Energia renovável para aquecimento de chuveiros

Um sistema de aquecimento que não polui, não depende de sol para funcionar, não utiliza chamas e fornece até seis vezes mais energia do que a eletricidade que consome. Essas são as virtudes apregoadas pela Volvo do Brasil que vem empregando uma tecnologia consolidada na Europa e em Curitiba, na sua montadora de caminhões e ônibus.

“A decisão da empresa de implantar esta tecnologia significa um ganho de ordem econômica e ambiental, uma vez que a preservação do meio ambiente é um valor corporativo do Grupo Volvo”, diz Rogério Ferreira, engenheiro de manutenção da Volvo.

“É possível retirar calor de praticamente qualquer lugar na natureza”, explica o engenheiro eletricista Otto Doetzer, sócio da Thermacqua, empresa que fornece e instala o sistema, e representa no Brasil o fabricante alemão Alpha-Innotec. Otto mostra como exemplo bem-sucedido dessa aplicação o sistema adotado pela Volvo. Lá, a água dos 96 chuveiros dos vestiários, antes aquecida por uma caldeira de 4 mil litros, agora é mantida quente o ano todo por uma bomba de calor, que retira energia do setor de Usinagem, a 20 metros de distância. A bomba consome energia igual à de um chuveiro convencional para aquecer o equivalente a 9 mil litros de água.

Usualmente, inúmeras aplicações industriais e comerciais jogam calor fora, e que pode ser utilizado, com grande benefício econômico e ambiental, como no caso da Volvo. O centro de usinagem produz cerca de 50 blocos para motores por dia. As máquinas de usinagem (fresa, tornos e outras) operam com um líquido, chamado “coolant” (água misturada a óleos) que tem a função de refrigerar e lubrificar as ferramentas de corte das máquinas.

A bomba foi instalada neste local para realizar a troca de calor entre os

dois sistemas, resfriando o líquido de arrefecimento ao mesmo tempo em que esquenta a água do banho. Além de reduzir de forma eficiente a temperatura do sistema de refrigeração, o que traz melhorias importantes para o processo de usinagem, haverá uma economia de R$ 31 mil ao ano, relativa ao gasto com o combustível da caldeira e também com as reposições do “coolant”.

A instalação permitirá reduzir a emissão de 50 toneladas de dióxido de carbono (CO²) por ano, ao evitar a queima do GLP (gás de cozinha) que antes aquecia a caldeira. O sistema foi projetado para atender a demanda de água quente para o banho de aproximadamente 300 funcionários. A bomba é capaz de suprir dois reservatórios que totalizam 9 mil litros de água. A água fica a uma temperatura média de 55 graus celsius.

A operação da bomba de calor é simples. Um sistema de navegação dá acesso às informações numa tela de cristal líquido. Dentro, ficam diversos sensores, dispositivos de segurança e microprocessador que automatiza, simplifica e torna segura a operação. As informações relevantes das últimas 48 horas são armazenadas num histórico das condições de funcionamento. Finalmente, o completo monitoramento do sistema pode ser feito à distância, com software específico e uma simples ligação telefônica via modem.

MRE incentiva uso de agendas feitas a partir de embalagem longa vida

O Ministério de Relações Exteriores firmou uma parceria com a Tetra Pak para incentivar e apoiar a reciclagem e a preservação do meio ambiente: as agendas de 2007 são confeccionadas em papel reciclado com fibras de embalagens longa vida.

Com tiragem de 1.900 exemplares, a agenda será distribuída para diplomatas, executivos no Brasil e no exterior e embaixadores estrangeiros no país. Na agenda, a cada semana é abordado um tema referente a um projeto de responsabilidade social de uma determinada empresa ou gestão empresarial para sustentabilidade nas áreas ambiental, social e econômica.

A tecnologia de reciclagem a Plasma, que é 100% brasileira e separa o alumínio e o plástico que compõem as embalagens longa vida, ilustra uma das semanas. A tecnologia é mais uma opção de reciclagem, permitindo o retorno dos três componentes da embalagem para a cadeia produtiva como matérias-primas.

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