Hotelaria busca ecoeficiência em hospitalidade

Lamachia: “ecoeficiência significa aumento da produtividade aliada à diminuição de gastos e de resíduos poluentes”.

Questões e tecnologia voltadas a ecoeficiência em hospitalidade com responsabilidade sócio-ambiental foram os temas principais do Seminário realizado pelo Grupohotel- Grupo Dos Profissionais Executivos do Mercado Hoteleiro, no Hotel Holiday Inn (SP), com público formado por profissionais do Serviço de Hospitalidade Hoteleira e Hospitalar, Síndico de Hotéis, Condohotéis e Edifícios Comerciais, Asset Management, Arquitetos, Engenheiros, Diretores, Construtoras, e Administradoras.

O FOHB – Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil, a Associação Brasileira de Resorts e a BSH International Hotel & Tourism Specialists apoiaram o evento que também contou com rodada de negócios. O presidente do Grupo, que reúne 80 empresas associadas, Vicente Lamachia, alertou que é preciso adaptar a estrutura do empreendimento hoteleiro, objetivando não apenas a redução de custos, mas também a preservação do meio ambiente. “Empresas européias preferem colocar seus executivos em viagens, hospedados em lugares com selos e certificados entre outros, o ISO 14001, ou seja, estão preocupados cada vez mais com produtos ecologicamente corretos, comprometidos com as responsabilidades sócio-ambientais, que são evidentes e irreversíveis”.

Lamachia disse que recursos energéticos e hídricos representam entre 25 a 30% dos gastos de um hotel, e quem não se atentar para o fato e não se adaptar certamente encontrará dificuldades.

Os palestrantes enfatizaram que o conceito da ecoeficiência significa aumento da produtividade aliada à diminuição de gastos e de resíduos poluentes. O Diretor de Engenharia e Manutenção Christian Kuhn, abriu o ciclo de palestras apresentando um case de sucesso da Atlantica Hotels International, a maior administradora independente de hotéis na América do Sul, e segunda maior rede em operação no Brasil, conforme revela o 3º volume do Estudo Raio x da Hotelaria Brasileira.

Christian abordou o tema Ecoeficiência em Hospitalidade – Gestão e Responsabilidade Empresarial Sócio Ambiental (Certificação Hoteleira ISO 14001) Implantação Ambiental – Princípios, Práticas e Estudos de Casos., fazendo uma analogia de equipamentos e demonstrando os resultados custo/benefícios.O bom desempenho tem como importante aliado as medidas de economia em recursos energéticos e hídricos, que representam de acordo com Lamachia entre 25 a 30% dos gastos de um hotel. A receita de economia da Atlântica, de acordo com Christian, está focada na redução da intensidade de material utilizados nos bens e serviços; na redução da energia, da dispersão e no apoio à reciclagem, sempre respaldados pela responsabilidade ecológica.

Na segunda palestra, o engenheiro Eduardo Linzmayer, falando sobre Projetos hoteleiros integrados às novas preocupações ambientais e necessidades econômicas, destacou a preocupação com o ciclo de vida completo das edificações e equipamentos hoteleiros e hospitalares. “Este ciclo de vida envolve o estudo de viabilidade, especificação, projetos, construção e montagem, pré-operação, operação, manutenção e reformas”, observou, ressaltando que dentro deste ciclo a maior preocupação do empreendedor deve ser com a pré-engenharia antes da construção, que tem a missão de aprimorar os projetos e introduzir os interesses voltados à redução de custos de operação e de manutenção. “Para que um empreendimento se mantenha competitivo, além da constante manutenção, é preciso colocar em prática a equação menores custos e maior produtividade”.

Cezar Antonio Gehlen, do núcleo Docolmatic , da Docol, pioneira em produtos – torneiras, misturadores e válvulas – economizadores de água ,mostrou que a empresa está preocupada com o meio ambiente, não apenas através de produtos para uso racional da água, mas, também, com ações de conservação e incentivo à preservação . A DocolMatic destacou Gehlen, proporciona redução de até 77% no consumo de água. “Uma alternativa para amenizar o problema da escassez do precioso liquido é a substituição dos equipamentos convencionais por produtos com fechamento automático” destacou informando que no Brasil, produtos desse tipo, foram desenvolvidos pioneiramente pela Docol. Ao mostrar o case de sucesso do Flat Saint Charbel, em São Paulo, o palestrante argumentou que a tecnologia dos produtos na ponta de consumo obriga o usuário a estar economizando água, porém sem perder o conforto. “Neste flat foram utilizados registros reguladores de vazão, que tem a função de ser um limitador de vazão”, frisou.

Reciclador de resíduos da construção mostra eficiência

Os resíduos da construção civil e demolições representam 61% do lixo produzido nas cidades brasileiras, segundo dados da Secretária Nacional de Saneamento do Ministério das Cidades.

De acordo com a pesquisa, este percentual corresponde a 90 milhões de toneladas de lixo/ano, que deve ser depositado em áreas previamente estabelecidas, obedecendo a regras e normas ambientais criadas pelos estados e municípios de acordo com as leis que tratam do tema.

Esta providência, entretanto simplesmente minimiza o impacto ambiental da deposição constante dos resíduos da construção civil nas cidades. O mais importante é o destino dado aos mesmos através da reciclagem. Atenta ao problema, a Craft Engenharia – empresa brasileira especializada em construção pesada, demolições, terraplenagem e pavimentação – está utilizando em suas obras o primeiro reciclador móvel de resíduos sólidos da construção, do país.

O equipamento, de origem austríaca, trabalha em conjunto com outra máquina, cuja função é preparar os resíduos de demolição, para a boca de alimentação do reciclador. O resultado da reciclagem é um material que pode, em muitos casos, cumprir as funções da brita, sendo reutilizado na própria obra.

Outra vantagem é a sua agilidade que não exige nenhum tipo de montagem especial, podendo ser movido, colocado ou retirado do canteiro de obra a qualquer momento, podendo, portanto ser utilizado em obras das mais diversas dimensões.

O equipamento tem a capacidade de processar 200 toneladas de concreto armado/hora, transformando-as em agregado reciclado, com características que se assemelham à da brita, no próprio canteiro de obra.

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