Belo Horizonte – O anteprojeto de lei para os resíduos sólidos, que tramita no Congresso Nacional e que deverá ser aprovado até novembro deste ano, prevê punições severas para quem transgredir as novas regras, que poderão ser transformadas em crimes ambientais.
A informação foi dada pelo secretário Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Luciano Zica, durante o 24º Congresso de Saneamento Ambiental, que está sendo realizado em Belo Horizonte/MG, pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). A posição do setor de resíduos sólidos frente à possibilidade de aprovação rápida de anteprojeto, que prevê mudanças significativas para a área, foi tema de seminário, que, entre outros assuntos, discutiu as diretrizes para a criação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e as aplicações dos recursos do Pac.
Segundo o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, o PL de Resíduos Sólidos se harmoniza muito bem com a Lei Federal 11.445 (Lei de Diretrizes do Saneamento Ambiental), que regula o setor de saneamento do país, e a Lei dos Consórcios. “Para evitar que as propostas de penalidades embutidas na lei pudessem ser amenizadas durante a aprovação, optamos por alinhar o documento com a Lei de Crimes Ambientais, que já está aprovada e é mais rígida”, disse Zica.
Entre outros pontos importantes apresentados pelo secretário, estão a proibição da importação de produtos reutilizados, que podem causar danos a saúde e ao meio ambiente, e a logística reversa, na qual os geradores dos produtos serão responsáveis pelos resíduos que colocam no mercado. Caso essa responsabilidade seja repassada para o poder municipal, as prefeituras que recolherem esse material poderão cobrar uma “multa” da empresa, até esta recolher e dar solução final adequada ao resíduo. “Para mim, a logística reversa é fundamental para se criar um mecanismo eficiente de destinação do lixo. Essa ferramenta auxilia os municípios a darem vida útil maior aos aterros sanitários e, ainda, diminui os problemas ambientais.”, finaliza o secretário.
Fonte: Assessoria de Imprensa 24o. Congresso da ABES.
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