
07/11/2006 – Jornal do Commercio/RJ
Já somos 33 milhões de internautas e 92 milhões de aparelhos celulares em uso em todo o Brasil, de acordo com dados do IBGE e agências de publicidade. Com este grande mercado a ser explorado, empresas estão buscando formas de se aproximar e colocar seus produtos e serviços nos computadores. Muitas companhias já possuem suas páginas na internet, mas segundo o presidente da Associação Brasileira de e-Business, Richard Lowenthal, ainda existem novas áreas a serem exploradas. “A internet já se firmou como meio de comunicação entre as empresas e seus consumidores”, explica o presidente associação que realiza na quinta-feira, dia 9, o II Fórum de Relacionamento na Web, em São Paulo.
Uma das empresas que apresentará sua atuação na rede mundial de computadores é a Motorola, fabricante de celulares. Gabriela Viana, gerente de Marketing Digital, explica que o Brasil está entre uma das áreas relevantes de atuação no segmento. “Nosso site não é só usado para demonstrar nossos produtos. Nele, também fornecemos conteúdos relevantes aos nossos consumidores. O site é o segundo lugar de pesquisa antes de se comprar um novo aparelho, depois da loja física”, lembra a executiva da Motorola.
A marca, continua Gabriela, também aposta neste tipo de comunicação com seu público, que tem forte ligação com a internet. “Focamos no público ligado a novidades tecnológicas e no jovem, que, mesmo não comprando o aparelho mais caro, procura mais conteúdo”, diz. Um dos experimentos oferecidos pelo site da fabricante de telefones é uma ferramenta que compara os diversos aparelhos.
Em 14 anos de existência, a Agência Click nasceu para desenvolver projetos focados na interatividade, afirma Ana Maria Nubié, vice-presidente de Atendimento. “O computador se consolidou como ferramenta de comunicação. Em 1995, quando a internet engatinhava no Brasil, já tínhamos feito o terceiro site mais acessado, o do Banco Itaú”, lembra.
O público que acessa a internet, conta Ana, tem forte potencial consumidor, cobrindo cerca de 74% da classe A e B. “Hoje, quem tem poder aquisitivo é usuário da internet. Ao lado do celular, são as mídias mais interessantes para quem quer vender atualmente. As empresas estão compreendendo isso. Os números e o comportamento demonstram esta prática”, lembra.
Acesso da classe C incrementa vendas
09/11/2006 – Versátil
De acordo com estimativas da consultoria e-bit, as vendas on-line devem fechar 2006 com uma movimentação de aproximadamente R$ 3,9 bilhões, crescimento 50% maior do número alcançado em 2005, no qual o varejo on-line encerrou o período com o faturamento de R$ 2,5 bilhões. Só no Natal do ano passado foram movimentados R$ 458 milhões, aumento de 61% em relação a 2004. Esses números geram grandes expectativas para este natal.
O crescimento também está relacionado ao aumento de acesso da classe C à internet. Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.Net), nos próximos 5 anos, o número de internautas com renda inferior a R$ 1 mil deve crescer 40%. O fato deve-se à redução de preço dos produtos comercializados pela internet e extensão do prazo de financiamento. Durante o 1º semestre do ano, o comércio eletrônico atraiu 1 milhão de novos clientes e movimentou R$ 1,7 bilhão em vendas, 80% a mais que no mesmo período de 2005.
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