
Cecy Oliveira – direto de Lyon (França), na cobertura da Pollutec 2006.
A edição 2006 foi também uma oportunidade para estreitar as relações entre França e Brasil que foi um dos homenageados. Durante os cinco dias do evento representantes de vários Estados, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram as potencialidades e oportunidades de negócios e parcerias com os empresários franceses.
Entre as áreas preferidas para esta cooperação estão as de geração de energias alternativas (eólica e biodiesel), resíduos sólidos e industriais, tratamento de esgoto, MDL, desenvolvimento sustentável e gestão de recursos hídricos.
O evento já consolidou uma parceria entre o Consórcio PCJ e a Agência de Bacia Loire-Bretagne para cooperação no que se refere à gestão dos recursos hídricos e funcionamento de Comitês. O Consórcio PCJ está aperfeiçoando os mecanismos de cobrança pelo uso da água aproveitando o know-how francês. Em contrapartida, está oferecendo algumas das experiências desenvolvidas no Brasil na área de educação ambiental.
No que se refere a tecnologias o anúncio é de pelo menos 300 novas alternativas. O setor de água tem direcionado esforços ao problema dos lodos, principalmente direcionado à diminuição do volume muito mais do que ao tratamento propriamente dito. Ganham força, assim, as tecnologias que prometem essa redução. Também se destacaram o controle da drenagem pluvial, a detecção de fugas e vazamentos e reúso da água.
Igualmente na área de medição, prevendo equipamentos online, foram apresentadas inovações buscando já se adaptar às novas determinações européias que entram em vigor nos próximos dias exigindo maior precisão.
No setor de resíduos a ênfase é para a “exploração” do lixo como provedor de matérias-primas. Isot inclui o uso de materiais recicláveis, mas principlamente a geração de energia (biogás e biomassa, principalmente) e também os novos combustíveis que poderão surgir. Nesse item de novas energias despontam o Brasil – biocombustíveis, solar e eólica – a Suécia, com energia geotérmica.
Sobretudo a Pollutec mostra claramente que em todos os campos o conceito de produção limpa está presente pois muito mais do que buscar novas formas de tratar resíduos ou produzir energia o que está em moda é gerar menos lixo e poupar combustíveis. Por isso estão em alta as idéas para economizar energia, com novos materiais, como ferramentas mais eficientes de diagnóstico dos pontos de perdas, como as imagens em infra-vermelho.
Sobre qualidade do ar as novidades estão no enfoque centrado no controle da poeira (novas formas de análise, sistemas de coleta e de filtração) e como monitorar os compostos orgânicos voláteis (VOCs, por sua sigla em inglês). Sensores e tratamentos novos têm ganho mercados que buscam se adaptar às novas exigências ambientais nos diversos países, traço comum que pôde ser percebido aqui na Europa e que fez ” explodir” a área de serviços ambientais. A tal ponto que mesmo os países em desenvolvimento estão precisando se adpatar para não perder mercado de exportação pois estas exigências podem funcionar como barreiras não alfandegárias.
Em resumo, os temas do Desenvolvimento sustentável e tecnologias limpas estão firmando posição para não mais saírem do topo da lista. O desafio é cada vez obter uma maior redução do impacto, gerar cada vez menos poluição e principalmente economizar – ou usar racionalmente – a água e a energia.
As empresas que não atentarem para estes pontos estarão certamente no bloco que será facilmente superado pelos vanguardeiros.
Mostra
O Centro de Referência da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba promove a III Mostra de Trabalhos Técnicos, Científicos e Comunitários e lança o livro Conhecer para Gerenciar: aspectos ambientais e sociais da bacia hidrográfica do Lago Guaíba e o Manual para Estudo de Cianobactérias Planctônicas em Mananciais de Abastecimento Público: caso da Represa Lomba do Sabão e Lago Guaíba, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
A solenidade será no dia 04 de dezembro de 2006, às 14h30min, no Térreo da Usina do Gasômetro – Av. Presidente João Goulart, 551.
Os números da megafeira
Área de exposição: 91.650 m²;
Área de estandes: 57.500m²;
Número de estandes: 1.464 franceses e 411 estrangeiros;
Total de empresas expositoras: 2.547, assim distribuídas: 713 de água; 688 de resíduos, reciclagem e disposição final; 535 de multiatividades; 178 de áreas de riscos, saúde, solo; 166 de análise, monitoramento e medição; 166 de qualidade do ar e 101 de energia. Fora a França os países com maior participação foram a Alemanha, a Itália e a Bélgica.
Visitantes esperados: 65 mil;
Países participantes: 36.
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