O Dia das Mães está chegando e pode ser uma boa hora para reflexão sobre a educação dos filhos. Como fazer para que as novas gerações desenvolvam um olhar consciente sobre o mundo? A forma mais fácil das crianças adquirirem conceitos como o respeito pelo outro, a preservação meio ambiente e todos as outras características necessárias para a formação de cidadãos de bem é a educação.
De acordo com Miriam Duailibi, coordenadora Geral do Instituto Ecoar para Cidadania, a educação é o principal alicerce. “Não há mudança que não passe pela educação”, acredita Miriam Duailibi , que é mãe de dois filhos. “Desde pequenos, meus filhos aprenderam coisas simples, mas que podem fazer uma grande diferença para o planeta”. Todo mundo sabe que não se deve desperdiçar água ou deixar a luz acesa, no entanto, se esses conceitos forem ensinados desde a infância, transformam-se em hábitos e não mais em uma obrigação.
Miriam dá dicas para mostrar como as mães de hoje podem contribuir para que os filhos se tornem cidadãos conscientes no futuro:
1. Explicar às crianças que a água não começa na torneira e nem termina no ralo, mas que vem da nascente de um rio e acaba em um esgoto. Mostrar qual a importância da preservação da água. “Mostrar que é na água que vivem os peixes e outros animais ajuda as crianças a se aproximarem mais dessa causa”, explica.
2. Aproveitar os finais de semana para, ao invés de levar as crianças somente ao shopping, fazer passeios ao ar livre, como em parques e sítios para que elas tenham contato com a natureza; subir e descer das árvores, brincar na grama e com animais ou outras atividades semelhantes são divertidas e facilitam ao adulto explicar a importância da natureza;
3. Ensinar que o lixo deve ser jogado no lixo e não nas ruas, além de incentivá-las a separar o material que pode ser reciclado estimula as crianças a montar brinquedos de sucata. Jamais jogue lixo no chão na frente do seu filho. Bitucas de cigarro jogadas fora do cinzeiro também são um péssimo exemplo;
4. Falar na hora das refeições para que coloquem no prato o essencial, evitando o desperdício de comida, alertando sempre que no mundo existem muitas pessoas que não têm com o que se alimentar. Brincadeiras com a comida, explicando de onde vem as frutas, verduras e legumes por exemplo, geram maior identidade do alimento que está no prato com o meio ambiente;
5. Pedir que sempre apaguem a luz, evitando o gasto excedente de energia elétrica; esta tarefa é das mais difíceis, mas vale a pena gastar um pouco de tempo para garantir que não haja desperdício.
“São pequenos hábitos que podem ajudar na manutenção da vida no planeta”, finaliza Miriam.
Ecoar
Miriam Duailibi é uma das principais ativistas ambientais brasileiras da atualidade. Fundou em 92 a Ecoar, organização sem fins lucrativos da qual faz parte o Instituto Ecoar para Cidadania, da qual é presidente, o Centro Ecoar de Educação para Sociedades Sustentáveis e o a Associação Ecoar Florestal, responsável pela produção anual de 2 milhões de mudas para a reposição de florestas no Brasil.

Transposição
No Brasil, existem vários relatos de transposição de parte das águas de um rio para uma outra bacia hidrográfica, entretanto, o caso do rio Piumhi é singular, pois toda a bacia do rio Piumhi (com seus 22 afluentes), juntamente com sua ictiofauna, foi transposta para a Bacia do rio São Francisco.
A transposição do rio Piumhi ficou esquecida por mais de 43 anos pela comunidade cientifica e, a partir de 2004, tornou-se objeto de estudo para a Genética, a Sistemática de Peixes e a Ecologia e Recursos Naturais. Para essas áreas de especialidade, o principal interesse é analisar as consequências dessa transposição sobre o rio São Francisco.
Atualmente, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos e da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolvem trabalhos na região.
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