
Foto: Radio y TV Indymedia
Yadira Ferrer*
BOGOTÁ, 6 de novembro (Terramérica).- O jovem advogado e ativista colombiano Rodrigo Vivas ganhou o prêmio Sasakawa 2006, concedido anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Fundação Nipona, por seu projeto “Colheita de água da chuva”, de combate à desertificação. O prêmio, que lhe rendeu US$ 200 mil, é um dos reconhecimentos ambientais de maior prestígio do mundo. Vivas o recebeu no dia 30 de outubro, em Nova York, dividindo-o com o Grupo Cooperativo Tenadi, da Mauritânia.
Filho e neto de camponeses da localidade de Popayán, Vivas, de 36 anos, se define como um homem do campo obcecado pela conservação da água. Essa obsessão surgiu há três anos, quando seu filho de nove anos teve as aulas suspensas porque não havia água e os professores temiam uma epidemia devido à insalubridade.
“O senhor das chuvas”, como é chamado pelos amigos, criou há seis anos a não-governamental Fundação Ação Ambiental, de alcance local, que trabalha com camponeses no sentido de incentivar a proteção da biodiversidade, o manejo da água, a segurança alimentar, o fortalecimento das organizações comunitárias e o desenvolvimento. Além disso, é diretor-executivo do Consórcio para a Agricultura Sustentável (Cipasla), que inclui 23 distritos rurais da região andina da Colômbia.
* A autora é colaboradora do Terramérica.
Experiência brasileira – Poli USP

Uma idéia simples, implantada no Centro de Técnicas de Construção Civil (CTCC) da Escola Politécnica da USP, mostrou resultados eficientes na conservação de água potável. Trata-se de um sistema de coleta e aproveitamento de água de chuva para consumo não potável em edificações.
O objetivo é coletar e armazenar água para ser utilizada na limpeza de vasos sanitários, irrigação de jardins, limpeza de calçadas e pátios, lavagem de veículos, etc. “O sistema é composto por um coletor automático de amostras seqüênciais de água de chuva e por três caixas d’água com capacidade para 500 litros cada uma”, explica a engenheira civil Simone May. Ela é autora da dissertação de mestrado Estudo da viabilidade do aproveitamento de água de chuva para consumo não-potável em edificações, que será apresentada no próximo dia 29 de abril no Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, sob orientação do professor Racine Tadeu Araújo Prado.
Após obter a água das chuvas com o coletor automático, as amostras são levadas ao Instituto Adolfo Lutz onde são analisadas. A água armazenada nos reservatórios destina-se a fazer a alimentação de dois vasos sanitários do CTCC. “Numa residência, por exemplo, aproximadamente 35% do consumo total é utilizado em um único vaso sanitário”, calcula Simone.
Desde 2001, época da construção e instalação do sistema, a engenheira vem realizando análises físicas, químicas e bacteriológicas de amostras de água de chuva, num total de 28 parâmetros.
Fonte: Agência USP
Trabalho de aluno do Ceset é premiado
Carmo Gallo Netto – Jornal da Unicamp.
O trabalho “Rufo coletor de águas pluviais”, de José Vicente da Silva, recebeu menção honrosa do Prêmio Universidade Tigre 2005. O sistema coletor de águas pluviais inova ao propor que o reservatório de água fique no alto da edificação de maneira que o desnível entre o reservatório e o solo possibilite o uso da água sem utilização de bombas de recalque.
Para a captação da água da chuva são utilizados rufos coletores que podem ser colocados a dois terços da parte mais alta do telhado, em substituição a uma fieira de telhas, de forma a permitir que as águas passem diretamente do coletor para o reservatório apoiado na laje ou fixado nos caibros, o que não seria possível se o recolhimento fosse feito na posição normalmente ocupada pelas calhas.
Para José Vicente, essa reserva de água poderá ser utilizada na lavagem do quintal e de veículos ou para regar hortas ou plantas, bastando para tanto uma mangueira conectada a uma torneira instalada próximo ao piso. Pode ainda ser utilizada no vaso sanitário.
O sistema despreza as águas depois dos reservatórios abastecidos e impede que no coletor fiquem águas paradas, responsáveis pela proliferação de insetos vetores. Prevê também modelos de coletores adaptáveis aos vários tipos de telhas e módulos de reservatórios construídos em várias geometrias.
Um dos modelos possíveis seria o tubular, que poderia acompanhar todo o perímetro da residência, permitindo a instalação de torneiras nos vários lados (veja ilustração). Mas dependendo da utilização da água, os reservatórios podem ser colocados abaixo do telhado, mas acima do solo, de forma a permitir escoamento por ação da gravidade.
Veja a íntegra da matéria em: www.unicamp.br/unicamp.
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