
Cobertura Especial.
Cecy Oliveira – direto de Montevideu.
⌂ O uso prioritário da água subterrânea é para a agricultura mas cresce a perfuração de poços em áreas rurais e suburbanas e para abastecimento de pequenos municípios. A redução das quantidades armazenadas e a perda da qualidade preocupam uma vez que são influenciadas diretamente por ações na superfície, como poluição por lixões, cemitérios, vazamentos de postos de gasolina e também pela aplicação de pesticidas nas áreas de lavouras.
⌂ Em vários países latino-americanos cresce o consumo de água engarrafada o que aumenta a pressão sobre os mananciais subterrâneos pois nem todas as águas são minerais.
⌂ O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) de São Paulo está investindo R$ 400 mil no monitoramento eletrônico do Aquífero Guarani. A pesquisa atual terá dois anos de duração, utiliza softwares de gerenciamento de informação geográfica e equipamentos medidores de nível de água, pH, temperatura, condutividade elétrica e outros dados de 12 poços na região de Ribeirão Preto. As informações serão armazenadas pelo Sistema de Informação do Sistema do Aquífero Guarani e utilizadas no controle de perfuração de poços destinados à exploração das águas subterrâneas para abastecimento público.
⌂ O Estado de São Paulo conta com mais de 1.000 poços, alguns com até 2 mil metros de profundidade, que captam água do Aquífero Guarani para abastecimento público e outros usos. Os poços chegam a apresentar vazão de até 700 mil litros de água por hora.
⌂ Hoje nos Estados Unidos mais de 400 mil poços são perfurados por ano.
⌂ Uma característica da água subterrânea é que sua relação com ecossistemas não é facilmente percebida pela população. A contaminação é lenta e de difícil solução.
⌂ A versatilidade de uso – concomitantemente com a superficial – faz da água subterrânea um recurso estratégico.
⌂ Há um uso ainda pouco explorado do gradiente térmico para produção de calor e eletricidade.
⌂ O nível de conhecimento sobre os aquíferos compartilhados nas Américas é muito variado:
– Suficiente: 1;
– Bom: 4;
– De base: 18 SATs;
– Insuficiente: 49 SATs.
• Os níveis de gestão compartilhada são muito deficientes
– Existe só um tratado de governança e cooperação em âmbito regional (SAT Guarani).
Saiba mais
# Entre as apresentações feitas durante o evento foram citados os seguintes casos exitosos de gestão de águas subterrâneas no Brasil:
1) Controle da expansão imobiliária em Ribeirão Preto – SP;
2) Avaliação dos recursos hídricos subterrâneos da área metropolitana de Recife-Pe, com identificação daquelas onde não mais serão permitidas novas
perfurações de poços tubulares;
3) Avaliação dos recursos hídricos subterrâneos e proposição de modelo de gestão compartilhada para os aquíferos da chapada do Apodi, entre os estados
do Rio Grande do Norte e Ceará; – Aquífero Guarani.
# O paradoxo: Se não pesquisamos, não sabemos que teremos problemas. Como (ainda) não temos problemas há escassa prioridade para investir em pesquisa.
# O uso agrícola da água representa entre 65% e 72% do total, proporção que se mantém para a subterrânea, dependendo do grau de desenvolvimento de cada sociedade.
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