Sabesp usa encapsulamento para controlar odores das ETEs

ETE ABC

A utilização da tecnologia do encapsulamento para o controle dos odores na elevatória de Pinheiros, a partir de 2002, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vem apresentando bons resultados segundo informa a gerente Adriana Oliveira Maricardi. Ela explica que é utilizado um sistema de aspersão de produto com ação encapsuladora para a eliminação de odores desagradáveis através de um processo não oxidativo e seguro.

O processo consiste do bombeamento e aspersão de uma solução aquosa de produto encapsulador através de bicos, formando assim uma névoa que captura os odores que são volatilizados. O produto é biodegradável e não apresenta nenhuma restrição ao meio ambiente e ao contato humano.

A implantação teve o acompanhamento da Cetesb, sendo aprovada como solução eficiente para o controle dos odores gerados. Segundo a técnica da Sabesp para melhor eficiência do sistema, os bicos devem ser instalados nas entradas dos poços, canais e caixas por onde circula o esgoto, evitando-se que os odores cheguem ao ambiente.

A operação do sistema é semi-automatizada e de fácil ajuste, pois permite a variação de dosagem do produto, adequando-se às condições climáticas e características dos esgotos.Para operação adequada do sistema é necessária a limpeza e manutenção periódica dos bicos aspersores e sistema de bombeamento.

O uso dessa tecnologia com eficiência e a facilidade de operação, permitiu sua expansão para outras unidades da empresa. Atualmente é utilizada nas Estações Elevatórias de Esgotos Pinheiros, Piqueri e Tamanduateí III, e Estações de Tratamento de Esgotos de Cotia, Ribeirão Pires e Embu-Guaçu, incluindo também as Estações de Flotação e Remoção de Flutuantes dos Parques Ibirapuera e Aclimação. Adriana Manicardi destaca como ponto positivo a diminuição de reclamações das populações circunvizinhas às instalações.

Uma característica comum entre as unidades que estão usando este processo é que são todas de pequeno porte (veja as vazões na matéria abaixo). Outras alternativas vêm sendo utilizadas pela Sabesp na busca de solução para o problema de odor nas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs).

Características das ETEs que usam encapsulamento

A EEE Pinheiros é responsável pelo bombeamento dos esgotos coletados nas bacias do Pinheiros, Guarapiranga, Billings, Itapericica da Serra e Parelheiros para tratamento na ETE Barueri.

A EEE Piqueri é responsável pelo recalque dos esgotos do Interceptor Tietê 2, localizado na margem direita do Tietê, que atende as bacias da região norte da cidade de São Paulo. Além disso, funciona como Posto de Recebimento de Efluentes não Domésticos através de caminhões. Essa elevatória pertence ao Sistema Barueri.

A EEE Tamanduateí III está localizada no município de São Caetano do Sul, atende uma pequena bacia da cidade e recalca os esgotos para o Interceptor Tamanduateí 3, pertencente ao Sistema ABC de Tratamento.

A Estação de Flotação e Remoção de Flutuantes (EFRF) foi construída no Parque da Aclimação, numa área de aproximadamente 1.800 m², com início de operação em setembro de 1998 para o tratamento das águas do córrego Pedra Azul antes do lançamento no lago do parque e tem capacidade para tratar até 50 litros por segundo.

O processo de tratamento é baseado na floculação através da dosagem de coagulante (sulfato de alumínio) e polímero. A vazão média tratada é de 2,4 l/s ( 2005 )

A Estação de Flotação e Remoção de Flutuantes (EFRF) Parque do Ibirapuera está localizada numa área de 2.500 m², num trecho de aproximadamente 92 m do Córrego do Sapateiro. O início da operação ocorreu em outubro de 2000, e tem capacidade para tratar até 150 litros por segundos.

A implantação da EFRF do Parque do Ibirapuera é o resultado de um Protocolo de Intenções para despoluição dos lagos do parque, estabelecido em maio de 1998 entre a Prefeitura do Município de São Paulo e a SABESP.

O tratamento é baseado na floculação através da dosagem de coagulante (cloreto férrico) e polímero para posterior flotação. A vazão média tratada é de 81,8 l/s ( 2005 ).

A ETE Cotia está localizada no município de Cotia, numa área de aproximadamente 3.400 m², na margem esquerda do rio Cotia, na confluência do ribeirão das Pedras com o rio Cotia. O efluente tratado será lançado no rio Cotia, que está enquadrado na classe 3, além de servir ao abastecimento público da RMSP. A ETE Cotia teve início de operação em julho de 2004.

O processo de tratamento é composto pelo tratamento preliminar, RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) e sistema de flotação, tendo capacidade de tratamento de até 120 L/s. A vazão média tratada é de 18,8 l/s ( 2005 ).

ETE Ribeirão Pires está localizada no município de Ribeirão Pires, numa área de 12.100 m², ocupando aproximadamente 3.650 m² da mesma. Localiza-se às margens do Reservatório Rio Grande, as águas servidas da cidade têm como receptor natural o referido reservatório, o qual, por ser um dos mananciais do sistema de abastecimento de água da RMSP, necessita ser devidamente protegido. O início da operação foi em agosto de 1994.

O processo de tratamento é composto por quatro RAFAs (Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente) e leitos de secagem.

A vazão média tratada é de 31,4 l/s ( 2005 ).

Está saindo a primeira PPP municipal

Nesta segunda-feira (25), em Rio Claro (SP), será conhecida a empresa vencedora da primeira PPP (Parceria Público-Privada) municipal do país para o tratamento de esgoto. Empresas como Camargo Correia, Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht e CBPO estão no páreo para tocar a obra orçada em cerca de R$ 70 milhões e que deve terminar em 2008.

Um Projeto de Lei aprovado pela Câmara dos Vereadores em novembro de 2005 permitiu a formatação da PPP, realizada pela consultoria BWM (Blue Water Management), de São Paulo, criada em 2001 para atender municípios que necessitam fazer concessões e parcerias.

“O tratamento de 100% do esgoto vai permitir atrair novos investimentos para a cidade, além de melhorar nossa posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)”, afirma o prefeito Demerval da Fonseca Nevoeiro Junior (PFL).

Rio Claro, como a maioria dos municípios brasileiros não operados pelas empresas estaduais de água e esgoto, não têm recursos próprios suficientes para aplicar no saneamento. A necessidade de contrapartida (30%) e o limite de endividamento também impedem os municípios de obterem financiamento junto ao BNDES ou Caixa Econômica Federal.

Além disso, pressionadas pelos órgãos de fiscalização ambiental, as cidades são sistematicamente multadas por não tratar a totalidade do esgoto. Rio Claro hoje trata menos de 30% do esgoto produzido.

“Optamos por uma PPP porque o impacto tarifário é menor do que na concessão, e a gestão dos serviços continua com o poder público”, explica Nevoeiro Junior (PFL).

Fonte: ACS da Prefeitura de Rio Claro.

Caracaterísticas das ETEs II

A ETE Embu Guaçu Sede está localizada no município de Embu Guaçu, numa área de aproximadamente 42.000m², situado na cabeceira da bacia do reservatório do Guarapiranga, com um número elevado de ribeirões e córregos em toda a sua área. Iniciou a opração em

novembro de 1999.

O Processo de tratamento é composto pelo tratamento preliminar, três RAFA’s (Reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente), uma lagoa facultativa e leitos de secagem. A vazão média tratada é de 44,2 l/s ( 2005 ).

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