Mobilização convoca população carioca a exigir universalização do saneamento básico

A Fundação SOS Mata Atlântica realizou na tarde deste sábado (21/05) uma mobilização na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, a favor da universalização do saneamento básico no País. Com a ajuda de voluntários, a ONG fez a coleta de assinaturas para uma petição por esgoto tratado e água limpa nos mares e rios brasileiros. A ação faz parte da campanha Saneamento Já que conta com organizações apoiadoras por todo o Brasil e tem como objetivo chamar a atenção a um direto que é básico da população, mas que está fora da agenda de prioridade do país.

Na orla carioca, voluntários e especialistas das SOS Mata Atlântica trouxeram informações e tiraram dúvidas sobre os impactos da falta de saneamento básico, um dos principais fatores de proliferação de doenças e desperdício de água no Brasil. No País, apenas 40% dos esgotos gerados são tratados e cerca de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a agua tratada, segundo dados do Ministério das Cidades/SNIS 2014 e Instituto Trata Brasil. “Isso significa que nas grandes cidades do Brasil, cerca de 60% das pessoas que moram nas chamadas ‘cidades informais’, áreas irregulares, não podem ter acesso ao saneamento e a água limpa, vivendo em exclusão hídrica. Isso é um desrespeito ao direito humano”, comenta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Entre as medidas defendidas pela SOS Mata Atlântica para reverter o problema está o fim da legislação que permite a existência dos chamados “rios mortos” no Brasil. Enquadrados na classe 4 (Resolução Conama 357 e correlatas), esses corpos d’água são destinados apenas a diluir esgotos com baixa eficiência de tratamento e, na grande maioria, sem tratamento algum. Isto torna a água de rios e córregos na maioria das cidades brasileiras indisponível para usos múltiplos, como produção de alimentos, lazer e consumo humano.

Fonte: SOS Mata Atlântica.

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