A corrida para fabricar novos pneus a partir de usados

Richard Maino, London Press Service.

A fabricação de pneus novos em folha a partir de pneus velhos tem sido por muito tempo, um sonho inatingível de cientistas e de todos que se preocupam com o meio ambiente local ou mundial. A cada ano, ao redor do mundo, muitos bilhões de pneus de veículos são descartados, provavelmente despejados em aterros sanitários ou empilhados, formando feias montanhas de borracha que jamais se decomporão. É necessário encontrar métodos melhores e mais ecológicos para reutilizar ou se desfazer dos pneus. E não é simplesmente uma questão de derreter a borracha para que seja reutilizada; isto apenas resolveria uma pequena porcentagem do problema com os pneus.

A mistura de pneus usados para produzir novos produtos, como pisos, é uma pequena solução para a reciclagem da borracha. Atualmente, engenheiros da Universidade Swansea, no País de Gales, na Grã-Bretanha, estão pesquisando novas maneiras para reciclagem de pneus com o objetivo de reduzir drasticamente a quantidade de borracha desperdiçada anualmente. Sua idéia revolucionária é fabricar pneus novos e de alta qualidade a partir de pneus gastos.

Isto não é tão fácil quanto parece, pois a obtenção de uma mistura viável para placas de pisos, preenchimento de superfícies de estradas ou outros materiais de baixa tecnologia não é tão importante como os componentes altamente especializados que são necessários para pneus que garantam a segurança dos veículos e das pessoas nas estradas.

Segundo o Dr. David Issac, da Escola de Engenharia, da Universidade Swansea, “como 65% da borracha produzida mundialmente é utilizada pela indústria dos pneus, o foco da nossa pesquisa é descobrir como transformar velhos pneus em novos”.

Ele está chefiando um projeto Knowledge Transfer Partnership – KTP (Parceria para Transferência de Conhecimento), financiado pelo antigo Departamento de Indústria & Comércio, cujo nome atual é Departamento de Negócios, Empreendimentos e Reforma Regulatória (Department for Business, Enterprise and Regulatory Reform – BERR – www.berr.gov.uk/).

“Nós devemos tratar a borracha velha, reduzida a migalhas, antes de misturá-la com a borracha nova, senão os dois tipos não se ligarão corretamente o que pode levar a imperfeições. Tais defeitos podem não ser importantes em produtos para pisos mas podem ser potencialmente perigosos em pneus”, acrescenta ele.

Uma possível solução foi encontrada em colaboração com a empresa Haydale, próxima à Universidade Swansea. O tratamento da borracha esmigalhada com um plasma, um tipo de gás ionizado, ativa a superfície da borracha e melhora as suas propriedades de aderência. Acredita-se que tais técnicas permitirão que sejam fabricados pneus novos, de acordo com os padrões exigidos pelos pneus de rodagem, contendo uma proporção considerável de borracha reciclada.

Qualquer maneira que permita reutilizar ou se desfazer de grande volume dos 50 milhões de pneus do Reino Unindo iria representar um grande passo na ajuda à reciclagem. Neste país, é ilegal jogar os pneus em aterros sanitários, mesmo fragmentados.

Segundo o Dr. Issac alguns materiais, como, por exemplo, os metais e os termoplásticos, podem ser derretidos e transformados em novos componentes sem perda significativa de propriedades ou integridade. “Mas a borracha do pneu não derrete e se for aquecida as cadeias que a compõem se degradam, perdem suas capacidades elásticas e acabam queimando e liberando energia. Na verdade, um uso particular dos pneus usados é como combustível em fornos de cimento, mas isto é atualmente considerado um desperdício de um recurso limitado”, disse ele.

A equipe da Universidade Swansea está procurando maneiras de tirar vantagens das propriedades elásticas especiais da borracha, por meio da incorporação da borracha usada a produtos novos. Isto pode ser conseguido através da trituração dos pneus descartados, transformando-os em migalhas que depois serão misturadas com um novo material.

Uma aplicação que já está alcançando algum sucesso é o piso de borracha. Mas, mesmo com uma alta penetração no mercado, isto usaria apenas uma parte muito pequena dos pneus descartados anualmente, explicou o Dr. Isaac. “Embora cada fabricante utilize misturas ligeiramente diferentes de muitos componentes para fabricar pneus, e a composição exata seja segredo, muito pouca, talvez nenhuma, borracha reciclada é incorporada aos pneus dos carros. Para algumas aplicações off-road de baixa velocidade, alguns pneus já estão sendo produzidos com 5 a 10 % de borracha reciclada”, prosseguiu o Dr. Isaac.

“Porém, eu acredito que ainda há muito espaço para melhoramento. Esta tecnologia tem potencial para produzir um impacto imenso sobre a quantidade de borracha desperdiçada a cada ano, mas nós realmente precisamos provar aos fabricantes que o processo é confiável e consistente e que não causará imperfeições no produto final.”

Atualmente, a pesquisa está sendo posta em prática como parte de testes coordenados com um fabricante de pneus, e espera-se que os resultados dos testes mostrem que as técnicas desenvolvidas na Universidade Swansea são comercialmente viáveis e seguras.

A Universidade Swansea é uma universidade de primeira linha, líder em pesquisas, com vista para a Baia Swansea, uma região de beleza natural excepcional do Reino Unido. A Universidade foi fundada em 1920 e atualmente oferece mais de 500 cursos de graduação e 100 cursos de pós-graduação, para mais de 12.000 alunos.

Na Europa, o programa Knowledge Transfer Partnership (KTP) do Departamento de Comércio & Indústria (Department for Trade & Industry – DTI) é o programa líder para auxiliar as empresas a melhorarem sua competividade e produtividade através de uma melhor utilização do conhecimento, da tecnologia e de habilidades que formam a base do conhecimento do Reino Unido. KTP está presente em todo o Reino Unido e é custeado por 13 organizações governamentais dirigidas pelo Departamento de Comércio & Indústria (atual Departamento de Negócios, Empreendimentos & Reforma Regulatória). Cada parceria é em parte custeada pelo governo, com o restante dos fundos advindos da empresa parceira (projetos KTP: www.ktponline.org.uk/).

KTPs são projetados para beneficiar todos os envolvidos. As empresas irão adquirir novos conhecimentos e competências. Resultados dos desempenhos das empresas variam consideravelmente de caso para caso, devido a ampla gama de projetos. Para cada milhão de libras do governo investidas na parceria para transferência do conhecimento, os benefícios atingidos pelas empresas do Reino Unido mostram um aumento 3.3 milhões de libras nos lucros anuais antes dos impostos, a criação de 77 novos empregos e o treinamento de 263 funcionários de empresas.

Web: www.berr.gov.uk

Empresa lança sacola-chaveiro

Sacola retornável de tecido.

Pode ser dobrada,

ficando na forma de um chaveiro de aproximadamente 7cm X 10cm.

Com a crescente preocupação ecológica, tendo em vista ser uma necessidade global, a Gatto de Rua desenvolveu mais uma solução promocional com o intuito de reforçar a importância do consumo consciente.

Uma sacola confeccionada em nylon, com as dimensões um pouco maiores do que um saco plástico de supermercado, a Sacola-Chaveiro possui a vantagem de ser retornável, podendo ser reutilizada várias vezes. Bastante versátil, pode ser dobrada, ficando em um formato muito pequeno (aproximadamente 7 cm X 10 cm), como de um chaveiro.

Com destaque para a dupla utilidade, o produto possui uma alça para adicionar um chaveiro e cabe dentro de bolsas e compartimentos de tamanhos diversos. A Sacola-Chaveiro pode ser utilizada em diversas situações, como em compras em farmácias, padarias, livrarias e revistarias, além de idas ao supermercado para compras menores.

Em comemoração ao mês de aniversário da Rede Litoral de supermercados, a indústria alimentícia Moinho Paulista, através de sua marca Farinha Nita, fez a distribuição de 1.000 Sacolas-Chaveiro em uma grande festa realizada no Centro de Convenções de São Vicente.

O objetivo da parceria entre Gatto de Rua e Farinha Nita é incentivar o consumo consciente entre a população, mostrando que existem alternativas viáveis contra o uso das sacolas plásticas e cumprindo um importante papel de cidadania.

A Rede Litoral possui 19 supermercados associados com um total de 32 lojas na Baixada Santista. A idéia é observar a aceitação do público com relação às alternativas para sacolas plásticas, com o intuito de diminuir aos poucos sua utilização e colaborar com o meio ambiente.

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