Poluentes ‘danificam espermatozóides humanos’

Produtos químicos poluentes conhecidos como PCBs (Bifenilas Policioradas) usados na fabricação de plásticos danificam espermatozóides mas, aparentemente, têm um impacto pequeno na fertilidade masculina, de acordo com um estudo que reuniu cientistas de vários países europeus. Mas eles advertem que os PCBs podem tornar estéril um homem que não tenha esperma de boa qualidade.

Os produtos orgânicos sintéticos são encontrados amplamente no meio ambiente. Detalhes do estudo, que contou com a participação de 700 homens, foram divulgados na publicação Human Reproduction. O estudo examinou os efeitos dos poluentes sobre homens de quatro locais diferentes: Varsóvia, na Polônia; Kharkiv, na Ucrânia; além de esquimós da Groenlândia e pescadores da Suécia.

Foram analisadas amostras de esperma para indícios de danos genéticos e no sangue, para determinar os níveis de exposição às PCBs. Foi constatado que os poluentes prejudicam os homens europeus proporcionalmente à exposição, mas não os esquimós.

De maneira geral, cerca de 10% do DNA dos espermatozóides foram danificados em média. A probabilidade de paternidade começa a diminuir quando a proporção de espermatozóides danificados chega a 20% e se torna inexistente de 30 a 40% ou mais.

O chefe da pesquisa, Marcello Spanò, disse que alguma coisa no perfil genético dos esquimós, ou algo ligado ao seu estilo de vida, pode ajudar a neutralizar ou contrabalançar os efeitos danosos da exposição aos PCBs.

Mas ele admitiu que o estudo é limitado e os pesquisadores não tinham como apurar o efeito de cada uma das substâncias do grupo PCB – cerca de 200 – envolvidas. Os pesquisadores dizem que os efeitos da exposição aos PCBs no desenvolvimento de fetos deveriam se tornar uma prioridade.

O estudo também analisou o impacto do DDE, produzido com a decomposição do inseticida DDT, e constatou que, aparentemente, ele não afeta o DNA dos espermatozóides.

Fauna na mira

Com o objetivo de observar como cada espécie da fauna silvestre responde às variações climáticas e alterações no ecossistema, a partir desse ano, pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS) adotam nova estratégia de monitoramento aéreo no Pantanal. Ao contrário de levantamentos em larga escala, desta vez serão feitas contagens repetidas em áreas menores e em diversas épocas do ano.

O levantamento aéreo permite avaliar os efeitos tanto de mudanças climáticas quanto de alterações humanas no ecossistema. “A avaliação consistente dos efeitos desses fatores no ecossistema pantaneiro só podem ser feitas através de monitoramentos de longo prazo e de abrangência regional”, explica o pesquisador da Embrapa Pantanal, Walfrido Tomás que, nesta semana, sobrevoa cinco áreas do Pantanal para dar início à contagem dos animais.

Para espécies da fauna de ambientes abertos como o cervo-do-pantanal, o veado campeiro e a capivara, o monitoramento de larga escala acontece a cada dois anos, no período de seca. A partir desse ano, Tomás explica que o levantamento passa a compreender tanto o período de cheia como a época de seca – cenários completamente distintos no Pantanal Brasileiro.

Leave a Reply

Your email address will not be published.