Alternativas contra o uso indiscriminado de sacos plásticos

As sacolas de plástico demoram pelo menos 300 anos para sumir no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente – o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês. No total, são 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o detrito do país. Contudo, algumas alternativas estão sendo adotadas.

Uma novidade, é um Kit ecológico para o recolhimento das fezes de animais, que recebe o nome de Kata KaKa. Desenvolvido pelo Koala Hospital animal, o Kit já é utilizado por mais de 3.000 condomínios.

O Kata KaKa, conta com pá e saquinho de papel, ambos descartáveis e rapidamente degradáveis, que podem ser acondicionados em um display instalado na saída dos edifícios. Segundo o médico veterinário e diretor do Koala, Dr. Luis Leon Cyon, o principal objetivo do projeto é conscientizar os donos de animais da necessidade de recolherem os detritos dos animais, em prol da cidade. “Além do caráter educativo do Kata KaKa, trata-se ainda de um material que se degrada rapidamente, substituindo assim os sacos plásticos, utilizados pela maioria das pessoas para o recolhimento dos dejetos de animais”, explica Cyon.

A utilização de embalagens de papel para recolhimento de fezes de animais já é tradição em países como Alemanha, Israel, Suécia, Holanda e Tchecoslováquia, entre outros. “O recolhimento das fezes, além de ser uma questão de educação, é importante para a saúde pública”, explica Dr. Luis Cyon. As fezes de animais podem transmitir zoonoses (doenças transmitidas dos animais para os humanos e vice-versa), como a toxoplasmose, o bicho geográfico e a giárdia. Porém, a utilização de sacos plásticos para o recolhimento gera outro sério problema urbano, que é a geração de lixo não reciclável, que se acumula nos aterros, entope bueiros e contamina os rios.

Fiema quer premiar iniciativas ambientais

Um mês é o tempo exato que os donos das melhores idéias e iniciativas visando à minimização dos impactos ambientais têm para se inscreverem no Prêmio Fiema. No dia 1º de julho se encerra o prazo para a apresentação dos projetos baseados na sustentabilidade e na consciência ambiental para concorrerem à distinção, uma das atrações da terceira edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente – Fiema Brasil 2008. O evento acontece entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS).

Várias universidades, prefeituras, empresas e estudantes de diversos pontos do país já enviaram trabalhos, centrados em temáticas tão distintas quanto disposição de resíduos e aproveitamento hídrico. A escolha dos melhores trabalhos nas duas categorias concorrentes – educacional e tecnologia ambiental -, além do grande vencedor do Prêmio Fiema, será feita por um júri formado por mestres e doutores da área ambiental. Já estão confirmadas as presenças nesta banca de representantes do Senai e da Universidade de Caxias do Sul (UCS), como Vânia Elisabete Schneider, doutora em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, com especialização em Gerenciamento de Resíduos Industriais Perigosos pela Carl Duisberg Geselschaft (Alemanha).

Os trabalhos serão avaliados nos seguintes quesitos: desempenho ambiental, grau de importância, inovação, potencial de difusão e sustentabilidade. As empresas participantes deverão estar conformes com a legislação ambiental.

Outras informações e inscrições estão disponíveis no site www.fiema.com.br.

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