R$ 218 milhões para recuperar Billings

Após um ano e meio de elaboração, a Prefeitura de São Bernardo e a Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA), assinaram o relatório final do projeto de recuperação da Represa Billings, desenvolvido com cooperação técnica entre ambos. De acordo com a equipe técnica serão necessários investimentos da ordem de R$ 218 milhões para execução do projeto.

O Estudo do Plano Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Mananciais da Represa Billings foi dividido em três etapas. A primeira, de levantamento de dados, foi concluída em outubro de 2005 e resultou na elaboração do relatório de andamento, que traz um levantamento completo de dados e informações pertinentes à represa, análise de dados colhidos nas inspeções de campo e uma série de pesquisas realizadas, entre elas, da qualidade da água da represa, de funcionamento das Estações de Tratamento de Esgoto e da infra-estrutura existente (saneamento, esgoto e drenagem).

Em seguida foi iniciado o trabalho de elaboração do Plano Diretor de recuperação da represa, que apresenta um diagnóstico completo das ações que precisam ser efetuadas. O documento mostra a necessidade de implantar alguns projetos prioritários, entre eles, ações de esgotamento sanitário com a instalação de redes coletoras para levar o esgoto da bacia da represa para a Estação de Tratamento de Esgoto de São Caetano; construção de estações de tratamento e rede coletora em locais isolados; implementação de pavimentação ecológica, remediação do extinto Lixão do Alvarenga; entre outros.

A terceira e última etapa foi a elaboração do estudo de viabilidade econômica e financeira para execução do projeto. De acordo com o os estudos serão necessários investimentos de cerca de R$ 218 milhões, sendo cerca de R$ 57,7 milhões por parte da Prefeitura de São Bernardo e outros R$ 161 milhões custeados pela Sabesp. “Vamos enviar o mais rápido possível carta consulta para a Cofiex, órgão do Ministério do Planejamento que cuida de financiamentos internacionais. Já iniciamos tratativas com o JBIC, instituição financeira do Japão, que apresentou intenção de fazer o financiamento”, disse o secretário de Planejamento e Tecnologia da Informação e coordenador do projeto, Hiroyuki Minami.

“Para que este projeto tenha sucesso, não basta apenas a participação de São Bernardo, mas também dos organismos do governo federal e da população. É necessário que haja uma mudança de consciência e de postura, caso contrário, a recuperação ambiental não ocorrerá”, afirmou o representante da JICA do Japão, Tadashi Suzuki.

Ações emergenciais tentam amenizar crise na Bacia do Sinos

Uma série de ações emergenciais – criação de uma força-tarefa, monitoramento contínuo e tentativas de aumentar a aeração em trechos críticos – estão sendo realizadas desde a semana passada na tentativa de melhorar a qualidade da água da Bacia dos Sinos.

Novos episódios mais restritos de mortandade de peixes sinalizaram para as condições precárias em termos de baixa vazão, queda no nível de oxigênio da água e elevação da carga orgânica, oriunda principalmente dos esgotos domésticos lançados, sem tratamento em vários pontos da bacia.

Conforme os técnicos da Fepam os levantamento dos últimos anos têm detectado o estado crítico do rio em alguns trechos, especialmente perto da foz dos Arroios Portão e Rau onde já foram detectadas amostras com zero de oxigênio. Para piorar os níveis de vazão são muito baixos – típicos de períodos de estiagem – e os de coliformes crescem geometricamente. A esperança é de que as ações de longo prazo, como o Plano de Saneamento, em elaboração, tragam a solução mais definitiva.

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