Jardins de chuva: solução para inundações e contaminação

Os sistemas de biorretenção também chamados de jardins de chuva cumprem principalmente duas funções na gestão da água de chuva urbana: controle das inundações e prevenção da contaminação. Os governos locais nos Estados Unidos vêm promovendo esta iniciativa desde que em 1987 foram introduzidos novos estandares de descarga de água da chuva.

Um jardim de chuva é uma depressão pouco profunda na terra, em um terreno com solo permeável e com plantas ou árvores e coberto por uma delgada capa de acolchoado orgânico. Eles absorvem a água da chuva que acumula em superfícies impermeáveis tais como calçadas e ruas e permite que se infiltre na terra em lugar de drená-la para as redes de drenagem ou canais. Os jardins de chuva são adequados tanto para residências unifamiliares como para edifícios. Seu potencial para eliminar contaminantes e nutrientes da enxurrada foi confirmado por um recente estudo [1].

Em 2005, Kansas foi uma das últimas cidades a promover os jardins de água. O programa da cidade dos “10.000 jardins de chuva” [2] é uma iniciativa público-privada que aponta tanto para a construção como à conscientização pública sobre temas de drenagem. O prefeito da didade de Kansas, Kay Barnes, apóia o programa e considera que ele se ajusta aos planos do município para recondicionar e melhorar a envelhecida infra-estrutura de drenagem.

Os jardins de chuva ajudam a:

1) Aumentar a quantidade de água que infiltra no terreno para recarregar os aquíferos locais e regionais.

2) Contribuir para proteger as comunidades de problemas de inundação e drenagem.

3) Contribuir para proteger os arroios e lagos de contaminantes transportados pelos desagües pluviais urbanos.

4) Embelezar os pátios e bairros.

5) Proporcionar um hábitat valioso para pássaros, borboletas e muitos insetos benéficos.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency, EPA), dos Estados Unidos, 70% da contaminação dos arroios e lagos provém de águas pluviais. Quando chove (ou derrete a neve no inverno), a água desce, percorre caminhos e entradas, e atravessa pátios antes de terminar nos desagües pluviais e chegar aos arroios. Neste percurso acumula fertilizantes, pesticidas, residuos de petróleo e muitos produtos químicos de empresas e despejados pelos próprios moradores.

[1] Dietz, M.E. and Clausen, J.C. (2006). Saturação para melhorar a retenção de contaminantes em um jardim de água da chuva. Ciência ambiental e tecnologia; vol. 40, no. 4 ; p. 1335-1340. DOI: 10.1021/es051644f [http://dx.doi.org/10.1021/es051644f]

[2] 10 000 Jardines de Agua de Chuva

www.rainkc.com

Sites na Internet:

* Sanicon – Gestão de Agua Chuva y Drenaje Urbano en Países en Desarrollo www.sanicon.net

* Jardines de chuva de Michigan Occidental www.raingardens.org

* Jardines chuva www.raingardennetwork.com

ABES-RS promove debate sobre Lei do Saneamento

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção Rio Grande do Sul (ABES-RS) convida para a mesa-redonda sobre Política Nacional de Saneamento: na busca de um consenso. O evento integra as atividades da XIII Semana Interamericana e VI Semana Estadual da Água e terá como palestrante Marcos Thadeu Abicalil, Assessor Técnico da AESBE e como debatedores o Deputado Estadual Frederico Antunes, Ex-Presidente do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Saneamento; Ricardo Pereira da Silva, Conselheiro da AGERGS; representantes do Ministério das Cidades e da ASSEMAE.

Data: 10/10/2006

Horário: 15 horas

Local: Auditório do Sindicato dos Engenheiros do RS

Av. Érico Veríssimo, 960 – Menino Deus – Porto Alegre/RS

Informações sobre a programação: Fone (51) 3212 1375 ou pelo e-mail abes-rs@abes-rs.org.br.

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