Uma das grandes preocupações da sociedade moderna tem sido a preservação ambiental, especialmente no que diz respeito à água, tanto para evitar o desperdício no consumo quanto para não poluí-la. Mas isso não significa frear o desenvolvimento das cidades, mas, sim, crescer com responsabilidade.
A cidade de Jacareí, no Vale do Paraíba, está fazendo a sua parte ao iniciar em março deste ano a maior obra de saneamento de sua história: a despoluição do Córrego do Turi, principal afluente do rio Paraíba do Sul no município. Após a conclusão, que está prevista para o segundo semestre de 2011, o índice de tratamento de esgoto saltará dos atuais 20% para 70%, reduzindo significativamente o despejo de esgoto in natura no rio. O investimento total é de R$ 90 milhões.
“Com população de 210 mil habitantes, Jacareí foi a primeira cidade do país a construir uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), com recursos gerados pela cobrança pelo uso da água do rio Paraíba. A obra, uma parceria público-privada, iniciou uma série de ações que permitiram a ampliação do índice de tratamento de esgoto doméstico de 2% para 20% no município. Desde 2005, outras duas ETEs foram construídas. Considerando-se que o esgoto doméstico é a principal fonte de poluição do rio Paraíba, é fundamental que centremos esforços e investimentos para minimizar esses efeitos”, destaca Hamilton Ribeiro Mota, prefeito de Jacareí.
Além de ser a principal fonte de abastecimento de água para a população, a irrigação agrícola e a indústria, o rio Paraíba do Sul é, ainda, utilizado para pesca e lazer por mais de 14,2 milhões de habitantes, incluindo moradores do Vale do Paraíba, de Minas Gerais e da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Como primeiro grande núcleo urbano banhado por este rio, Jacareí vê com preocupação a hipótese de transposição parcial de suas águas como alternativa para subsidiar o abastecimento de 180 municípios que compõem a “macrometrópole” de São Paulo, Campinas e Baixada Santista. Segundo levantamento encomendado pelo Governo do Estado de São Paulo, o sistema de abastecimento da Grande São Paulo ganharia um incremento de 5.000 litros por segundo, sendo que a captação se daria em Jacareí, a partir da represa do Jaguari, integrante do sistema Cantareira.
“Essa alternativa exige avaliação e estudos aprofundados, que meçam quais são os efetivos impactos e compensações socioeconômicas e ambientais que gerariam aos municípios que compõem a Bacia do Paraíba do Sul. Afinal, são 180 municípios entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ainda que revestido de toda essa importância, o rio Paraíba do Sul continua a ser visto sob uma ótica puramente exploratória. Temos que estudar alternativas para não torná-lo, mais uma vez, vítima de políticas sem planejamento, míopes e imediatistas”, defende o prefeito.
Nascido da confluência dos rios Paraibuna, com nascente em Cunha, e Paraitinga, que nasce em Areias, o rio Paraíba do Sul segue em direção à região metropolitana da capital, mas faz uma curva de 180º e corta todo o Vale formado pelas serras do Mar e da Mantiqueira. Após 1.120 km, chega a São João da Barra, no Norte fluminense, para desaguar na praia de Atafona. Nesse percurso, forma uma bacia que mantém vivos remanescentes de Mata Atlântica em unidades de conservação, sendo algumas de destaque internacional, como o Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro criado no Brasil.
Corsan emite contas em braile
A Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) passará a enviar o demonstrativo das contas de água e esgotos em braile para as pessoas com deficiência visual a partir de 1° de outubro. O usuário interessado poderá solicitar esse serviço, que não terá qualquer custo, na Unidade de Saneamento local, na Central Tudo Fácil ou ainda pela Internet, no site www.corsan.com.br.
O usuário que solicitar esse serviço, vai receber dois documentos: o demonstrativo em braile e a conta normal impressa com o código de barras para o pagamento na rede bancária e postos conveniados. Com esse serviço a empresa pretende qualificar a prestação dos serviços aos seus usuários e atender a legislação estadual vigente.
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