O papel das pesquisas acadêmicas

Rasca Rodrigues

Um convênio inovador, firmado entre a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e a Universidade de Ferrara, na Itália. pode dar excelentes frutos. O certo é que no Paraná as pesquisas acadêmicas passarão por uma revolução. A partir de agora, problemas ambientais diagnosticados pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos serão objeto de estudo de trabalhos de conclusão de curso, teses e mestrados – que, em seus resultados finais, buscarão soluções para estes desafios.

A Universidade de Ferrara é um centro de pesquisas que trabalha de forma multidisciplinar, procurando encontrar soluções para áreas urbanas, que há dez anos mantém estreita relação com o Paraná – através do Consulado Italiano em Curitiba e do Comitato Degli Italiani All’Estero.

O convênio irá proporcionar o intercâmbio de informações entre a Secretaria do Meio Ambiente e a academia através da criação de um programa de cooperação e intercâmbio científico, tecnológico e cultural. A primeira experiência será desenvolvida no Litoral do Estado, abordando a exploração turística e o aproveitamento das riquezas naturais integrados à proteção do meio ambiente.

Participarão dos projetos, estudantes de cursos como Biologia, Engenharia, Turismo e Direito, por exemplo. Estes universitários serão inseridos em projetos que visam, além de ajudar na busca por soluções, enriquecer a sua grade curricular por meio de estudos realizados tanto no Brasil como na Itália.

Esta parceria é o primeiro passo para uma grande mudança na área acadêmica e na resolução de problemas ambientais. Afinal, devemos incentivar as pessoas a satisfazerem as necessidades do presente, sem comprometer os recursos naturais que serão essenciais no futuro. Esse é o conceito-chave do desenvolvimento sustentável. E, para o sucesso deste compromisso, isso não pode depender apenas do governo. A participação das instituições de ensino e de toda a sociedade é fundamental.

O autor é secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná.

A opinião de quem participa

“O desenvolvimento sustentável é uma atividade multidisciplinar, muitos cursos poderão atuar em projetos que a Secretaria apresentar. Acredito que esse é um grande passo para atuação dos alunos que irão crescer na sua formação”, Esta é a opinião do professor Álvaro Amarante, diretor da área de Relações Externas da PUCPR. Ele explicou que os universitários serão inseridos em projetos que visam, além de ajudar na busca por soluções, a enriquecer a grade curricular por meio de estudos realizados tanto aqui no Brasil como na Itália.

Para o estudante de Biologia, René Skaraboto, a parceria é sinônimo de oportunidade. “Eu sempre imaginei o curso de Biologia como algo que ofereça várias possibilidades de conhecimento. Por exemplo: eu não pretendo ser professor como a maioria, mas sim, um pesquisador na área. A oportunidade que a secretaria de Meio Ambiente está dando é de poder fazer isto, afinal quase todos os projetos em biologia são do corpo acadêmico”, comentou.

Nossa opinião

Cecy Oliveira – editora da Aguaonline.

Qual o papel das pesquisas acadêmicas no desenvolvimento sustentável?

O quanto a academia pode influenciar uma comunidade através do desempenho de seus filiados, especialmente em universidade públicas que são mantidas com o dinheiro dos impostos?

Até que ponto vai a obrigação de uma universidade com a comunidade ou a região geoeducacional onde está inserida?

Em que grau os especialistas que ela está formando têm conhecimento da realidade onde vivem e estão preparados para resolver seus problemas?

Se levarmos em conta a máxima do ambientalismo de “pensar globalmente e agir localmente” a resposta é que a Universidade deve estar totalmente inserida e voltada para a resolução dos problemas da região onde está localizada.

O exemplo que está dando agora a PUC do Paraná pode dar, sim, excelentes frutos.

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Você conhece exemplos de Universidades que têm contribuído decisivamente para o desenvolvimento de suas comunidades?

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