
Porto Alegre, RS – Este ano o Acampamento Intercontinental da Juventude e algumas tendas de espaços temáticos feitas com material biológico, como fardos de palha, barro, madeira e taquara. Um novo tipo de experiência que estudantes de arquitetura e voluntários implantaram no acampamento.
Felipe Drago, um dos responsáveis pelas obras e estudante de Arquitetura na UFRGS, faz parte da Comissão de Infra-Estrutura desta cidade-laboratório e do Geba – Grupo de Estudos de Bioarquitetura, que funciona desde 2002. Depois da experiência do I Acampamento da Juventude, esse grupo sentiu necessidade de participar mais ativamente da construção desse espaço, que propõe alternativas. “É um laboratório de práticas. A gente espera que as pessoas aprendam a fazer isso e apliquem em outros lugares.”
São três as técnicas utilizadas. A construção de pau-a-pique de taquara com barro, utilizada no espaço chamado de Acampadinhos – onde ficarão os filhos dos acampados – e no galpão de cinema. O barro tem como funcionalidade a vedação dos espaços e proteção para caso de chuva e fogo.
Outra técnica é a taipa de pilão, onde se colocam compensados dos dois lados da parede e vai-se socando terra dentro deles.
E tem também a técnica dos fardos de palha. É montada uma estrutura onde se colocam os fardos entre taquaras. Depois se coloca barro por fora, como proteção. São técnicas que reduzem todo o impacto ambiental de uma construção, além de não serem utilizados materiais industrializados – hoje são duas grandes empresas no mundo – e a força de trabalho empreendida ser muito menor.
Além disso, essas construções custam bem menos do que as convencionais, atuando como isolantes térmicos, pois conservam a energia dentro do ambiente. Isso porque o barro e a palha permitem que o ar circule dentro do ambiente e que a umidade saia pra fora. Movimentos como o dos trabalhadores sem-terra (MST) e o dos desempregados (MTD), em Eldorado do Sul, já utilizam essas técnicas nos seus acampamentos. São formas novas de pensar a construção e a arquitetura que ainda não fazem parte dos cursos universitários.
Os planos desse grupo de estudantes de Arquitetura continuam após o Fórum Social Mundial, integrados à proposta de gerar um processo de criação de uma nova sociedade. Eles criaram um Grupo de Trabalho de Pesquisa para acompanhar a ocupação do espaço pelos grupos e analisar o tipo de ocupação e a gestão – que será realizada de forma autônoma pelos acampados – além de verificar o perfil político dessas pessoas e organizações. A intenção é ter uma base de dados forte sobre um outro tipo de urbanismo.
Outro projeto que eles pretendem colocar em prática é a criação de um instituto de permacultura urbana. A permacultura abrange comunidades que vivem de forma sustentável permanentemente, utilizando técnicas que vão desde reciclagem de lixo até a utilização de cisternas para reutilização de água. É uma outra visão de mundo, mais ecológica e menos agressiva aos seres humanos e ao meio ambiente. O acampamento é um local de experiências alternativas para serem colocadas em prática, gerando uma mudança de conceitos e de como aplicá-los no dia-a-dia de cada um.
Texto da Jornalista Thais Silva para a EcoAgência de Notícias – www.ecoagencia.com.br
Tecido ambientalmente correto

O Banco do Brasil está patrocinando a participação do estilista Caio Von Vogt, nesta V Edição do FSM. Paranaense, Vogt é o criador do ecovogt®, o primeiro tecido na história da indústria têxtil mundial, cujo processo de produção não polui rios ou causa dano ao ser humano, conforme afirma.
A matéria-prima do ecovogt®, a juta, uma planta da Amazônia, depende exclusivamente de água para se desenvolver, dispensando o uso de aditivos químicos. Seu cultivo para abastecer a produção do tecido vai gerar emprego para moradores das regiões ribeirinhas, que sobrevivem exclusivamente dos recursos gerados por essa lavoura; e ainda vai preservar o folclore dessa população, que ritualiza os momentos de plantio e de colheita.
Quem visitou o espaço do Banco do Brasil pôde conferir amostras do ecovogt® em roupas e acessórios produzidos em dez cores feitas a partir de corantes naturais como: urucum, macela, anileira, folha de mamona e açafrão.
A criação do ecovogt® é resultado de seis anos de pesquisa e contou com o apoio da Cia Têxtil de Castanhal, Sebrae, Abit, Abravest, Unifei – Faculdade de Engenharia Têxtil, Ministério do Meio Ambiente e Consulado Geral da Holanda, em São Paulo.
Sobre Caio Von Vogt:
Paranaense de ascendência alemã, Caio Von Vogt, 34 anos, é estilista inato. Aos cinco anos de idade já esboçava seus primeiros desenhos com o auxílio de mãe, excelente costureira e possuidora de uma técnica de modelagem própria, com aplicação diretamente no tecido. Ao longo de sua carreira, Caio substituiu Ocimar Versolato na Etoile, indústria de jeans, assumindo toda a área de criação da empresa e também criando a marca VON VOGT BRASIL, com lojas em shoppings de São Paulo. Atualmente, desenvolve coleções para apresentações internacionais para a Têxtil Vicunha, é colaborador do programa “Note e Anote”, da TV Record (SP) e é membro do Conselho da ONG FLORESCER.
O futuro da indústria automobilística II
A companhia coreana Kia lançou vários modelos experimentais em Detroit. Os automóveis híbridos que se apresentados na maior feira dos Estados Unidos são uma etapa intermediária para chegar, em um futuro não tão distante, aos veículos movidos por combustíveis diferentes dos derivados do petróleo.
Justo em meio a um gélido inverno no noroeste dos Estados Unidos, a indústria automotiva norte-americana realiza seu mais importante evento do ano, o North American International Auto Show, que como sempre, deixa perplexos a todos os visitantes. Este ano, um total de 65 novidades mundiais foram exibidas nas salas do Cobo Center.
Nesta edição o diferencial foi a grande variedade de modelos movidos por energias ‘limpas’ em relação ao meio ambiente: a Ford anunciou o lançamento do modelo híbrido Mercury Mariner, um SUV e o Mercury Meta One, equipado com um motor Diesel híbrido PZEV, alimentado por biodiesel.
A General Motors também veio com iniciativas ecológicas como um exclusivo SUV de grande porte concebido na Inglaterra, o Graphite, equipado com um motor elétrico e um V8, de 5,3 litros, com um total de 300 CV de potência.
Outras novidades apresentadas foram o Opel Astra Diesel Híbrido, com motor de 125 CV e dois motores elétricos que aportam 30 e 40 kW, respectivamente.
Por sua parte, a BMW mostrou o H2R com motor convencional alimentado por hidrogênio e a Volvo exibiu o 3CC com um motor elétrico cujo combustível são baterias de litio.
O Salão do Automóvel de Detroit fez nesta edição uma decidida aposta pelo hidrogênio como alternativa aos combustiveis atuais.
Este tipo de veículos híbridos, combustão interna por hidrogênio e pilha de combustível, era considerado uma anedota nos salões mais importantes do Ocidente e Ásia. Mas agora houve uma autêntica avalanche de novidades relacionadas com as alternativas aos combustíveis derivados do petróleo.
Que Detroit faça esta aposta tem especial significado para o resto do mundo, porque se trata da principal capital do automóvel por sediar os centros de decisão dos principais fabricantes mundiais.
O apoio à nova tecnologia já aconteceu na primeiro ato do Salão. O híbrido da Ford, o Escape, foi contemplado com o cobiçado prêmio Truck of The Year. E só custará 2.700 euros mais que um de gasolina. Já a casa Ford anunciou o lançamento no mercado de cinco modelos híbridos nos próximos três anos.
Este ano, os híbridos totalizarão cerca de 87.000 unidades em EE.UU. Os cálculos são de que até 2015 estes veículos serão donos de uma fatia de 5% al 10% do mercado.
Fonte: www.elpais-cali.terra.com.co
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