Cuidando das nascentes do Aqüífero Guarani

A unidade da Embrapa de Jaguariuna (SP) está pesquisando a adoção do ordenamento agroambiental em áreas de afloramento do Aqüífero Guarani. A proposta prevê que o uso e a ocupação racional do espaço agrícola com integração entre boas práticas agrícolas e alguns conceitos ecológicos, considerando os princípios de sustentabilidade.

“Resulta da integração de informações de Geologia e de solos, de acordo com as suas classes, aptidão agrícola, vulnerabilidade natural e

exposição ao risco de contaminação do lençol freático”, afirma o pesquisador Mario Gomes.

Como áreas de estudo para implantação dessa proposta de ordenamento foram adotadas a microbacia do córrego Espraiado, com 4.130 hectares, localizada na região de Ribeirão Preto, SP e uma porção de área com 50 mil hectares, representativa das nascentes do rio Araguaia-GO, MT, denominada por Gomes de “Domínio da Depressão do Araguaia”.

O ordenamento agroambiental das áreas de afloramento do Aqüífero Guarani no Brasil, seus conceitos e aplicações foi apresentado na II Jornada Aqüífero Guarani, em Bauru, SP, em 23 de agosto de 2007.

Este encontro teve como objetivos a troca de idéias e experiências entre as instituições que trabalham como o Aqüífero Guarani, para subsidiar a melhor forma de utilização desse manancial de água subterrânea, a ampliação da informação sobre a importância do aqüífero, a apresentação dos resultados parciais do projeto “Proteção ambiental e desenvolvimento sustentável do Aqüífero Guarani” e, ainda a apresentação de uma proposta de envolvimento dos 16 comitês de bacias hidrográficas paulistas nas iniciativas de sua utilização e proteção.

Biorremediação

Aldo Procópio, doutorando da Universidade de São Paulo, defendeu tese na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), com o tema Biodegradação e biorremediação de áreas contaminadas por herbicidas em arroz irrigado em Santa Catarina.

Procópio trabalhou com o desenvolvimento de um produto biotecnológico à base de microrganismos vivos ou de enzimas produzidas por microrganismos para biorremediação de áreas contaminadas com propanil, um herbicida já utilizado em algumas propriedades do Sul por mais de 30 anos.

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