GT vai estudar bioma Pampa

Criado pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva na ultima quinta-feira (29) em convenção sobre diversidade biológica, em Curitiba, um Grupo de Trabalho (GT) ficará, a partir de agora, responsável por estudar ações que permitam garantir a preservação do Pampa, bioma que estende por 63% do território do Estado. .

Para o prefeito Luiz Fernando Mainardi, que representava a prefeitura de Bagé, “é o inicio de um processo aberto de interlocução entre a sociedade civil e o órgãos governamentais”.

O GT será formado por nove representantes dos governos federal, estadual e municipais e nove indicados pela sociedade civil, comunidade acadêmica e outro segmentos. O MMA já está preparando uma revisão das áreas prioritárias para a conservação, uso sustenstável e repartição de benefícios da biodiversidade da região. A gerência-executiva do Ibama do Rio Grande do Sul está analisando as demandas locais.

Uruguai e Argentina também entram como parceiros, uma vez que o Pampa estende-se aos dois paises. Eles ajudarão a criar programa comum com o Brasil para atender as necessidades dos três. Daqui a cerca de 20 dias, será publicado no Diário Oficial da União os nomes dos integrantes do GT.

Caracterizados por grandes áreas cobertas por campos, entremeadas por capões de mata, matas ciliares e banhados, os ecossistemas do Pampa são compartilhados entre Uruguai, Argentina e Brasil, abrangendo uma área total de 700 mil Km2. Estima-se que somente 1% da porção brasileira está protegida na forma de unidades de conservação (UCs). A exemplo de ações adotadas para outros biomas no Brasil, um conjunto de medidas está sendo desenvolvido para contemplar as necessidades da região.

Apesar de apresentar vegetação pouco exuberante e de estrutura mais simples, se comparados às florestas e às savanas, os campos têm importante contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o efeito-estufa e auxiliar no controle da erosão. Na parte brasileira do bioma, existem cerca de 3.000 espécies de plantas vasculares, sendo que aproximadamente 400 são gramíneas, pelo menos 385 espécies de aves e 90 de mamíferos terrestres.

Outros biomas, como os da Caatinga, Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, também fazem parte de programa de preservação do Ministério do Meio Ambiente.

Fonte: Sema-RS

Meio ambiente deve ser tema em todas as editorias

Especialistas da área de comunicação e educação ambiental discutiram no V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental, a formação dos profissionais de comunicação como atores na construção de sociedades sustentáveis. A falta de visão sistêmica, ou seja, da percepção do movimento integrado entre o meio ambiente e o homem, distancia o jornalismo do seu compromisso com a cidadania.

O debate contou com a participação dos jornalistas e professores da disciplina de Jornalismo Ambiental André Trigueiro, apresentador do Jornal das Dez, da Globonews, da PUC-RJ, e Ilza Girardi, da UFRGS e do jornalista do uruguaio Hernán Sorhuet. Todos opinaram a respeito da discussão ssobre a questão se os veículos devem ou não ter uma editoria específica de meio ambiente. Houve consenso de que o jornal deve tratar, de forma sistêmica, o tema ambiental em todas as editorias.

Para Trigueiro, há muito espaço na mídia para catástrofes, tragédias, derramamento de óleo ou estiagem na Amazônia. O desafio que cabe ao repórter é produzir um bom diagnóstico desta crise e mapear as causas. Mas isto geralmente não ocorre, pois, muitas vezes a causa está no consumismo que também sustenta os veículos de comunicação.

Como em outros temas, “o jornalista tem a responsabilidade de questionar, confrontar fontes e opiniões, mas esta carga aumenta com os temas ambientais”, enfatizou Sorhuet. O resultado disso é que ele estará estimulando a comunidade a mobilizar-se em torno da construção de sociedades sustentáveis.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Congresso de Educação Ambiental.

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