Um relatório elaborado pelo Worldwatch Institute, dos Estados Unidos, revela que as geleiras em várias partes do mundo estão derretendo em um maior número de lugares e a uma maior velocidade, neste século, do que aconteceu em épocas anteriores. Os cientistas suspeitam que isso se deve principalmente ao aumento do dióxido de carbono na atmosfera e aos gases do efeito estufa.
Esta mudança vai muito além da simples alteração do clima. Ela pode provocar o aumento do nível do oceano e com isto afetar, com inundações, as populações ribeirinhas. Também influencia o volume de suprimento de água e altera os habitats de plantas e animais em vários lugares do Planeta.
O derretimento rápido dos glaciares pode causar inundações, especialmente em regiões densamente povoadas, como o Himalaia. Igualmente a flora e fauna, especialmente da região dos Pólos, sofrem com as mudanças provocadas pelo derretimento das geleiras que consome parte do sustento de aves e mamíferos marinhos.
Os cientistas que analisam a perda de volume das geleiras do Himalaia esperam que o glaciar Dokriani Bamak apresente uma ligeira recuperação depois do severo inverno deste ano. A taxa de degelo de 1998 foi de 20 metros/ano, em comparação com os 16,5 metros dos últimos cinco anos “É uma taxa muito elevada”, disse Joseph T. Gergan, um geólogo que trabalha no Instituto de Geologia Wadia, do Himalaia, e que é pesquisador da estação-base que estuda as geleiras. Segundo Gergan essa taxa indica que 1998 está se consolidando como o ano mais quente no último milênio. Este fenômeno tem muitas ramificações disse o diretor do Instituto, Vikram Chandra Thakur. Ele prevê que se continuar o degelo neste ritmo o Rio Gânges aumentará de volume e terá inundações que podem ameaçar também uma parte das geleiras.
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