R$ 2,5 milhões em multas ambientais a supermercados no Paraná

Foto:funverde.

As redes de supermercados Carrefour e WMS Supermercados do Brasil (que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama), multadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) no dia 1o de abril deste ano, em R$ 70 mil diários enquanto não apresentassem alternativas para as sacolas plásticas oferecidas em suas lojas, continuam sendo penalizadas. Na última sexta-feira (16), a soma das autuações já ultrapassava R$ 2,5 milhões.

“Ainda não foram apresentadas soluções para o passivo ambiental gerado pelas sacolas feitas com plástico convencional, nem para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, nem para o Ministério Público. Apenas foram protocolocadas defesas referentes às autuações do IAP”, explicou o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

As defesas protocoladas estão em análise no órgão ambiental. “Mas já adianto que ainda há descaso destes estabelecimentos, que insistem em jogar para os consumidores, seus clientes, a responsabilidade pelo passivo ambiental”, comentou. Como exemplo, o secretário citou trecho da defesa encaminhada pela rede Carrefour: “Ocorre que, nem sempre, a sociedade está consciente do seu papel. Com efeito, a preocupação do Ministério Público do Paraná e do IAP – a utilização das sacolas de compras como saquinhos de lixo, fato que gera o passivo ambiental referido nas correspondências que precederam à lavratura do auto de infração -, é, de fato, falta de respeito com a natureza por parte de alguns cidadãos”.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Meio Ambiente, Saint Clair Honorato dos Santos, contesta a afirmação da defesa. “Ao contrário do que é alegado, a sociedade tem dado mostras ao longo desta discussão de que é perfeitamente consciente de sua responsabilidade e que deseja a mudança”, afirma. “Cabe somente à empresa dar os passos necessários; neste caso a mudança de seus procedimentos”, completa.

A multa diária é a segunda autuação emitida pelo IAP a estas redes de supermercados multinacionais, que ainda não trocaram as sacolas de plástico convencional por outras ecologicamente corretas – como as feitas de papel, tecidos ou plásticos oxi-biodegradável, entre outros materiais menos nocivos ao meio ambiente.

Soluções

A primeira autuação aconteceu ainda em fevereiro deste ano, quando as duas redes foram multadas em R$ 70 mil junto com a Companhia Brasileira de Distribuição (da qual fazem parte os supermercados Pão de Açúcar e Extra). “A maioria das redes paranaenses já adotou outros modelos ou apresentou soluções e dão exemplo às multinacionais que, em seus países de origem, já utilizam sacolas menos prejudiciais ao meio ambiente”, comentou o secretário Rasca.

A iniciativa de buscar alternativas para as sacolas plásticas é do programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que tem como objetivo reduzir em 30% o volume de lixo gerado e eliminar os lixões a céu aberto no Paraná.

Segundo dados do programa, de cada 100 sacolas disponibilizadas, apenas 15 retornam para reciclagem – ou seja, 85 ficam na natureza, provocando enchentes, poluindo Unidades de Conservação e fundos de vale, por exemplo.

Empresa envia 50 toneladas de bateria para reciclagem

A Umicore, uma das principais empresas de reciclagem de baterias recarregáveis e celulares do mundo, acaba de exportar mais um lote com 50 toneladas de baterias recarregáveis para reciclagem, em sua planta em Hofors, na Suécia. “Estamos realizando um trabalho no mercado brasileiro desde 2005 para estimular a correta destinação deste tipo de material, bem como a sua reciclagem. Essa iniciativa contribui para a preservação ambiental, pois os metais voltam ao ciclo como matéria-prima para fabricação de novas baterias”, enfatiza Ricardo Rodrigues, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Umicore.

O processo de reciclagem da empresa, designado VAL’EASâ, conta com exclusiva tecnologia, ambientalmente correta e premiada na Europa. O processo utiliza a bateria inteira na alimentação do forno e com a vantagem de que a parte plástica é valorizada como fonte de energia. Os gases do processo passam por um forno de pós-combustão que os reduz a gases inertes. Por fim, estes gases passam por um lavador para a retirada de eventuais impurezas. As saídas sólidas do processo são os metais a serem utilizados como matéria-prima para a produção de novas baterias recarregáveis e as escórias são utilizadas como agregado para concreto.

Reciclagem no Brasil

No Brasil, a Umicore atua como parceira em programas de coleta de aparelhos celulares usados e baterias recarregáveis desde 2005. Neste período, foram recebidas e encaminhadas para reciclagem mais de 80 toneladas.

Para dar uma destinação ambientalmente correta para o seu celular e/ou bateria recarregável inativos, o consumidor deve entrar em contato com a sua operadora ou fabricante de celular e verificar onde depositar os itens. Outras informações podem ser obtidas pelos e-mails:

reciclagem.baterias@am.umicore.com e

reciclagem.celulares@am.umicore.com.

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