Relatório UNEP
Benefícios significativos podem ser alcançados com esforços para combater o aquecimento global, com a redução do uso de energia e o melhoramento da eficiência o do seu uso em prédios.
A mistura correta entre uma apropriada regulamentação governamental, um aprimoramento do uso de tecnologias para economia energética e uma mudança comportamental, pode reduzir substancialmente as emissões de dióxido de carbono (CO²) do setor de construção civil, que acumula cerca de 30 a 40% do uso global de energia, diz o novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) Construções Sustentáveis e Iniciativa Imobiliária (SBCI).
O novo relatório, Construções e Mudanças Climáticas: Status, Desafios e Oportunidades, diz que existem muitas oportunidades para governos, indústrias e consumidores realizarem ações apropriadas durante o tempo de vida dos prédios, o que pode minimizar os impactos do aquecimento global.
Citando o exemplo da Europa, o relatório diz que mais de 1/5 do consumo de energia e mais de 45 milhões tonelada de CO² poderiam ser economizados por ano até 2010 com a aplicação de medidas mais ambiciosas para prédios novos e já existentes.
Achim Steiner, Vice-secretário Geral da ONU e Diretor Executivo do UNEP, disse que a “eficiência energética, junto com formas limpas e renováveis de gerar energia, é um dos pilares perante os quais um mundo sem carbono irá resistir ou desabar. As economias que já podem ser feitas são potencialmente grandes e o custo para implementá-las é relativamente barato, se um número suficiente de governos, indústrias, empresários e consumidores agirem”.
“Esse relatório foca o setor de construção civil. Por algumas estimativas conservadoras, o setor de construção civil mundial poderia liberar emissões reduzidas em 1,8 bilhão de toneladas de CO². Uma polícia mais agressiva de eficiência de energia pode liberar mais de dois blihões de toneladas ou perto de três vezes a quantidade programada para ser reduzida pelo Protocolo de Quioto” ele adicionou.
“Existem mais frutas baixas para serem colhidas. Vários países, incluindo Austrália, Cuba e a União Européia estão cuidando para gradualmente ou totalmente banir o uso de lâmpadas incandescentes que estão no mercado por mais de um século em vários modelos. A agência Internacional de Energia estima que uma total mudança global para lâmpadas compactas fluorescentes pouparia, em 2010, 470 milhões de toneladas de CO2 ou um pouco mais do que a metade das reduções de Kyoto. Nós temos que perguntar quais são os obstáculos – se tiver algum – para alcançar uma mudança tão positiva de redução de custos e tomar previdências decisiva e rapidamente para superá-los, se, eles existirem” disse Sr Steiner.
Também é enfatizado que o o setor imobiliário aposta nele mesmo, incluindo investidores, arquitetos, donos de propriedades, companhias de construção, inquilinos, etc. precisam entender e apoiar essas políticas para que elas funcionem com eficiência.
O relatório também aponta que tentativas para encontrar soluções para os prédios irão variar.
Em países desenvolvidos o principal desafio é alcançar uma redução de emissões entre os muitos prédios existentes, e isso pode ser feito basicamente com a redução do uso de energia.
Em outras partes do mundo, especialmente lugares como a China, onde quase 2 bilhões de metros quadrados são ocupados anualmente com novas construções, o desafio é passar direto para soluções energéticas mais eficientes, diz o relatório.
O relatório de Construções e Mudanças Climáticas será apresentado no encontro anual da SBCI, que acontecerá em Rabat, Marrocos, de 2 a 4 de Abril de 2007.
A SBCI é uma parceria internacional para “deixar verde” o multi-bilionário setor de prédios e construções. Inaugurado há um ano atrás junto com o UNEP, hoje tem cerca de trinta membros incluindo alguns dos maiores nomes da área como Lafarge, Skanska e Arcelor.
A secretaria da SBCI está alojada junto a Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia do UNEP em Paris.
Pontos-chave para os relatórios de contruções e mudanças climáticas
No tempo de vida de um prédio comum, a maior parte da energia é consumida, não para a contrução, mas durante o período que o prédio está sendo usado. Isto é, quando a energia está sendo usada para aquecimento, refrigeramento, ilumação, cozimento, ventilação e outros.
Reconhecendo isso, o relatório apressa um o uso melhorado de tecnologias como isolamento térmico, sombra solar e, iluminação e utensílios eletrônicos mais eficientes, assim como a importância de campanhas de educação e advestências.
“Para alcançar maior efciência energética em prédios, você geralmente não precisa usar soluções tecnológicas avançadas e caras, mas soluções simples, como projetos inteligentes, soluções flexíveis de energia e fornecimento de informação apropriada aos usuários do prédio” diz Oliver Luneau, SBCI Presidente e Diretor de sustentabilidade da Lafarge.
“Soluções simples podem incluir sombras e ventilação natural, uso de materiais reciclados de prédios, adequação do tamanho e da forma do prédio para seu propósito de uso etc” disse ele. “É claro que você pode alcançar resultados até melhores, se soluções mais avançadas forem usadas, como iluminação inteligente e sistema de ventilação, baixa temperatura de aquecimento e refrigeração e economia de energia de uso domético”.
Em acréscimo ao melhoramento do uso de tecnologias para economia de energia, o relatório ressalta a importância de políticas governamentais apropriadas no código do prédio, preço de energia e incentivos financeiros que encoragem a redução do consumo de energia.
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