
Encerrado o encontro intergovernamental convocado pelo Brasil, os 22 países presentes no evento do Rio de Janeiro propuseram em consenso a reforma urgente nas estruturas do atual sistema de governança ambiental global. Também decidiram de forma consensual ser necessária a implementação efetiva dos acordos multilaterais, ser preciso haver transferência de tecnologias entre os países e aporte de recursos adicionais para as estruturas de meio ambiente. “Nossa expectativa é de que, com essa reunião e outras que possamos fazer, surja uma estrutura adequada para lidar com os atuais problemas ambientais”, disse a ministra Marina Silva.
As discussões da Reunião Ministerial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Desafios para a Governança Internacional se basearam na proposta da Comunidade Européia de criação de um organismo ou agência nos moldes da OMC ou o fortalecimento do Pnuma para dar maior agilidade e eficiência à governança internacional ambiental.
O Brasil apresentou uma terceira proposta: a instituição de um organismo ou agência “guarda-chuva”, no âmbito da ONU, para articular meio ambiente e desenvolvimento sustentável, envolvendo as dimensões normativas e de cooperação financeira e abrigando outras estruturas como o Pnuma e o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
“Não tenho dúvida de que temos uma grande contribuição a dar nessa discussão. O Brasil apresentou a idéia dessa organização, ou agência, desde que sejam preservadas as outras estruturas e, ao mesmo tempo, coordenadas as convenções e os secretariados”, disse a ministra. Segundo Marina Silva, a proposta brasileira foi recebida com simpatia. A reunião contou com representantes de países das Américas, Ásia e Europa.
Clima sombrio
Agência Fapesp
Tempestades violentas poderão se tornar cada vez mais comuns à medida que aumenta a temperatura da Terra. A conclusão é de um novo modelo climático desenvolvido por cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americana.
O modelo, de autoria dos pesquisadores Tony Del Genio, Mao-Sung Yao e Jeff Jonas, do Instituto Goddard para Estudos Espaciais, é o primeiro a estimar as alterações em intensidade em um cenário de aquecimento global, incluindo tempestades severas que resultam em ventos devastadores.
Os pesquisadores aplicaram o modelo a um cenário hipotético com o dobro dos níveis atuais de dióxido de carbono e uma temperatura superficial média cinco graus maior do que a atual.
No caso, a análise identificou que os continentes se aqueceram mais do que os oceanos e que a altitude em que os relâmpagos se formaram se elevou para um nível em que as tempestades são mais vigorosas.
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