Thiago Romero – Agência FAPESP
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passa a disponibilizar gratuitamente, para ser baixado pela internet, um aplicativo geográfico para a análise de informações espaciais. A versão 3.0 Plus do TerraView está disponível em versões para os sistemas operacionais Windows e Linux.
Segundo o chefe da Divisão de Processamento de Imagens do Inpe, Antonio Miguel Vieira Monteiro, o software, construído sobre a biblioteca de componentes geográficos TerraLib, possibilita a utilização dos dados espaciais para diversos setores, como segurança pública, gestão urbana, indicadores sociais, saúde pública, geografia e problemas ambientais.
“Trata-se de um produto de análise geográfica para o tratamento da informação espacial com o estado da arte em tecnologia, algoritmos e métodos analíticos”, disse Monteiro à Agência FAPESP.
Monteiro explica que a licença para programas similares ao TerraView custa atualmente cerca de US$ 1.500. “A idéia é que, com o uso gratuito, seja possível ampliar a utilização dos dados espaciais nos diversos setores, de usuários finais a desenvolvedores de soluções customizadas”, afirma.
O programa manipula dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e imagens) que são armazenados em um sistema de gerenciamento de banco de dados. “Isso significa que o programa é capaz de, ao mesmo tempo, tratar informações de mapas em formatos vetoriais e dados de imagens ou de modelos numéricos em formato matricial”, explica Monteiro.
O TerraView 3.0 Plus é resultado da parceria entre o Inpe, o Laboratório de Estatística Espacial da Universidade Federal de Minas Gerais, o Laboratório de Estatística e Geoinformação da Universidade Federal do Paraná, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca e o Centro de Estudos de Desigualdades Socioterritoriais.
A permissão para as modificações do programa, que tem licença livre e código aberto, encontra-se sob os termos da Licença Pública Geral do GNU (GPL), como publicada pela Free Software Foundation.
Para baixar o software: www.dpi.inpe.br/terraview .
O colorido dos reciclados
O aspecto rústico e cores pouco definidas deixaram de ser regra para produtos reciclados. Em projeto desenvolvido para uma escola da capital paulista, a Lao Engenharia ousou no colorido e no design. A massa de acabamento usada é à base de água e a tinta, esmalte sintético, que tem como uma das matérias-primas garrafas PET.
No local, foram montados brinquedos como a Casinha do Cuco, com paredes amarelas, teto verde, feitos de compensado naval (com acabamento resistente à água, sol e umidade) certificado pelo FSC e grades vermelhas nas janelas. Os detalhes ao redor do piso e nas arestas também ganharam a mesma coloração. Conta com escorregador, por onde também é possível subir, escada que dá acesso à porta dos fundos e corrimão de bombeiro, todos de tubos metálicos.
A Casinha-Coreto, ligada à Casinha do Cuco por uma barra de ferro e rede de cordas, tem madeiras tropicais variadas (itaúba e cumaru) em toda a estrutura, cerca de troncos e barras de ferro, pintadas de azul, e teto de compensado naval verde. Destaque para a escada-túnel, onde a imaginação vai ditar as regras de subida e descida.
O escorregador de ecotábua (semelhante à madeira, feita de plásticos reciclados pós-consumo) e madeira tropical e a rampa de escalada com pegadores de resinas diversas completam o circuito de brincadeira.
Preço médio:
Casinha do Cuco: R$ 6.500,00
Casinha Coreto: R$ 7.100,00
Escorregador de madeira tropical e plástico reciclado: R$ 750,00
Rampa de escalada: R$1.200,00
ISO 14001
A Saint-Gobain Sekurit, uma das principais fabricantes de vidros para o mercado automotivo, recebeu a certificação ISO 14001 para as suas unidades industriais localizadas nas cidades de Mauá e São Caetano do Sul (SP), Betim (MG) e São José dos Pinhais (PR).
A certificação foi efetuada pela ABS Quality Evaluations que, ao longo dos últimos dois anos, acompanhou as ações desenvolvidas pela empresa para a preservação ambiental.
Segundo Vanderley Loro, gerente de Qualidade da Saint-Gobain Sekurit, o programa envolveu a modernização das instalações, a compra de equipamentos e a conscientização dos empregados para o tratamento de efluentes e a reutilização de recursos naturais, como água e energia, no interior das fábricas e nas comunidades em que estão instaladas.
Rio Doce
Encerra-se esta semana o prazo para as inscrições dos trabalhos para a mostra acadêmica do 1º Fórum das Águas do Rio Doce.
Serão aceitos trabalhos que contribuam para traçar um perfil atual da gestão das águas não apenas na bacia do Rio Doce, mas no Estado de Minas Gerais e Espírito Santo. A Coordenação de Programação Técnico Científica do evento aguarda o envio dos trabalho até o dia 04 de março. Informações: beirario@prodatanet.com.br.
Sabão em pó e algas
Foi aprovada hoje pela Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) uma proposta de resolução que estabelece a redução do uso do fósforo em detergentes em pó. A medida reduzirá a proliferação de algas e o impacto visual de espumas em rios e lagos.
Caso o texto seja aprovado pela plenária do Conselho, em março, as indústrias terão três anos para adaptar sua produção. Além disso, a Câmara Técnica também recomendou que o Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprove uma proposta de resolução sobre novos procedimentos de outorga para uso da água.
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