Água e conflitos armados

Foto: ONU – Iraque.

A propósito da celebração do Dia na guerra e conflitos armados, no dia 6 de novembro de cada ano (resolução 56/4 da ONU) a Unesco está divulgando alguns fatos e dados sobre a influência destes acontecimentos nas condições ambientais dos países envolvidos.

A Assembléia da ONU adotou esta data considerando que os danos causados ao meio ambiente em tempos de conflito armado seguem afetando os ecossistemas e os recursos naturais muito depois de terminado o conflito, estendendo-se para além dos limites dos territórios nacionais e de uma geração.

 Segundo dados do 2° Informe Mundial sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (WWDR2), estima-se que há mais de 17 milhões de refugiados e pessoas vivendo fora de seus territórios de origem devido às guerras, perseguições e outras causas. Estas pessoas exercem um tremendo impacto sobre os recursos hídricos na área para onde se trasladaram.

 A Unidade de Avaliação Pós-conflito do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) demonstrou que cessados os conflitos quase sempre continuam as crises no meio ambiente: resíduos químicos nas nascentes de água, danos nos sistemas de irrigação, desflorestamento, a destruição de infra-estruturas e derrocada de estruturas dos governos locais e nacionais.

 A reconstrução de economias, vidas lesionadas, colapso de infra-estruturas incluindo sistemas de água e energia, a reconstrução e restauração dos sistemas de irrigação atingidos, a remoção de minas terrestres após as situações de conflito abarcam 27% da totalidade da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA).

 A Convenção sobre a Proibição do Uso Militar ou qualquer outro Uso Hostil de Técnicas de Modificação do Meio Ambiente (ENMOD Convention) pretende proibir as ações que impliquem modificação do clima atmosférico e a ocorrência de inundações prejudiciais.

 Em 2001 cerca de12 milhões de refugiados e 5 milhões de ‘deslocados internos’ foram obrigados a alojarem-se em áreas de escassos recursos, exercendo mais pressão sobre a população, a água e o meio ambiente.

 Os conflitos recentes no Kosovo, Afeganistão e Iraque causaram a destruição de infra-estruturas hídrica fundamentais para a economia, e muita gente está impedida de ter acesso à água potável e aos serviços básicos de saneamento, assim como ao acesso a suficiente água para fins produtivos.

Mais informações sobre este tema em:www.un.org:80

Cientista israelense tem sistema para atenuar efeitos de furacões

O professor Daniel Rosenfeld, da Universidade Hebraica, de Jerusalém, desenvolveu um método simples que pode reduzir em até 25% o impacto dos furacões na atmosfera.

O método se baseia no lançamento de micropartículas de areia nas bordas inferiores do furacão para impedir a formação de chuva forte e reduzir a temperatura ambiente, atacando dessa forma as causas responsáveis por provocar a força do furacão.

“O processo ocasiona a formação de nuvens com grande número de gotas pequenas, que caem devagar, flutuando com as moléculas do ar” explica o cientista, que desenvolveu seu trabalho a partir de observações empíricas na África, onde as grandes nuvens de areia dos desertos reduzem a formação de furacões, no momento em que os sistemas tropicais cruzam o Oceano Atlântico.

Daniel Rosenfeld exibiu uma recriação das condições que geraram o furacão Katrina, concluindo que, se quatro aviões Hércules C-130 tivessem lançado, a cada hora, cerca de 200 toneladas de areia nas bordas do furacão o impacto do Katrina teria sido reduzido em pelo menos uma quarta parte.