um incentivo no valor de 1 milhão de libras. O projeto dará continuidade a uma tecnologia patenteada que foi desenvolvida usando um subsídio concedido pela União Européia. A Universidade de Portsmouth, ao sul da Inglaterra coordena o programa que resulta da parceira de dez instituições e empresas da República Tcheca, Finlândia, Países Baixos, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido. O projeto – conduzido pelo Dr Richard Greenwood, chefe da Escola de Ciências Biológicas, e pelo Dr Graham Mills, da Escola de Farmácia e Ciências Biomédicas – tem como objetivo desenvolver padrões nacionais e internacionais nas tecnologias para análise passiva, substituindo análises in loco.
A análise passiva oferece benefícios potenciais para o monitoramento da qualidade da água numa variedade de ambientes incluindo águas devolutas, rios, águas de superfície e do oceano. Enquanto a tecnologia baseada na análise de local fornece apenas um resumo dos níveis de poluentes no momento da coleta da amostra, a análise passiva oferece uma alternativa mais econômica, com concentrações ao longo de dias ou semanas e médias de tempo.
O analisador passivo é um aparelho simples com um receptor cromatográfico sólido aonde ficam acumulados os poluentes. Uma membrana, protegida e amparada por uma rede, separa a solução que será analisada. O aparelho é levantado, com a membrana para baixo, protegendo-a contra contaminação, na solução para análise. A membrana deve ser escolhida de acordo com o tipo de poluente a ser avaliado: inorgânico, polar ou orgânico não polar. O receptor tem muita afinidade com o poluente; a membrana evita saturamento rápido demais. Para alcançar o receptor, o poluente espalha-se através da membrana. Como é zero o nível de concentração dentro da membrana, quaisquer poluentes passam imediatamente para o receptor.
O líquido é então retirado do receptor usando solvente ácido (inorgânicos) ou solvente orgânico (orgânicos) e analisado. O sistema pode ser calibrado em laboratório para determinada fase do receptor e membrana, usando soluções de concentrações conhecidas.A quantidade de água analisada ao longo do tempo independe da concentração externa, e após análise de poluentes pode ser usada para verificar concentrações desconhecidas no campo. Segundo o Dr Greenwood o sistema não analisa concentrações tão baixas como outros aparelhos já existentes, porém o grupo está mais interessado em não deixar passar as concentrações altas, preocupação dos legisladores e dos administradores do fornecimento de água.
Contato: Portsmouth University – www.port.ac.uk
Leave a Reply