A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) anunciou investimento de cerca de R$ 8 milhões para o sistema de saneamento básico de Londrina. Os recursos adicionais, provenientes da Caixa e próprios, permitirão a execução de obras de rede de esgoto em 24 bairros. “Com esses investimentos, a população terá 90% do esgoto coletado e tratado, um índice que irá a 96% até 2011, deixando a cidade numa posição privilegiada no país”, declarou Stênio Jacob, presidente da Sanepar, em reunião realizada em Londrina com o prefeito Barbosa Neto.
O detalhamento dessas novas obras foi apresentado durante encontro na Prefeitura de Londrina, quando também foi discutida a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto Esperança.
Ao todo, serão executados 62,2 quilômetros de rede coletora de esgoto, que vão possibilitar 3.574 novas ligações prediais ao sistema de esgoto da Sanepar. Além disso, as obras vão gerar 225 empregos diretos e outros 900 empregos indiretos. “É uma marca histórica e digna de países de primeiro mundo”, destacou o prefeito Barbosa Neto.
ETE Esperança – Ainda durante a reunião, foi firmado o termo de compromisso para implantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Esperança, na região sul. A assinatura do documento tem por objetivo tranqüilizar a comunidade sobre os impactos da estação no entorno da localidade conhecida como Chácara São Miguel.
Pelo documento, a Sanepar se compromete a fazer o controle de odores, monitoramento contínuo do rio onde serão lançados os efluentes, desinfecção e remoção de macronutrientes. Já a Prefeitura vai intensificar a fiscalização dos lançamentos feitos diretamente nas galerias pluviais e exigir a ligação dos imóveis à rede de esgoto. Segundo Fernando Barros, presidente do Consemma, o termo de compromisso tranquiliza a população. “Conseguimos que a estação seja moderna e opere sem afetar às pessoas que estão em seu entorno”, analisou.
Cresce presença privada no saneamento do MT
A CAB ambiental, empresa do Grupo Galvão, especializada em saneamento básico, acaba de assumir a operação dos serviços de água e esgoto nos municípios de Pontes e Lacerda, Alta Floresta e Colider, com população conjunta de 120 mil habitantes, ao criar a CAB Mato Grosso em associação com a Agrimat Engenharia Indústria e Comércio.
Com essa aquisição, a CAB, que tem três anos de existência e 440 funcionários diretos, passa a atender a uma população de quase 4 milhões de brasileiros em oito operações: na Região Metropolitana de São Paulo (PPP com a Sabesp para produção de água), em Mirassol, Palestina (concessões plenas) e Guaratinguetá (PPP com a Saeg, para expansão e manutenção dos serviços de esgotamento sanitário), no Estado de São Paulo, e em Paranaguá, no Paraná (concessão plena). Assim torna-se a maior empresa brasileira privada de saneamento básico no atendimento à população.
“Não há dúvida de que hoje as empresas privadas são as grandes parceiras do poder público na resolução dos graves problemas de saneamento básico no Brasil”, diz Yves Besse, presidente da CAB ambiental. “Nosso objetivo é crescer, levando serviços de qualidade a um número cada vez maior de pessoas”.
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