A opinião do Leitor

Sobre declarações da senadora Marina Silva:

Em palestra durante a semana a ex-ministra disse que quando o Brasil vende cada quilo de grão, precisa pôr na cabeça que está indo aí uma quantidade enorme de água. E acrescentou: “Compram da gente porque temos um insumo chamado água que não é computado no custo do produto, e se esse grão ou esse frango fossem produzidos em Israel ou na Europa, teriam um custo enorme. Somos exportadores de água. E vamos destruir nossas florestas, nossas matas ciliares? É irracional”.

O atento leitor professor João Suassuna comenta:

“Vejo uma enorme contradição no que diz a ex-ministra Marina Silva. Enquanto ministra, ela era fervorosamente a favor do projeto de transposição do rio São Francisco, por entender que era ambientalmente seguro. E cita a declaração dela enquanto m inistra ao justificar a concessão do licenciamento para as obras de transposição:”Nós estamos respeitando a legislação ambiental brasileira”, disse a ministra a representantes de movimentos sociais contrários ao projeto, de acordo com um comunicado. “Nossa decisão não é a favor do governo ou dos movimentos. É uma decisão absolutamente técnica sobre um processo de licenciamento transcorrido com absoluta isenção e independência”. (14/03/2007)

E prossegue o professor :

“Mas mal sabia ela que ao se posicionar dessa forma perante a nação, um cidadão atravessava o Velho Chico de motocicleta (entre Propriá e Porto Real do Colégio). Não vejo credibilidade nos seus posicionamentos, principalmente nas questões hídricas nordestinas. Além do mais, a transposição (caso seja feita) irá utilizar as águas do rio São Franciscopreferencialmente no agronegócio, ou seja: irá exportar também as suas águas nas frutas produzidas nos projetos de irrigação, contrariando esse seu posicionamento”.

Uso de sacos plásticos

Monica Loureiro

Embora sejam louváveis as iniciativas para a mudança de hábitos e troca dos sacos plásticos por sacolas retornáveis é preciso levar em conta alguns pontos fracos destas últimas. Me refiro à questão dos produtos congelados – hoje tão comuns na despensa de qualquer pessoa – e as carnes, que necessitam de embalagens impermeáveis.

Uma outra alternativa, que vi na Suíça, são carrinhos retornáveis liberados mediante a colocação de moedas. Mas é preciso que o consumidor também colabore. Ele tem parte importante nesta mudança de cultura.

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