
O Parque Nacional da Serra da Bodoquena, localizado no município sul-
matogrossense de Bonito, no oeste do estado, terá a primeira caverna alagada aberta para visitação pública em Parques Nacionais brasileiros. A liberação da área será possível com a conclusão do plano de manejo, cuja publicação está prevista para junho próximo.
A implementação do parque é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, e sua regularização fundiária é uma das prioridades do governo. Somente em 2006 foram efetuados pagamentos referentes a 5.000 hectares desapropriados, confirmando o compromisso do governo em efetivar os projetos ambientais previstos para a área.
Com a publicação do plano de manejo, estará definida a utilização das diferentes áreas do parque, seja para uso público ou preservação, inclusive a visitação ao Buraco das Abelhas, a primeira caverna alagada do Brasil
localizada em Parque Nacional que poderá receber turistas. “Estamos concluindo o estudo da água e o mapeamento geológico, entre outros estudos, para definir a correta utilização da caverna”, explica do chefe do parque, Adílio Miranda. “A caverna é profunda. Até agora o cabeamento já tem três quilômetros e ainda não terminamos”, diz.
O Parque Nacional da Serra da Bodoquena possui 76.481 hectares, incluindo os municípios de Bonito, Jardim, Bodoquena e Porto Murtinho, todos no Mato Grosso do Sul. A beleza de suas paisagens e cavernas deverá alavancar ainda mais a vocação regional para o ecoturismo, um gerador de renda entre as cidades próximas.
A vegetação do Parque é composta por Mata Atlântica e cerradão, sendo que pesquisadores identificaram em 2005 mais de mil espécies vegetais e mais de 400 espécies de aves, algumas raras e ameaçadas de extinção. Entre as espécies vegetais, foi identificada uma pequena flor, a dimerostema annun, considerada extinta no Brasil havia 160 anos. A rica fauna conta com a presença da harpia, por exemplo, a maior ave de rapina do mundo, que chega a pesar 10 quilos e medir até três metros de envergadura.
Fonte: Ascom/MMA – Rafael Imolene .
Estudos climáticos na Amazônia
Agência FAPESP
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) lançaram o Programa de Pós-Graduação em Clima e Ambiente, com o objetivo de se tornar referência nacional na formação de pesquisadores e na produção do conhecimento.
“No Brasil são formados anualmente cerca de 10 mil doutores, sendo que, na Amazônia, esse número não chega a 50. Precisamos investir mais na capacidade de mostrar ao mundo o que nós conhecemos”, disse Adalberto Val, diretor do Inpa, que destacou a participação da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (SECT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam) nesse processo.
O programa começa com nota 4 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A princípio serão 15 vagas para mestrado e dez para doutorado, com as primeiras turmas ingressando em agosto de 2007. Foram estabelecidas duas áreas de atuação iniciais: física do clima e ecossistemas amazônicos.
Mais informações: www.inpa.gov.br.
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