Novas tecnologias auxiliam no uso racional dos recursos naturais

Película reduz evaporação.

Foto: Cietec

No Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), de São Paulo, maior incubadora da América Latina, as empresas da Rede de Meio Ambiente trabalham no desenvolvimento de produtos que buscam a preservação do meio ambiente, associado ao crescimento econômico. Aquecedor solar de baixo custo, reciclagem de lâmpadas de mercúrio, equipamentos para recuperação de metais e racionalização da água são algumas das pesquisas desenvolvidas hoje, no Cietec. Abaixo algumas empresas e suas pesquisas e soluções para a preservação dos recursos naturais:

• Sociedade do Sol (SoSol)

Segundo Augustín Woelz, presidente da ONG a Sosol desenvolveu o sistema de reuso de água residencial. A idéia é reaproveitar a água do banho em aplicações simples, como por exemplo, nas descargas dos vasos sanitários. A solução permite uma economia de até 30% de água potável, sem tecnologias complexas e sem perigos para a saúde do usuário. Além disso, possui o projeto de Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC) que simplifica o aquecer a água usando energia solar e tecnologia livre de royalties.

• Sharewater

Por meio do desenvolvimento de tecnologia própria, oferece soluções customizadas aos diversos nichos de economia e racionalização do uso da água, contribuindo para a preservação do recurso natural.

• Lótus Química Ambiental

A meta para este ano é dar início à fabricação do redutor de evaporação de água doce, que pode reduzir em até 50% a perda de água por evaporação em lagos, açudes e reservatórios em geral. A Lótus encerrou o ano de 2006 com o 3º lugar no Prêmio Ambiental Von Martius, na categoria tecnologia, considerado o mais importante prêmio ambiental do Brasil e organizado pela Câmara Brasil-Alemanha.

• Electrocell

A empresa incubada, desenvolveu um gerador diferenciado que converte energia química diretamente em energia elétrica. O protótipo poderá ser utilizado para viabilizar o abastecimento de energia elétrica para indústrias, empresas, hospitais, estações de telecomunicações, residências, escolas e áreas públicas.

• Tramppo

Atenta aos resíduos tóxicos deixados no meio ambiente, se destaca como uma empresa que desenvolveu uma tecnologia totalmente nacional capaz de retirar o vapor de mercúrio do tubo e separar o pó fosfórico, o vidro e o alumínio, reaproveitando assim mais de 98% dos componentes das lâmpadas fluorescentes.

• Brasil Ozônio

Após dez anos de pesquisa, lançou o BRO3, equipamento de alta performance na produção de ozônio a partir do oxigênio obtido do ar ambiente. Uma solução desenvolvida por profissionais brasileiros baseada nas mais recentes referências mundiais em geração, aplicação, controle e segurança no uso do ozônio. O ozônio é atualmente o método de purificação da água mais utilizado nos países desenvolvidos, por ser inodoro e atóxico, diferentemente do cloro. Além disso o ozônio já provou ser 20 vezes mais eficaz e 3.120 vezes mais rápido do que o cloro.

Sobre o Cietec

Um dos mais importantes centros incubadores do País, o Cietec foi criado em abril de 1998 por um convênio entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, o Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa de São Paulo (Sebrae-SP), Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). As incubadoras são uma forma de incentivo ao desenvolvimento de tecnologia, muito popular no exterior e que está se fortalecendo a cada dia no Brasil.

Seu objetivo é incubar empreendimentos de base tecnológica para ampliar o índice de sobrevivência e a competitividade dessas empresas, objetivando o crescimento da economia brasileira, o aumento da geração de empregos qualificados e de melhores resultados na balança comercial brasileira.

SMAM faz convênio com PUCRGS para produção de biodiesel

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (RS) (Smam) assina convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) para produção de biodiesel com óleo de cozinha. No ato de assinatura, será feita uma demonstração dos resultados do trabalho utilizando-se o biodiesel produzido em um trator de pequeno porte da Smam.

O aparelho reator que faz a produção do óleo tem capacidade para produção de cinco litros diários. A matéria-prima utilizada é proveniente dos restaurantes da universidade. Inicialmente, o projeto piloto prevê a utilização do biodiesel nos carros que recolhem lixo nas praças e parques. Numa segunda etapa, toda frota da Smam deverá receber o combustível. “Motores a diesel não precisam ser adaptados, o que torna o processo muito mais fácil”, explica o secretário de Meio Ambiente, Beto Moesch.

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