Câmara dos Deputados debate Campanha da Fraternidade

Plenário da Câmara dos Deputados vai se transformar em comissão geral na quarta-feira (23) para debater a Campanha da Fraternidade de 2016: “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”.

O objetivo do debate, solicitado pelos deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e Domingos Sávio (PSDB-MG), é resgatar a necessidade de os poderes públicos investirem em saneamento. Estão convidados para o debate, entre outros, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, e o secretário-geral da conferência, dom Leonardo Ulrich Steiner.

A Campanha da Fraternidade de 2016 neste ano é ecumênica, a ação é coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), que é composto pela Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida.

“No momento em que o País enfrenta uma epidemia de casos de zika – e o aumento do registro de crianças com microcefalia – a Campanha da Fraternidade de 2016 e o debate nesta comissão geral terão como foco a necessidade de saneamento básico para toda a população”, ressaltou Hauly.

Dados sobre saneamento

Os deputados destacam dados apresentados pela CNBB no texto base da Campanha da Fraternidade de 2016 que demonstram, por exemplo:

• que o Brasil está entre os 20 países do mundo nos quais as pessoas têm menos acesso aos banheiros;

• que cada brasileiro gera em média um quilo de resíduos sólidos diariamente. Só a cidade de São Paulo gera entre 12 a 14 mil toneladas diárias de resíduos sólidos.

• que as 13 maiores cidades do País são responsáveis por 31,9% de todos os resíduos sólidos no ambiente urbano brasileiro.

• que 50,8% desses resíduos foram levados para lixões, local para depósito do lixo bruto, sobre o terreno, sem qualquer cuidado ou técnica especial.

• que somente 42% das moradias rurais dispõem de água canalizada para uso doméstico. E que os outros 58% usam água de outras fontes, porém, sem nenhum tipo de tratamento.

Hauly acrescentou que “muitas habitações rurais são tão precárias que sequer dispõem de banheiros ou fossas”.

A comissão geral está marcada para as 9 horas, no Plenário Ulysses Guimarães.

Fonte: Agência Câmara

PNAD

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 51% da população do território nacional têm saneamento básico. A questão principal levantada pela CNBB é a responsabilidade do Poder Público, sobretudo quanto a disponibilização de esgoto e água para toda a população, além de combater os lixões, que são um proliferador de doenças.

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