
Minc: país precisa de plano decenal em Saneamento.
O secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, convidado para assumir o Ministério do Meio Ambiente, defendeu a participação do ministério na elaboração de estratégias governamentais voltadas para o saneamento básico.
“Eu não estou querendo manifestar desejo de trazer para o Ministério do Meio Ambiente os vultosos recursos que estão nos ministérios da Integração ou das Cidades. Mas eu acho que o Meio Ambiente deve participar, sim, de uma estratégia de saneamento ambiental”, afirmou.
De acordo com Minc, a principal causa da mortalidade infantil no país está relacionada à contaminação da água utilizada pela população, principalmente em decorrência das péssimas condições dos rios e das lagoas e da precária situação do esgotamento sanitário.
Minc adiantou que vai levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um plano decenal para amenizar a gravidade do quadro do saneamento básico no país.
“Hoje apenas 35% da população têm acesso à coleta e tratamento de esgoto. Eu vou propor ao presidente um plano para que este índice salte para 75% em dez anos. É por isto que eu acho que o meio ambiente deve participar desta estratégia, ainda que ela seja executada pelos outros ministérios”, disse.
Política industrial
Ele também defendeu a participação do Ministério do Meio Ambiente na elaboração da política industrial, como já acontece atualmente em sua gestão no Rio de Janeiro. Ele disse que para a tarefa conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O BNDES tem que ter uma política de estimulo às tecnologias limpas, menos predatórias, menos impactantes. Dar condições de crédito, tempo para pagamento e condições gerais de empréstimos mais favoráveis àquelas tecnologias que comprovadamente tenham um impacto menor na saúde do trabalhador”, defendeu, acrescentando, “quando eu digo que o Meio Ambiente deve participar das políticas tecnológica e industrial do governo, a intenção é exatamente direcionar as ações de modo a evitar os impactos ao ecossistema”.
Fonte: Agência Brasil.
Vênus tem molécula antipoluição
Agência FAPESP
A sonda Venus Express acaba de ajudar cientistas que participam do projeto a detectar a presença de uma importante molécula na atmosfera venusiana.
A hidroxila, formada por um átomo de hidrogênio e um de oxigênio, foi identificada a cerca de 100 quilômetros da superfície de Vênus por meio do Virtis, espectrômetro instalado na sonda. Segundo os responsáveis pelo estudo, a descoberta será importante para compreender o funcionamento da densa atmosfera do planeta.
A molécula foi detectada após os integrantes da missão terem apontado o instrumento não para Vênus, mas para uma pouco visível camada da atmosfera em volta do planeta.
A faixa da atmosfera na qual a molécula está presente é muito fina, com apenas 10 quilômetros de largura. A descoberta será descrita na edição de 1º de junho da revista Astronomy & Astrophysics Letters.
De acordo com os pesquisadores, a hidroxila é muito importante para a atmosfera de um planeta por ser altamente reativa. Na Terra, ela tem um papel fundamental na eliminação de poluentes na atmosfera. Em Marte, suspeita-se que a hidroxila ajude a estabilizar o dióxido de carbono na atmosfera, evitando que se transforme em monóxido.
Na Terra, estima-se que o brilho promovido pela hidroxila na atmosfera esteja intimamente relacionado com a abundância de ozônio. Segundo os pesquisadores da Venus Express, o mesmo deve ocorrer na atmosfera venusiana.
“A Venus Express tem nos mostrado que Vênus é muito mais parecido com a Terra do que imaginávamos. E a detecção de hidroxila é mais uma mostra dessa similaridade”, disse Giuseppe Piccioni, do Instituto de Astrofísica Espacial e Física Cósmica, na Itália, e principal investigador do Virtis.
A molécula já foi identificada ao redor de cometas, mas com um método de produção completamente diferente do que ocorre nos planetas.

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