
A prefeitura de Paulínia, a 118 quilômetros de São Paulo, em parceria com o Instituto Uniemp – Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresa está desenvolvendo um projeto para criar um novo modelo de gestão ambiental para a cidade. O Poluição Zero foi iniciado em abril e será concluído em 10 meses.
A idéia é que o projeto contribua para ampliar e garantir a qualidade de vida da população por meio da implementação de uma legislação ambiental atualizada e de reconhecimento internacional. Tudo adaptado à realidade e às necessidades da região. “O programa vai fornecer instrumentos para que a Secretaria do Meio Ambiente se torne apta a resgatar o histórico ambiental e também possa assegurar o desenvolvimento sustentado da cidade”, Cesar Ciacco, diretor executivo do Instituto Uniemp.
O primeiro passo é fazer um diagnóstico ambiental, com estudo dos aspectos históricos da região, solo, clima, hidrografia, ar, fauna, flora e, a partir daí, estruturar o zoneamento ambiental. “A análise identifica as condições do município, as áreas ambientalmente críticas ou vulneráveis, relaciona os impactos do uso dos recursos naturais, e depois parte para a organização espacial da área. Isso é feito porque cada zona precisa de um grau de proteção e de conservação”, afirma Ciacco. Como resultado, a prefeitura terá as áreas caracterizadas como zona de produção, zona de recuperação, zona populacional, zona de desenvolvimento turístico, além do mapa de uso e ocupação do solo de todo o município.
O resultado do Poluição Zero fará com que o município conquiste um diferencial em relação a outras cidades brasileiras, atraindo novos investimentos e, conseqüentemente, garantindo desenvolvimento econômico e social. De acordo com Ciacco, a implantação de um modelo de gestão ambiental é de grande interesse das empresas situadas na região, já que poderão, de maneira eficiente, estabelecer seus programas para controle de emissão de poluentes.
O modelo de gestão ambiental para o município de Paulínia será estruturado em ações que incluem a revisão do arcabouço legal (municipal, estadual e federal), a implementação do fundo municipal de meio ambiente, a criação da guarda ambiental municipal, e o estabelecimento de programas de educação ambiental, gestão do lixo e de resíduos sólidos, proteção dos recursos hídricos, proteção dos parques e florestas, e monitoramento ambiental.
Dentro de dois meses, serão realizados os primeiros treinamentos, envolvendo os técnicos da prefeitura que participarão do programa. A agilidade do trabalho será auxiliada por um sistema de gestão empresarial e análise de dados, que fará o cruzamento das informações e, após a implantação dos resultados, receberá dados atualizados online. “Todas as características sobre condições do ar, solo e água serão guardadas em um sistema e, paralelamente à implementação do projeto, já será possível identificar ações preventivas”, diz Ciacco.
Uma ação semelhante a essa vem sendo realizada no município de Santo André (SP) que, junto com Paulínia, faz parte de um programa piloto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente para regularizar e monitorar as condições ambientais em cidades com alto grau de industrialização.
Para desenvolver o projeto o Instituto Uniemp conta com a colaboração do Instituto Internacional de Ecologia (IIE) e Gerenciamento Ambiental para realizar as análises laboratoriais, eventos científicos e cursos técnicos, com o trabalho do cientista José Galizia Tundisi; e da Geotec, que vai fazer o diagnóstico ambiental e a estruturação institucional, com a supervisão do geólogo Fernando Kertzman.
O projeto também fornecerá à Secretaria de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente uma análise da situação institucional da prefeitura em relação ao meio ambiente e uma proposta de estrutura dos órgãos ambientais municipais.
Paulínia
Paulínia encontra-se próxima à capital (118 km). Com a instalação de um dos maiores pólos petroquímicos da América Latina, o município teve seu desenvolvimento acelerado. É uma cidade com ecossistema variado, com milhares de exemplos de flora, fauna e fonte de águas minerais. Tem mais de 50 mil habitantes e algumas das principais unidades industriais, como Rhodia, Shell, Cargil, Du Pont do Brasil, Asga Teleinformática, Eucatex, Zeneca, Hercules, Exxon Química e Replan.
Reciclagem
O Grupo Pão de Açúcar, Tonra-Latasa, responsável pela tecnologia norueguesa Tonra-Latasa Systems de reciclagem de embalagens e a marca Camil, de gêneros alimentícios, somaram esforços e lançaram, no último dia 05/06em São Paulo e no dia 06/06, no Rio, o “Reciclar 10, Fome Zero”.
Através desta ação, 47 lojas do Extra estarão recebendo embalagens PET e latinhas nos Centros de reciclagem RePlaneta, instalados pela Tomra-Latasa nos supermercados em troca de cupons que valem arroz e feijão. Os produtos podem ser retirados para consumo próprio, ou doados para os bancos de alimentos, em seis estados brasileiros.
As ações implementadas pela parceria envolvem consultoria em logística e cadeia de suprimentos, com uma equipe de técnicos especializados à disposição do Ministério para integrar comissões de estudo de processos e alternativas para a distribuição de alimentos em todo o território nacional.
Mais 600 empregos foram criados na companhia para os “Agentes Fome Zero”, cuja primeira função dentro do Grupo Pão de Açúcar é supervisionar os postos de arrecadação e prestar informações ao público sobre o Fome Zero.
Fotos de Ronaldo Barbosa

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