Os ônus do crescimento

Catarina: experiência para buscar a melhor alternativa

A existência de inúmeras formas de tratar a água e os esgotos gera também uma multiplicidade de alternativas para tratar os seus resíduos líquidos

(água de lavagem dos filtros) e sólidos (lodos das ETAs e das ETES). E isto ficou bem claro nas exposições dos técnicos, empresários e pesquisadores. Para cada ETE ou ETA tem que ser buscada uma solução específica dependendo da localização, vazão e tipo de tratamento. Isto sem falar na questão do odor que começa a gerar demandas judiciais até mesmo por moradores que invadiram terrenos que fazer parte da área de rebatimento das ETEs.

Na Sabesp, segundo o engenheiro Américo Sampaio as linhas principais são:

1) Não gerar

2) Minimizar a geração

3) Reciclar no processo

4) Reciclar fora do processo

5) Tratamento

6) Disposição final

Ele citou que na Holanda 12% do lodo das ETAs é usado na minimização de odores das ETEs.

A engenheira Catarina Luca de Lucena apresentou as diversas experiência que a Corsan está fazendo para buscar soluções para suas ainda poucas poucas ETEs. Elas vão desde o uso de bags até o cloro, passando por floculantes orgânicos e enzimas, centrífuga, óxido de ferro e cal. O maior passivo é nas 180 ETAs em que a maior parte do lodo vai para os rios.

No Paraná, por outro lado, a dimensão é do tamanho da cobertura de coleta e tratamento: são 211 ETEs para monitorar e buscar a melhor alternativa para os lodos e os odores. A Companhia de Saneamento (Sanepar) tem seu próprio programa de pesquisas, estudos-piloto e normatização interna.

Entre as ações para minimizar odores, por exemplo, estão o monitoramento contínuo das condições atmosféricas e de sulfetos no efluente, aplicação de produtos de combate, avaliação de reclamações, Mapeamento de reclamações, controle operacional sobre condições de liberação, entre outras.

Plano de gestão de lodos

No Distrito Federal o tema dos lodos e odores já ganhou plano de gestão e a busca de tecnologia caminha ao lado de tratativas para buscar o arcabouço jurídico que preveja incentivos e facilite alternativas como o uso agrícola.

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