
As empresas Klabin, Tetra Pak , Alcoa e TSL Ambiental inauguraram a nova planta de reciclagem de embalagens longa vida em Piracicaba, (SP). Pioneira no mundo, a nova fábrica faz uso inédito da tecnologia de plasma, que permite a separação total do alumínio e do plástico que compõem a embalagem. O processo revoluciona o modelo atual de reciclagem das embalagens longa vida, que até então separava o papel, mas mantinha o plástico e o alumínio unidos.
O processo de plasma chega como mais uma opção de reciclagem, permitindo o retorno dos três componentes da embalagem para a cadeia produtiva como matéria-prima. “Foram sete anos de pesquisa e desenvolvimento para chegarmos a este novo processo”, afirma Nelson Findeiss, presidente da Tetra Pak.
A construção consumiu investimentos da de R$ 12 milhões, compartilhados entre as quatro empresas, sem o uso de recursos governamentais ou incentivos fiscais. A planta está localizada ao lado da fábrica da Klabin, em Piracicaba, cuja linha de produção já recicla a camada de papel das embalagens cartonadas (longa vida) e recebeu da Klabin investimentos de US$ 2,5 milhões nos últimos 5 anos.
A Klabin é a maior recicladora de papéis do Brasil, com capacidade para produção de 400 mil toneladas de papel reciclado por ano. “Para a Klabin, o investimento em uma tecnologia pioneira para reciclagem é mais uma demonstração de nosso compromisso histórico com o desenvolvimento sustentável”, afirma Miguel Sampol, diretor geral da Klabin. A nova unidade tem capacidade para processar 8 mil toneladas por ano de plástico e alumínio, o que equivale à reciclagem de 32 mil toneladas de embalagens longa vida. A emissão de poluentes na recuperação dos materiais é próxima de zero, feita na ausência de oxigênio, sem queimas, e com eficiência energética próxima de 90%.
A responsabilidade pela operação da nova fábrica ficará à cargo da TSL Engenharia Ambiental, empresa que desenvolveu a tecnologia a plasma térmico para a recuperação desses materiais. Segundo o diretor de Novos Negócios da TSL, Vladimir Ranevsky, a expectativa é que o lançamento desta planta seja o início da concretização de uma série de projetos ligados ao Plasma Térmico não só no Brasil, mas também em outros países. Ranevsky destaca que essa tecnologia permite que se reduza drasticamente a demanda pelo consumo de recursos naturais necessários para a produção das embalagens.
O objetivo principal da nova planta é ampliar ainda mais o volume de reciclagem das embalagens longa vida pós-consumo e, conseqüentemente, o incremento da cadeia de reciclagem, com a geração de emprego e renda. Estima-se que a nova tecnologia deva aumentar o valor da tonelada das embalagens longa vida pós-consumo pago às cooperativas de catadores, nos próximos dois anos, com a consolidação das operações.
A aplicação da tecnologia de Plasma para a reciclagem de embalagens cartonadas é inédita no mundo: o sistema usa energia elétrica para produzir um jato de plasma a 15 mil graus Celsius para aquecer a mistura de plástico e alumínio. Com o processo, o plástico é transformado em parafina e o alumínio, totalmente recuperado em forma de lingotes de alta pureza. A Alcoa, que fornece a folha fina de alumínio da embalagem, utiliza o alumínio reciclado para a fabricação de novas folhas, fechando o ciclo do material. A parafina é vendida para a indústria petroquímica nacional. Já o papel, extraído na primeira etapa da reciclagem ainda na indústria de papel, mantém seu ciclo normal de reciclagem, sendo transformado em papelão, como ocorre na fábrica da Klabin.
“Este projeto sintetiza o melhor que o conceito de sustentabilidade pode trazer, como inovação tecnológica, parcerias, ganho ambiental e desenvolvimento social. Desta forma, a reciclagem representa importante contribuição no aspecto econômico, quando uma grande comunidade tem na coleta seletiva o seu sustento. A Alcoa tem orgulho de participar da implantação desta tecnologia pioneira e, principalmente, 100% brasileira”, explica Franklin Feder, presidente da Alcoa América Latina.
O embrião do projeto de Plasma nasceu no Brasil há cerca de sete anos, quando o então Grupo de Plasma do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP) iniciou um trabalho pioneiro no desenvolvimento de processos e tecnologias que pudessem tratar resíduos industriais de maneira completa, final e não poluidora, ao mesmo tempo em que permitissem o reaproveitamento de insumos valiosos presentes originalmente nesses resíduos. O uso da tecnologia para processamento do plástico e alumínio das embalagens cartonadas foi testado positivamente e fez surgir a parceria entre as quatro empresas para instalação da unidade de reciclagem via plasma.
A tecnologia de Plasma brasileira já desperta interesse fora do País. Missões de países como Suécia, Espanha e China, interessados em implantar o processo de reciclagem das embalagens cartonadas, visitaram, em 2004, a planta piloto da TSL Ambiental em Osasco (SP) e os primeiros resultados já começam a aparecer. Em dezembro, uma planta de reciclagem nos mesmos moldes de Piracicaba será inaugurada na cidade de Valência, na Espanha, na fabricante de papel Nesa, que investiu US$ 6 milhões. Outros países na Europa também se mostram interessados pela tecnologia brasileira: Alemanha, Itália, França e Holanda.
Ecolavanderias
Hoje as mais modernas lavanderias dos Estados Unidos, Canadá, Europa, Japão e Austrália já utilizam o Sistema de Lavagem a Seco GreenEarth®, tecnologia de última geração no setor, desenvolvido em joint venture com a General Electric e a Procter & Gamble, o exclusivo sistema usado pela Pressto no Brasil. O silicone empregado nesse processo é o mesmo encontrado em produtos de higiene pessoal e em cosméticos, o que o identifica como totalmente inócuo e 100% ecológico. Seus resíduos podem ser descartados através de lixo simples, pois em poucos dias ele se decompõe em areia, água e gás carbônico.
A maioria das lavanderias que operam no Brasil utiliza o solvente Percloroetileno. Em função de testes internacionais que comprovam a agressividade do produto ao meio ambiente e sua potencial ameaça à saúde dos funcionários das lavanderias, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) promulgou em 23 de junho de 2004, a Resolução 161 que determina medidas preventivas, proibições e prazo para substituição da tecnologia atual.
A tecnologia do uso do silicone em lavanderia resulta em boa performance de limpeza deixando as roupas macias e completamente sem odor, preservando a integridade das fibras, aumentando portanto a durabilidade das peças e eliminando ainda o risco de alteração das cores e o desgaste de pedrarias, botões e bordados, fato comum quando se utiliza outros solventes.
Serviços de lavanderias são utilizados por 4,6% da população brasileira. Estima-se que existam 4500 lavanderias no Brasil, das quais 30% pertencem às redes de franquias (1) Estima-se que existam 1500 lavanderias em São Paulo, 15% franquias (2). O crescimento esperado para o setor nos próximos 10 anos é de 20% da população das classes A,B e C utilizando o serviço de lavanderia (1). Instituições de Classe : Anel, Abraseco, Sindilav.
(1)Fonte: Abraseco – Associação Brasileira de Lavagem a Seco
(2)Fonte: Anel – Agência Nacional de Empresas de Lavanderias
Controle de poluentes
A Petrobras e a Fetranspor – Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro anunciam nesta terça-feira, 31/05, os resultados das mais de 100 mil aferições realizadas nas empresas de transporte de passageiros em 33 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Os resultados demonstram expressivas reduções no consumo de óleo diesel e na emissão de poluentes na atmosfera.
São resultados do Projeto Economizar, parceria entre o Conpet – Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural e a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Criado em 1996, o Economizar oferece apoio técnico ao setor de transporte rodoviário com o objetivo de diminuir o consumo de óleo diesel e promover a melhoria da qualidade do ar – reduzindo a emissão de fumaça de ônibus e caminhões.
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