Rasca Rodrigues
Abro nossa conversa de hoje parabenizando a Assembléia Legislativa do Paraná, que tem se mostrado preocupada com as questões ambientais no Estado. Congratulações especiais à Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia, coordenada pelo deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, nosso ex-secretário do Meio Ambiente, que vem trabalhando junto e conscientizando os parlamentares sobre a importância destas discussões.
Percebemos essa preocupação nas dezenas de projetos de lei chegam à Secretaria do Meio Ambiente todos os meses para receber pareceres que posteriormente são avaliados pelos deputados e resultam na aprovação ou não do projeto. Nesta semana, dois destes projetos avaliados pela Secretaria foram sancionados pelo governador Roberto Requião.
Um deles originou a lei que cria o Programa de Conservação e Uso Racional da Água nos edifícios públicos do Paraná. O projeto – de autoria dos deputados Luiz Eduardo Cheida, Tadeu Veneri e Rosane Ferreira – prevê, além de medidas de economia de água, a utilização das águas da chuva e a reutilização de águas já usadas.
As águas da chuva captadas deverão ser utilizadas sempre que não se exigir o uso de água tratada (como nas hortas e jardins, na lavagem de roupas, veículos, vidros, calçadas e pisos), enquanto as águas já usadas nos tanques, máquinas de lavar e chuveiros serão destinadas às descargas dos vasos sanitários.
São iniciativas como esta que demonstram os novos ventos que estão soprando da Assembléia Legislativa do nosso Estado. Ventos estes que também dignificam a classe política (pois a aprovação dos projetos depende do voto da maioria) e que têm resultado em importantes avanços na política ambiental paranaense.
Autor
Rasca Rodrigues é secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná.
Papel reciclado
O outro projeto sancionado pelo governador obriga o uso de materiais de escritório feitos com papel reciclado nos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. A partir de agora, envelopes, folhas, cartões e blocos, recibos, publicações e embalagens utilizadas nestes estabelecimentos deverão ser confeccionados com o produto fabricado a partir do papel já usado – o que poupa o corte de árvores e outros impactos ambientais.
Para se ter idéia do que esta pequena mudança (de grandes e benéficos resultados) significa, destaco: cada tonelada de papel reciclado evita o corte de 20 árvores, economiza metade da energia elétrica, poupa 10 mil metros cúbicos de água e ainda 2,5 barris de petróleo usados no processo de produção do papel convencional.
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