
Thiago Romero – Agência FAPESP
Um programa de computador para auxiliar no planejamento territorial e na gestão ambiental do espaço urbano acaba de ser produzido por pesquisadores da Fortgeo, empresa instalada na Incunesp, a Incubadora de Base Tecnológica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro.
Desenvolvido com apoio da FAPESP no âmbito do programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe), o software funciona por meio do cruzamento de imagens de satélite e dados coletados em campo. Por ele, pode-se gerar uma série de documentos cartográficos digitais do município analisado, como mapas da poluição.
“Uma equipe de consultores vai a campo coletar as informações. São anotados dados como os tipos de solos e de rochas da cidade, a profundidade dos aqüíferos subterrâneos e a localização de empresas e indústrias potencialmente poluidoras”, explica o geólogo Fábio Meaulo, autor do projeto, à Agência FAPESP.
Informações secundárias também são usadas pelo programa. A lista é formada pelas diretrizes de expansão da cidade, que normalmente constam do plano diretor, além de trabalhos científicos sobre a região e relatórios técnicos de órgãos ambientais. O projeto piloto foi desenvolvido com base em dados de Araraquara, no interior de São Paulo.
Segundo Meaulo, o software pode indicar, por exemplo, locais mais adequados para a instalação de indústrias ou que possam ser utilizados para a criação de novos aterros sanitários. “A identificação das áreas menos vulneráveis do município em termos ambientais é importante para os gestores no momento do planejamento urbano”, afirma.
Ao adquirir o programa com as informações de uma determinada cidade, os gestores locais passam a ter autonomia sobre o software desenvolvido pela Fortgeo. “O programa pode ser facilmente utilizado. Toda a tecnologia é nacional e baseada em software livre. Além de não pagar nada pela manutenção, os gestores podem modificar o conteúdo de acordo com a expansão do município”, explica Meaulo.
Mais informações: fortgeo@fortgeo.com.br.
USP e OdontoPrev estabelecem parceria inédita em projeto ambiental
A Universidade de São Paulo – campus Bauru, estabeleceu um convênio com a OdontoPrev, líder em assistência odontológica no Brasil, para processar adequadamente resíduos gerados em consultórios dentários como amálgama dentário composto em sua essência por mercúrio, que quando descartado inadequadamente e em longo do tempo pode causar danos ambientais, xilol, acetona e álcool. O projeto, que já é desenvolvido há um ano no Laboratório de Resíduos Químicos (LRQ) para atender a FOB (Faculdade de Odontologia de Bauru) e o HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), foi estendido às clínicas dos dentistas credenciados da OdontoPrev no Estado de São Paulo.
A parceria é inédita no Brasil. A tecnologia de processamento de resíduos foi desenvolvida por meio de pesquisas da USP em seus campus de Bauru e Ribeirão Preto. “Esse projeto tem como principal benefício a preservação do meio ambiente. Além disso, pelo processamento e avaliação do nível de pureza a qualidade do material é garantida”, declara Ovídio Santos Sobrinho, técnico do Laboratório de Bioquímica da USP – Bauru. Marília Afonso Rabelo Buzalaf, professora de Bioquímica da FOB-USP, completa: “A intenção é processar os resíduos dos profissionais credenciados da OdontoPrev no Estado de São Paulo, mas, posteriormente, será expandido para todo o território nacional”.
Segundo Vera Zanuto, gerente de Monitoramento da OdontoPrev, a iniciativa é muito importante para o mercado: “Na Odontologia, as questões de biossegurança são encaradas com bastante seriedade e o projeto desenvolvido pela USP é um marco pelo aspecto ambiental e por seu ineditismo no Brasil. Nós, da OdontoPrev, temos o compromisso de colaborar para o desenvolvimento sustentável. Por isso, não poderíamos deixar de apoiar e incentivar a expansão desta idéia”, explica. O projeto de recuperação e reciclagem de resíduos da área odontológica conta ainda com a participação da empresa de assessoria ambiental Ecosensus.
Na etapa inicial do projeto, que será realizada durante 6 meses, 30% dos dentistas da rede do Estado de São Paulo devem ser atingidos. O volume de resíduos processado esperado para esta fase é de 32 Kg de amálgama.
Projeto Safira
Com a escassez de água no planeta se agravando cada vez, Rubens José de Oliveira Filho, inventor associado a Assoicação Nacional dos Inventores, desenvolveu um dispositivo capaz de armazenar, filtrar e reaproveitar a água das máquinas de lavar roupas e louças.
Como funciona isso? Simples! Pode ser colocado em sua máquina, interna ou externamente, um reservatório com visores para você enxergar como está o nível da água.
O processo funciona da seguinte maneira: a máquina é ligada normalmente e a partir daí a água que foi utilizada é puxada por mangueiras que a jogarão em um filtro. Após totalmente filtrada e limpa, essa água é armazenada no reservatório e depois será reutilizada em várias outras lavagens, não precisando que se encha a máquina todas às vezes. Com esse sistema, 95% da água utilizada é reaproveitada podendo ser usada em ate 40 lavagens.
Ocupando pouco espaço seja em sua cozinha ou área de serviço, este simples, útil, inédito e funcional projeto fará com que todos economizem água e energia, principalmente os estabelecimentos como hotéis, motéis, lavanderias, hospitais, entre outros, que necessitam de muita água para suas atividades.
A tecnologia é 100% brasileira e o inventor aguarda interessados em produzir e distribuir o produto em larga escala comercial.

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