Comunidade é parte ativa na proposta Cultivando Água Boa.

Foto: Jorge Samek e Nelton Friedrich.

Foz do Iguaçu (PR) – cobertura especial.

Um evento paralelo ao Fórum das Águas das Américas foi realizado em Foz do Iguaçu (PR) – o 5º Encontro Cultivando Água Boa, promovido pela Itaipu Binacional, O programa é desenvolvido numa área de aproximadamente 8 mil quilômetros quadrados, que engloba 29 municípios do oeste do Paraná. Nessa área, denominada Bacia Hidrográfica do Paraná 3, vivem 1 milhão de habitantes, sendo cerca de 90% pequenos agricultores que cultivam em um pedaço de terra de 50 hectares, em média, milho, trigo, soja, criam suínos ou vivem da piscicultura.

Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, a região é uma das mais produtivas do país e foi “perfeita” para a implantação do programa, respondendo de forma surpreendente às práticas socioambientais sugeridas. “Tanto que temos hoje uma rede de cooperação com 1.200 parceiros – instituições federais, estaduais e municipais, não-governamentais, movimentos sociais, agricultores, pescadores, catadores, suinocultores, assentados, indígenas e instituições de ensino. Se formos levar em conta toda a participação no programa, podemos dizer que ele envolveu até agora cerca de 230 mil pessoas”.

Atualmente estão sendo desenvolvidos 70 projetos e 108 ações voltadas para a preservação do meio ambiente. Nelton Friedrich disse que a Hidrelétrica de Itaipu, pertencente ao Brasil e ao Paraguai em igualdade de condições, com potência instalada de 14 mil megawatts (MW), tem, desde sua criação, um compromisso com a causa socioambiental.

O diretor da Itaipu explicou que o Cultivando Água Boa segue diretrizes do governo federal e de documentos como a Carta da Terra, Agenda 21, Metas do Milênio, Tratado de Quioto e Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.

O projeto brasileiro foi apresentado aos representantes dos 37 países das quatro regiões – América do Norte, América Central, Caribe e América do Sul – como uma experiência de sucesso resultante do trabalho de uma rede. “Mostramos ações concretas, que abrangem desde a recuperação das microbacias do entorno do reservatório da usina, até a proteção das matas e da biodiversidade, correção de passivos da agropecuária, conversão de atividades econômicas para uma produção sustentável e promoção da educação ambiental”, afirmou.

No balanço de seis anos de programa pode ser contabilizada a instalação de quase 400 quilômetros de cercas para proteção da mata ciliar, plantio de 2 milhões árvores nas áreas protegidas, adequação de 307 quilômetros de estradas, conservação de 3,4 mil hectares de solo e água, instalação de abastecedouros comunitários, distribuição de adubo orgânico, destinação adequada de 440 toneladas de embalagens de agrotóxicos, elaboração de 3,7 mil projetos de controle ambiental de propriedades rurais, e a consolidação e 1.000 famílias atualmente vivendo da agricultura orgânica.

Ao contrário do Fórum das Águas das Américas, reservado aos países convidados, a participação no 5º Encontro Cultivando Água Boa foi aberta ao público em geral, com a realização de várias oficinas.

O programa é referência mundial na área de preservação ambiental. Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, ele foi a única experiência brasileira no setor elétrico selecionada para ser apresentada na Expo Zaragoza 2008, na Espanha, a maior feira mundial sobre água.

Para o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, a escolha de Foz para sediar esse evento se deu exatamente pela consistência dos programas de cuidado com os recursos hídricos que estão em prática na região. “Os resultados são muito bons e mostram que é possível compatibilizar esse grande binômio que todo mundo cobra, que é gerar empregos, gerar renda, mas ao mesmo tempo preservar o meio ambiente”, afirmou.

“Hoje nós não somos mais modelo apenas aqui para a região do Oeste do Paraná ou para o país. São 37 países vindo aqui trabalhar e compartilhar da nossa experiência, o que nos deixa muito satisfeitos e muito felizes”, concluiu.

Fonte: Agência Brasileira de Notícias.

Íntegra

Veja no arquivo abaixo a íntegra da Lei

Parlamento britânico aprova Lei sobre Mudanças Climáticas.

O Parlamento Britânico aprovou na última terça-feira (18/11) a legislação que irá reger o combate às mudanças do clima no Reino Unido. A nova lei determina a redução de pelo menos 80% das emissões dos gases de efeito-estufa pelo Reino Unido até 2050 e estabelece a redução de 26% das emissões de CO² até 2020, ambas em comparação aos níveis de 1990.

Com a medida, o Reino Unido passa a ser o primeiro país do mundo a ter um arcabouço de compromissos de longo prazo estabelecidos por lei para o corte de emissões de gases de efeito-estufa e a adaptação à mudança climática.

“A aprovação deste projeto de lei faz da Grã-Bretanha um líder mundial na área de políticas públicas em relação às mudanças do clima”, afirmou o Ministro de Energia e Mudanças do Clima do Reino Unido, Ed Miliband. Segundo ele, a lei é a primeira deste tipo no mundo e “envia uma mensagem clara antes de discussões globais e na Europa, mostrando que é possível tomar medidas sérias”.

As novas regras prevêem um sistema orçamentário de carbono, que estabelece tetos de emissões para períodos de cinco anos cada até 2050. O Governo terá até 1o de junho de 2009 para definir as metas para os períodos de 2008-12, 2013-17 e 2018-2022.

A lei cria ainda a Comissão de Mudança Climática, um organismo especializado, multidisciplinar e independente que irá assessorar o Governo Britânico na definição dos níveis para os orçamentos de carbono. A Comissão também produzira relatórios anuais sobre os avanços do Reino Unido em relação às metas de redução e orçamentos, que deverão ser submetidos ao Parlamento e receber uma resposta do Governo – garantindo a transparência e a prestação de contas durante o processo.

As novas regras também poderão incorporar as emissões decorrentes do transporte aéreo e marítimo internacional em suas metas de redução. A Comissão de Mudança Climática deverá aconselhar o Governo sobre as conseqüências da inclusão destas emissões nos orçamentos previstos na lei.

Veja no arquivo abaixo a íntegra da Lei.

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