
O Brasil a partir da década de 1970 dobrou sua população total e quase triplicou a população urbana. Hoje são mais de 182 milhões de habitantes e cerca de 80% estão estabelecidos em centros urbanos. A geração de esgotos sanitários, dessa forma representa grande desafio para os gestores.
Enquanto parcela considerável da população não possui serviços de coleta e tratamento desses resíduos, os sistemas existentes nem sempre trabalham de forma adequada as questões referentes à operação dos sistemas de tratamento. Observa-se que tanto gestores, operadores, e a população do entorno das Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs existentes consideram esses sistemas como um problema. Assim, reclamam de aspectos que variam de questões diversas.
A visão dos sistemas de tratamento de esgotos tem sido sido ligada à “sujeira” e que deve ser mantida distante de todos e de tudo. No entanto, esses problemas podem ser solucionados com práticas não convencionais e se tornar oportunidades importantes.
Torna-se fundamental que a população tenha consciência de que os resíduos gerados e que devem ser tratados, são parte de sua vida e, nesse contexto, devem se conhecer as dificuldades. Assim, os gestores devem manter o sistema de forma que o mesmo possa se tornar um campo de estudos e de divulgação das questões ambientais.
A forma de se trabalhar com o sistema de tratamento de esgotos de Jales – S.P. tem sido realizada de forma diferenciada da tradicional, por parte da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. O sistema de tratamento é considerado como uma oportunidade de se tornar um laboratório para que estudantes, profissionais e população em geral possam entender o papel do tratamento no contexto social, ambiental e econômico da região.
São 02 Lagoas Anaeróbias e 02 Lagoas Facultativas – Redução DBO 92%. A área de esgotos é de 13 hectares. Existe uma área de reflorestamento nas suas margens de 40 hectares. Já foram planatadas mais de 50.000 mudas de árvores nativas.
Existe um viveiro de mudas e uma área de pesquisa da disciplina Botânica da Faculdade Biologia. No local foi disponibilizada uma sala de aula ( educação ambiental), com visitas de aproximadamento 6.000 alunos no ano de 2006.
Além dos moradores da região a ETE tem recebido muitas visitas para fotos. Lá já estiveram indianos (Rotary Club), UNESP de Ilha Solteira, UNESP Presidente Prudente, UNESP São José Rio Prêto, além de engenheiros do Ceará e do Rio Janeiro.
Senado cria subcomissão para os resíduos sólidos
A preocupação com o crescimento descontrolado da quantidade de lixo produzido no país – hoje cerca de 180 mil toneladas/dia, média de quase 1 quilo por habitante – levou a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado a criar a Subcomissão Temporária de Resíduos Sólidos.
Autor do requerimento que criou o colegiado, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) quer que sejam discutidas e analisadas as conseqüências ambientais e sociais dos chamados lixões – que deveriam ser substituídos pelos aterros sanitários, que garantem a confinação segura do lixo e, portanto, permitem o controle da poluição ambiental e a proteção à saúde pública. Para o senador, as prefeituras precisam trabalhar com projetos de reciclagem e aproveitar o lixo na produção de energia elétrica, possível, por exemplo, com o aproveitamento do metano produzido nos lixões.
Para que haja a comercialização do carbono, os gases de efeito-estufa são retidos de forma que não sejam lançados no meio ambiente. Isso é revertido em créditos geralmente vendidos para países industrializados que precisam reduzir suas emissões, conforme exigências do Protocolo de Quioto.
Há 20 anos, a média diária de produção de lixo no Brasil era de 0,6 quilo por pessoa, sem contar que a população era de aproximadamente 140 milhões de brasileiros, o que gerava uma montanha de 84 mil toneladas/dia, 114% a menos que atualmente.
Os problemas relacionados à destinação e à reutilização dos resíduos sólidos ainda estão atrelados à falta de uma legislação federal sobre o assunto, que aponte diretrizes para os trabalhos. Nesta semana, a expectativa é de que o Executivo encaminhe à Câmara dos Deputados um projeto de lei instituindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O senador Romeu Tuma (DEM-SP) foi designado relator, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do PLS 265/99, do ex-senador Lúcio Alcântara, que trata do mesmo assunto.
Fonte: Agência Senado
ETE Jales – outras imagens
Veja no arquivo anexo outras imagens da ETE Jales.
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